segunda-feira, 16 de março de 2015

RELATO DA EXPERIÊNCIA COM AYAHUASCA II PARTE : SINTOMAS, RESULTADOS E CURA.


RITUAL XAMÂNICO – AYAHUASCA

Quarta parte do Relato: E o trabalho continua – sintomas.

Depois do  terceiro trabalho os dias que se sucederam foi um verdadeiro inferno para mim, eu fiquei 5 dias na “força” que é o termo que se usa quando está com o efeito a Ayahuasca (geralmente as pessoas ficam quatro horas , que é o tempo do trabalho) .
Uma energia corria dentro de mim como uma descarga elétrica, uma vez no braço, passava umas duas horas essa energia passava na cabeça, era de enlouquecer, uma descarga elétrica muito forte, passava duas horas ia para outro braço, duas horas para perna e assim por diante, até voltar na cabeça novamente e eu só tinha sossego nas duas horas.
Continuava  estar nos dois mundos ao mesmo tempo, se eu dormia então ia diretamente para o inferno, pois via meu pai e irmão (adotivos) numa discussão queimando  no fogo eu junto  , acordava  sem fôlego, como se não tivesse oxigênio, suando e apavorada.
Quando meu companheiro administrava johrei eu bocejava muito, assim como nos trabalhos e sentia uma energia sair de mim. Em uma das vezes, eu deitada na cama cochilei enquanto o meu companheiro aplicava o johrei e senti algo sair da minha garganta, abro os olhos e vejo-o com a mão em cima da minha boca, eu estava de boca aberta e vi uma linha fina na mão dele puxar algo de dentro de mim, como uma tampinha de rolha preta e quando ele tira eu volto a mim, retorna meu fôlego, mas aquilo me causou um desconforto por muito tempo , como se tivesse removido algo que deveria estar lá , algo que fechava uma porta pra não esvair a energia do prana, e ele disse não ter visto nada.

Meu instinto trabalhava o tempo todo, dês do momento que cheguei lá,  percebi que fiz muitas coisas por puro instinto. Um delas foi colocar uma cortina de miçangas na porta do quarto,  e  falei  para o “padrinho” que aquela cortina estava lá para proteger o quarto de energias ruins e ele nunca  passou dela. Outra coisa muito interessante, foram as mandalas que fiz (até postei na época no FB) , coloquei uma na parede em cima do atabaque que meu companheiro usava em alguns rituais Xamânicos do Ayahuasca , só depois fui perceber que esse instrumento também estava com energia negra e não sei como essa mandala neutralizava ele . Levei o leque com o desenho da águia e coloquei na parede do quarto e na porta da sala tinha colocado um pêndulo de miçangas que ganhei da fraternidade branca para movimentar as energias paradas. A casa que alugamos também não era das melhores, todas as energias que nos cercavam eram pesadas.   

Meu companheiro pediu para o “padrinho” um quadro de Jesus que tinha deixado na casa deles, e o “padrinho” pediu desculpas, disse que deu o quadro a outra pessoa, mas que iria comprar um novo e assim foi. E um dia ele trouxe esse quadro novo, que colocamos na parede , mas toda vez que chegava a casa e olhava para ele não sabia qual dos dois Jesus estava vendo ,  estava muito estranho eu fiquei desconfiada da energia dele , até que resolvi queimar , fiquei pasma , ele simplesmente não pegava fogo , foi o maior sacrifício me livrar dele e de muitas outras coisas que estavam digamos “macumbadas”. (Agora entendi o porquê está nas escrituras: “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra”. Êxodo 20:4).Pois essas imagens podem ser usadas por qualquer tipo de energias (ressonância).





Falei para meu companheiro comprar um espelho e colocar na parede que ficava de frente para porta, caso o “padrinho” aparece-se por lá novamente iria dar de cara com a própria energia; nunca mais ele veio depois desse dia, nunca viu o espelho.

                                                                                                                                             
Quando ele ia trabalhar as coisas pioravam dentro de casa, o ar ficava insuportável, as vozes zombando de mim e os dias estavam sofridos demais. Um dia comecei sentir como se tivesse aquelas formiguinhas do açúcar caminhando no meu braço e em cima da minha mão. Eu  olho eram aranhas translúcidas brancas de pernas muito finas , elas saiam e entravam dentro da minha mão , sinto como um dejà vú , pois não lembro se  foi na infância ou em outra vida, mas já tinha visto e sentido aquilo, essas aranhas ficaram aí um dia inteiro .                                                                                         

                                                                                                                  

As vozes falam que meu companheiro ia tentar me matar, pois ele estava no comando do casal, eu estava pirando, pois não sabia mais em quem confiar. Toda vez que ele me dava algo pra comer ou beber passava mal. Não estava mais conseguindo comer e nem dormir e o pânico tomando conta de mim. Um dia foi a uma farmácia comprar um epocler e quando volto para casa, meu companheiro vem com um copo d’água na mão, um ar de zomba e diz assim: “Você quer?!”, ele segurava o copo em cima da mão como se ela fosse uma bandeja.  E alguém sopra no meu ouvido: “Cuidado! Ele esta te envenenando!”.
Eu fiquei furiosa e respondo para ele:  - Como que você quer que eu tome água agora? Em cima do remédio?! Quem disse a Você que eu quero água?!
Ele se sente ofendido, e vem com um argumento que só queria ser gentil, eu já estava de saco cheio desse “tipo” de gentileza. Quando íamos sair de moto ele me levava nuns lugares estranhos. Num desses lugares eu vi um saco jogado no meio de uma capoeira, era uma saco de linhagem bem grande e tinha um cheiro fétido de cadáver, e a voz que falava comigo disse se tratar de uma mulher morta e que se eu não me cuido meu destino seria o mesmo, tudo era link. Uma noite ele pegou uma estrada vazia, que sai para um horizonte longínquo e lá no fundo se via uma floresta. Eu pergunto a ele: “Onde você está indo?” Ele da aquela resposta vazia: “- Só dar uma volta!”. Uma volta? Respondia: - Uma volta num lugar deserto à uma hora dessas?! Nem pensar pode voltar para casa.
Assim fui piorando, ficando fraca dia a  dia . Minha filha aqui também começou a sentir um desespero, começou a ficar abatida e ter um pressentimento ruim. Ligou para mim preocupada e eu contei a ela que estavam me envenenado, que eu estava morrendo. Não percebi o pânico que deixei a menina, pois eu estava sem raciocinar mais, como  um afogado que quer sobreviver . Na pouca lucidez que ainda sobrevivia em mim, falava: “Vai embora! Volta para tua casa, senão você vai morrer, tem pouco tempo”.
Até que uma manhã quando estava fazendo o almoço, acaba todo oxigênio de dentro da casa, um calor insuportável, me sentia queimar literalmente e algo me avisa para ir embora. Pego as minhas  coisas e vou para um Hotel , já não tinha mais juízo nenhum e falo para moça do Hotel , estão tentando me matar. (Imagina a cara da moça?!), mas todos eles foram muito gentis e fiquei num quarto lá pequeno, tomei um banho, e consegui dar um cochilo tranquilo,  mas o medo não ia embora, não me sentia segura e resolvi procurar um medico. Fui para o pronto socorro, contei à médica o que estava acontecendo. Ela pesquisou sobre a Ayahuasca e quando leu “espírito morto” ficou apavorada, me olhou e perguntou: “Tem isso aqui no MT?!” Eu olhei e disse: - Claro! Fim aqui para participar desse ritual.
Ela receitou  uns remédios, disse que eu estava com síndrome do pânico e que era para procurar um psiquiatra.
O meu companheiro chega a casa no horário do almoço e não me encontra, ligo para mim, eu nem sabia se podia mais confiar nele e falei se caso eu morresse ele ia preso. Também liguei para uma grande amiga de Florianópolis e contei o caso a ela, pois caso não conseguisse voltar para casa, alguém iria saber o porquê . Ele vai atrás de mim, eu volto para casa que alugamos, contei a ele que ouvia que ele estava me envenenando, ele ficou pasma, disse que eu estava louca e que poderia colocar ele na maior fria. SIM! Só que não era eu que estava fazendo esse jogo e sim os “amigos” dele.
Eu esvaindo, esvaindo a cada dia! Combinei com a minha filha, ela comprou a passagem aérea para mim no fim de semana, eu só contei ao meu companheiro no horário de ir ao aeroporto. Não iria correr mais nem um risco, ficar mais nem um dia naquele lugar, pois não podia dormir, já tinham se passado 5 dias eu ainda na “força”, naquela situação horrorosa, não tomei os remédios indicados , porque fiquei com medo de não acordar. 
E quando finalmente entro no avião, ele decola a Voz que fala comigo diz o seguinte: “- Agora você já pode dormir, pois não estás mais com os pés no chão”, eu me entreguei ao sono, seja o que Deus quiser, estava exausta e dormi às três horas seguidas dentro do avião, nem percebi a parada que ele fez em Cuiabá.
Quando cheguei a São Paulo vi a marca de dentes no meu braço direito como se tivesse levado uma mordida, não doía nada apenas a marca. A minha filha quando foi me buscar na rodoviária aqui de Caçapava, ficou apavorada de me ver, eu era só osso. Os olhos estavam fundos e teve gente aqui na rua onde eu moro que não me reconheceu, vieram falar comigo e disseram que de forma alguma tinham me reconhecido. Levei alguns dias ainda aqui em casa sentindo aquela energia, mas bem menos. Fiquei com a marca no meu braço da mordida muito tempo e uma amiga que é vidente falou o seguinte;
“- Você não disse que teu mentor é um Índio?!”.
Eu só acenei com a cabeça positivamente, porque sempre fiquei bolada com essa coisa de meu mentor ser um índio, pensava assim: “Porque logo o meu tem que ser índio?”(Esse ego da Maria Eugênia é fogo).

                                                                                                              
                                                                                                      
 Então ela continua:
- Foi ele que fez essa mordida no teu braço enquanto você dormia no avião, foi ele que sugou o veneno que te deram para tomar.
Mais uma fez me senti envergonhada pela minha ingratidão com meu mentor índio ( esse é o Pedro que renega Jesus) e feliz por ter essa proteção , mesmo quando desacato os avisos.
Melhorei dia a dia, mas havia prometido tirar meu companheiro de lá, deixei passar um mês e iria voltar. Todos meus amigos aqui apavorados pediram para eu não voltar, essa amiga vidente falou:
- Eles vão tentar te matar novamente.
Eu só respondi:
- Mas eu prometi voltar buscar o fulano de tal, e quando prometo algo tenho que cumprir. Nesse momento lembrei-me de algo que ouvi na Ayahuasca: “Tudo  que você falar, tudo que você pedir vai acontecer , você escreveu a tua historia”. Lembrei que quando namorava um Major do Exercito, que foi o grande amor da minha vida eu dizia assim: “Quando eu gostar de alguém de verdade eu vou até o inferno tirar essa pessoa.” E lá estava eu cumprindo a “maledeta” da frase que tinha mania de falar. Não era bem o “amor” que eu imaginava, mas é algo que tinha que cumprir (isso faz parte de outra  história).
E depois de um mês eu volto ao MT.
Quando estou no avião chegando, sobrevoando a cidade, olho para horizonte, era noite e só vejo a Lua Cheia Vermelha e a Voz diz: “TE PREPARA!”...



RITUAL XAMÂNICO – AYAHUASCA




Quinta e Ultima  Parte do Relato: E o trabalho continua – Resultados e Cura.


Chegando ao aeroporto, imaginando que meu companheiro iria estar lá me esperando cheio de saudades. Que decepção! Fiquei lá esperando quase uma hora, todos já tinham ido embora do aeroporto, não havia nenhum táxi e eu lá esperando com um misto de raiva e preocupação.
Depois de um belo tempo chega ele de moto e me olha, joga um beijinho e diz que me ama. Eu queria “matar o maledeto”! Burra! Foi lá para ajudar o fulano, que vem com essa de se atrasar e jogar beijinho?!  Eu estava furiosa! (Essa foto foi feita me primeira vez que fui a MT).      Ele me diz que quando estava indo para o aeroporto lembrou que se esqueceu de levar outro capacete,  e quando estava voltando deu um branco esqueceu o caminho . (Hoje! Depois de um  ano de convivência acredito sim que foi isso que aconteceu, pois além de ser atrapalhado por natureza, havia influência dos “infernosos”). Cheguei a casa, a qual tinha deixado tudo arrumado e estava uma bagunça total, suja, bagunçada era de chorar. É impossível qualquer pessoa imaginar o estado que encontrei a casa. Nossa! Era desesperador!
No dia seguinte já dei uma geral na casa, coloquei tudo no lugar. O casal nunca mais tinha colocado os pés lá. O Grude (gato) estava um pouco melhor, pois ele não bebia água e não se alimentava direito, dês da primeira vez que estive lá.
Ele apareceu na porta da casa ainda quando meu companheiro morava com esse casal, ele levou o gato para casa só depois de um tempo que eu estava lá, ainda na primeira vez que “éramos amigos” do casal. Esse casal tinha levado um pote de metal para o gato beber água e o coitado do bichano não bebia de jeito algum, até que ensinei ele beber na torneira do banheiro. (Com certeza o pote dele também devia estar com alguma magia). A mesa da cozinha também o meu companheiro comprou do “padrinho” e detalhe, a mesa não queria passar da porta de jeito algum, usamos ela uma semana do lado de fora na varanda. Falamos na época para o “padrinho” que a mesa não passava da porta, ele falou: “Impossível”. (Na porta tinha o pendulo de miçangas que ganhei da fraternidade branca, deveria ser ele que estava segurando essa energia). Ele foi lá e com meu companheiro desmontaram a porta pra mesa passar, ela passou com muito custo, e deve ter sido ela uma das causas que a primeira vez passava tão mal quando estava cozinhando.
E os fenômenos continuavam acontecer. Eu tinha feito uma mesinha no quarto com uma caixa de papelão e colocado uma toalha em cima, na hora dessa faxina, tirei tudo de cima, fui lá fora bater a toalha , voltei para coloca-la sobre a caixa e me assusto, estava sobre ele de pé uma caixa de fósforos, aquela grande, dos fósforos cumpridos. Chamei o companheiro e perguntei se ele por acaso tinha colocado aquela caixa ali, mas ele também ficou espantado, pois nem lembrava onde estava essa caixa de fósforos. Nessa confusão, vimos escrito na caixa de papelão o nome da “madrinha” e aí sacamos qual era da caixa de fósforos. Fogo na caixa!

E assim começa nosso aprendizado: como desmanchar demandas e foi uma atrás da outra.

Quando fui limpar a casa, com a  terceira visão via nas janelas descer uma graxa preta, cheia de bichinhos asquerosos , parecia um petróleo e lembrei que aquilo se tratava de miasmas. Lavei essas janelas com anil, mas quando  combatia uma coisa aparecia outra  , só piorava situação, parecia um jogo de vídeo game , que quando você passa uma face , vem outra mais difícil , mas o negócio era ir em frente .  Quando fui lavar o chão senti como se umas mãos invisíveis saíssem do chão  e me puxou , senti esvair a energia até o cotovelos, e a partir desse dia o chão começou a sugar as nossas energias, não podia de forma alguma andar de pés descalços. Não podia colocar os pés para fora da cama que sentia um vento gelado sugar os pés, e às vezes dava a sensação de ter algo que guilhotinava os dedos dos pés. Tinha noites que eu via como algemas de dedo nos pés (nem sei se existe isso)  , era uma coisa de ferro que prendia os dedões do pé um no outro, e uma voz vinha e falava que isso foi um método usado para prender os escravos. Do nada veio na minha cabeça o nome Kunta Kinte , eu falava : “...lá na casa do Kunta Kinte” e achava graça , porque nem tinha ideia o que era o Kunta Kinte , até o momento que meu  companheiro falou quem era e a história dele . Não faço ideia de onde eu peguei essa “onda”, só sei que estou com ela até agora. O Gato coitado às vezes ficava gelado também e via-o tremelicar as patas como se algo estivesse puxando ele também.
Um dia resolvia fazer uma meditação e pedi para meu companheiro ficar de olho, pois queria ver de onde vinha essa energia gélida, parecia  um portal que se abria às vezes, e  assim fiz . Deitada na cama, senti como se estivesse deitada numa maquina de ressonância magnética e fui deslizando para dentro de um lugar de cor azul escuro, foi entrando os pés primeiramente e não cheguei entrar de corpo inteiro, de cabeça.  Havia no chão a cor preta, num canto um vulto preto e bem na minha frente um gato gigante, uma versão do Grude gigante, como se eu ficasse de pé iria encostar ao peito dele. Ele me fala se tratar de um Deus e que deveria ficar de olho naquele vulto preto. Era um lugar frio, muito frio e a temperatura normal lá do MT 38°. Depois dessa experiência muitas coisas começaram a mudar a meu favor.

Eu tinha um prazo mental para ficar lá, três meses no máximo, queria vir embora o quanto antes, mas tudo dependia do companheiro resolver os problemas dele, pedir as contas e tudo mais. O tempo foi passando e as coisas malucas acontecendo, só que dessa vez eu estava firme. À noite quem mais sofria era o companheiro, pois eu consegui anular a energia que sugava os pés, mas ele não. No trabalho também ele sofria ataques espirituais, sempre me contava que levava uns puxões. Um dia resolvia me concentrar e pedi assim: “Gostaria de saber o que o companheiro sente”, estava me referindo a sentimentos, mas qual não foi o susto quando algo me puxou?! Nunca na vida tinha sentido nada igual, é como se uma mão invisível vem é puxa a alma de dentro do corpo pela cabeça e solta, volta como um elástico quando solta, horrível essa sensação. Ainda bem que foi uma única vez que aconteceu isso  comigo, e depois disso só aconteceu mais uma vez com ele e nunca mais.

Quando eu embarquei no voa a primeira vez, ele diz que ficou tão desacorçoado, que foi numa casa de material de umbanda e gastou noventa reais em pedras de incenso. Eu fiquei pasma! Noventa reais em incensos?! Só podia estar mentalmente no poder dos fulanos ainda. Ele ascendia incensos para todos os lados, eu também pensado que isso iria afastar os “fulanos” e na verdade tudo isso era um link. E com isso eu fui enjoando, enjoando e meu companheiro dizia que era  eu que estava com algo ruim , por isso enjoava.

Lembre-se que a Ayahuasca falou: “É muito fácil colocar sempre a culpa numa mulher!”.

Nessa segunda vez , meu companheiro deixou de lado a prática do cachimbo , nunca mais quis saber da Ayahuasca , e aos poucos fui fazendo ele ver as coisas, e quando mais resolvia de um lado , mais coisas iam aparecendo. À noite, enquanto dormia ele sugava as minhas energias, e aos poucos eu fui percebendo e vendo como era feita ação. Ele colocava a mão em cima da região do fígado outra noite do estômago e eu sentia um frio nesses órgãos.
Às vezes era na parte de trás dos joelhos, onde faz a drenagem linfática, às vezes no pescoço e até na cabeça. Eu acordava e ficava braba com ele, pois quando eu acordava ele mudava totalmente as feições, e puxava a mão rápido para não ver, outras vezes deslizava a mão com naturalidade, negava e nega até agora que não faz isso . (Pensei em colocar uma filmadora, mas depois pensei bem e se visse algo aterrador como nos filmes?!).
Com essa experiência também fui ficando esperta, acordava e segurava a mão dele e nisso ele acordava, eu pergunto:
- O que você estava fazendo com a mão no meu pescoço?!
- Não sei! Não vi nada, não sei do que esta falando.
Nossa!  Eu ficava com uma raiva, pois ele agia como se eu estivesse inventando isso, eu não tinha como provar nada. E também mesmo que ele estivesse sendo usado por outros, cada um é responsável pelo seu corpo físico e se ele esta sendo manipulado por outro é porque de certa forma a uma afinidade um consentimento.

Essa prática foi crescendo, até o dia que vi um ser de  cor amarelo  queimado que chega num tom de marrom , subir pelas pernas dele e tomar conta do corpo . Era como uma névoa desse tom, mas com certo formato humano, e esse ser se alimentava das minhas energias.
A partir desse dia comecei a dormir com uma luz acessa e uma cortina grossa na janela, fazia o que podia para espantar esse “ser”, deu certo, pois foi diminuindo os ataques. (Detalhe: às vezes acontece ainda, até hoje. Faz uns dias que meu companheiro de novo estava sugando a minha cabeça, e um dessas vezes ele mesmo acordou e ficou assustado o porquê a mão dele estava de baixo do meu travesseiro?).

Lembre-se da Ayahuasca: “Todos os filmes que você assiste tem alguma realidade com a sua vida”. Espero que não seja o Filme: “Dormindo com Inimigo.”

Os links eram fortes, começa a ver muito a cor amarelo e preto, como os sinais de trânsito que usam essa cor, ela simboliza cuidado.
Para manter um pouco de paz, íamos toda a semana num centro Kardecista , as palestras eram de ensinamentos fraquinhos, mas o passe estava ajudando muito , meu companheiro não conseguia de forma alguma prestar atenção nas palestras , tombava  a cabeça de um lado para outro , eu sei que isso  é  uma obsessão forte . Fomos eliminando objetos dentro de casa que percebíamos energia perversa, e uma vez por semana fazíamos uma faxina completa. Meu companheiro gostava de ascender às pedras de incenso no centro do nosso quarto. Eu estava enjoada daqueles cheiros, não conseguia mais ouvir as músicas xamânicas (não consigo até hoje – enjoei de incensos e música- são links que abrem portas e essas portas são sutis, prefiro ficar no silencio e ser dona do meu próprio caminho).


E quando ele ascendeu eu estava lá fora e vejo uma fumaça espessa e cinza sair daquela tigela, parecia que esta incendiando o quarto, saturou o ar e algo me diz que aquilo estava errado. Entro no quarto assim que meu companheiro saiu, chamo a Nossa Senhora, faço uma oração e peso que afaste tudo de ruim que havia ali, como mágica a nuvem grossa cinzenta desaparece em segundos mesmo e o pote pega fogo, queima de uma única vez todas as pedras de incenso, a vela derrete em segundo também e logo o ar fica puro novamente. Eu fiquei simplesmente encantada com aquilo tudo e imensamente agradecida à proteção da Divindade Feminina. Aconteceu a mesma coisa depois de 15 dias que ele resolveu ascender novamente, novamente fez essa fumaça e lá vou eu com a minha Fé em Nossa Senhora e desmancho aquela fumaça horrorosa, saturada e tudo queima em segundos e purifica. Nesse dia resolvi pegar o que sobrou no pacotinho daquelas maledetas pedras de incenso e coloquei tudo fora. Percebi que tudo isso é um engodo, é usado pela outra linha que passa ser um link, uma porta de acesso de forças funestas.

 E assim conseguimos ter um pouco mais de paz, até o dia que comecei a ver um boneco borralheiro.  Ele aparecia para mim com a cara preta de borralho em visões e sonhos. Trocamos o gás do fogão, e o novo começou a pretejar  as panelas, formava um borralho tão concentrado que foi pegando em tudo, nos panos de prato, na louça, na toalha de mesa (nunca consegui tirar as manchas). Aquilo foi se tornando um inferno, tive que aprender a lidar com aquele borralho até os últimos dias que fiquei lá. )
Eu sonhava que via meu companheiro em cima do carvão, ele falava para mim e um amigo do FB assim:
“- Olha o que fizeram comigo!”. Estava com a cara toda preta de borralho e às vezes olhava para ele e via essa imagem. ( Vim saber a poucos dias aqui em Caçapava  através de um amiga que também tem a visão , que fizeram um voodo do  meu companheiro).

Um dia resolvemos ir assistir uma missa na Igreja que tinha perto do centro que frequentávamos e outro grande link recebi naquele momento, pois sou contra a doação de órgãos por vários motivos. A missa foi feita a prol as vítimas de contrabando de órgãos. Acredita?! Até hoje fico pasma com essa história, o Padre fez uma missa lindíssima, andou na Igreja com todo o pessoal atrás como se fosse uma Via Sacra, para enfrente de cada quadro que estava na parede mostrando os pontos da Via Sacra de Jesus e a cada capitulo dela pedia força e misericórdia a todas as almas que foram vítima do tráfico negro de órgãos. E assim não só apenas coisas ruins aconteciam como umas fantásticas também.


Outra vez sentada na pracinha dessa mesma Igreja, havia bancos para sentar e um deles ficava encostado num arbusto. Sentei ali, mas me sentia incomoda como se tivesse algo no meio do arbusto, então resolvi sentar em outro banco. Nesse momento chegou um senhor e sentou exatamente onde estávamos, de repente só o vi dar um salto e ficar com aquela cara de “ehhhh” olhando para  os arbustos, eu ria tanto , mais tanto porque o salto do velho foi muito engraçado. Ele volta e senta com as pernas cruzadas de frente para o arbusto, de olho nele, até hoje acho graça demais dessa cena. Não sei o que era, poderia ser até um macaco, mas como tudo ali era misterioso... E a terceira vez que vou nessa praça, conto um fato estranho  que aconteceu aqui na minha cidade , uma pessoa que foi atacada por um moça louca que anda nas ruas, descrevi ela para meu companheiro e não é que nesse instante aparece uma igualzinha a ela, passa pelo banco que estávamos sentado , eu fiquei chocada, nisso ela  volta , nos olha e entra dentro de um cancha de esportes que estava totalmente escura, sinto que ela estava nos observando, sinto que ela não era real, não é  um ser humano, é um ser que se plasma e falei para meu companheiro , vamos sair daqui. Nesse dia fiquei com uma impressão terrível daquela moça e do lugar, nunca mais voltei lá.

Uma noite resolvemos sentar na frente da casa onde morávamos, num banco de madeira com o gato no colo, essa noite o gato ficou muito estranho, quem visse ele iria dizer que era um ET , o companheiro segurou o bichano virado para ele , ele ficou com olhos totalmente negros, com as orelhas para trás foi se transformando, percebi que ele estava com uma raiva gigante de meu companheiro , mas não tinha medo de olhar aquela figura estranha na nossa frente (parecia sim um Gray).
O gato não era de sair de casa, mas começou querer sair e aprendeu a pular o muro, não tivemos mais sossego com ele. Um dia também aconteceu outro fato inusitado, o gato no quintal e aparece um filhote de rato branco, um ratinho bem pequenino branco e o Grude o pegou, eu entrei nem quis ver aquela cena , quando volto não havia vestígios nenhum de sangue nada , mas a pergunta que não quer calar: “ de onde viria aquele filhote de ratinho branco?”, um rato exatamente para o tamanho do Grude? Sendo que lá onde morávamos não havia ratos de nem uma espécie?
Dentro de casa continua as coisas mudar de lugar sozinho, energias estranhas sugar a gente, mas tudo isso fomos aos poucos acostumando a lidar. Um belo dia o tanque entope e vamos chamar o sindico do local que ele resolvia essas paradas. Quando ele desmonta o cano tanque ficamos todos impressionados, ele teve que tirar o sifão e desmontar tudo, lá estava um garfo amarrado com uma faca, essa amarração feita com cabelos. Não tinha como isso passar pelo buraco do tanque, só desmanchando e colocando lá, mais uma mandinga desmanchada.
 
Os dias iam se passando, eu já estava com saudades de casa e cansada de tantos ataques, meu companheiro já cumprindo o aviso prévio e a VOZ me avisando do tempo. Numa tarde de domingo, depois de tomarmos banho numa piscina de rio, quis comer uma pamonha, como tenho intolerância a lactose (isso tudo desenvolveu mais rapidamente depois da Ayahuasca) não posso com produtos que contem leite, e não vazia ideia que pamonha tem leite, só sei que depois de ingerir passei muito mal. Aconteceu algo estarrecedor, parecia que estava com um alien dentro da barriga, e a partir desse dia a situação foi ficando preta. Comecei sentir como se algo estivesse me devorando por dentro , esperei uma semana achando que tudo isso ia passar, até o dia que a dor era insuportável, já saquei que era um ataque dos brabos, e fui procurar um medico.
Ele me mandou fazer um exame na hora, estava com febre alta e muito abatida, e quando ele viu o exame me olhou apavorado e perguntou;
- O porquê você demorou em nos procurar?! (dava impressão que nem era o médico falando com tamanha preocupação) respondi:
- Porque pensei que iria passar!
- Sim!  Você ia passar dessa para outra. Você iria morrer! ( Foi tão estranho a forma que ele me chamou atenção).Você vai começar um tratamento agora, só não vou te internar porque não temos leitos, mas caso dentro de desses sete dias de tratamento não houver melhoras, você será internada.
Nós já estávamos com tudo programado para ir embora dali dentro de sete dias, exatamente os sete dias do meu tratamento. De cara tive que tomar 9 litros de soro, passei a noite no PA . Ele avisou que os remédios só iam surtir efeito dentro de 48 horas e essas horas pensei que iria morrer, pois a dor era insuportável, tinha adquirido uma bactéria desconhecida. Eu tinha certeza que iria vencer mais essa, e assim passada menos de 48 horas já estava me sentindo forte novamente, e numa dessas idas ao hospital vimos passar no céu um meteoro verde. O companheiro ficou encantado com a bola de fogo verde que passou em cima de nós, disse nunca ter visto nada igual e nem eu, apenas sabia que aquele era o link da cura.



Todos os dias tinha que ter a santa da paciência naquele PA, dependia de quem atendia era mais rápido, mas graças a todos eles fui me recuperando e nisso resolvendo o caminhão de mudança, que também era um povo enrolado. Nos dias antes da mudança o Grude desaparece, passamos a noite na rua atrás dele, numa dessas vimos um gato fugir de outro e o da frente bateu de cabeça na placa de um carro que vinha e nem sei dizer como saiu correndo. Passado dois dias conseguimos achar o Grude, ele estava com um corte na cabeça, se salvou por pouco dessa. Um dia antes da nossa viagem ele some de novo e agora? Não tínhamos como esperar ele aparecer novamente. Toda vez ele voltava estranho, parecia que alguém o manipulava e a Voz me disse que ele também faz parte da mandinga.
Falei com a Mãe Divina da natureza, disse a Ela  que mesmo que ele estivesse sendo usado de alguma forma por forças obscuras, com o meu  Amor por ele poderia cura-lo e  se assim fosse que ela me devolve-se o gato. Duas horas antes do horário de estar no aeroporto o bichano aparece dentro de casa. Foi uma corrida só, porque precisava de uma autorização da veterinária para embarcar no voo com ele. Tudo deu certo , a veterinária examinou , deu as vacinas, vez de tudo para conseguir embarcar com o bichano e assim foi.
Com essa corrida toda não deu tempo de fazer o ultimo dia de tratamento no PA. Pois tinha que ficar ajudando os caras do caminhão de mudança e nessa hora mais uma coisa estranha aconteceu. O moço que estava carregando as coisas pegou a mesa para levar, eu falei assim:
- Essa vai ser difícil passar na porta! (já estava até pensando em deixa-la ) . O moço nem da muita atenção e passa com ela de boa, como se a mesa tivesse diminuído de tamanho. PASME!
A nossa mudança ficou duas semanas lá até eles conseguirem outras para completar o caminho e nessas sempre se perde alguma coisa, e mais uma fez por sorte minha não veio o atabaque. Também o botijão de gás ficou lá e o fogão foi doado. Queimei muitas coisas aqui, mas mesmo assim percebia algumas influências. Tem uma energia que imagino ser com uma bolinha que fica quicando, pois lascou muitas  coisas aqui em casa. Foram meses acontecendo isso, lasca piso, cadeira, louça, imagens, tudo isso foi diminuindo com o tempo.




A imagem que o companheiro me deu  de presente o Shiva e a Parvati também foi  vitima dessa quebração. Uma noite sonhei que alguém queria cortar meu pescoço fora e no dia seguinte companheiro  puxa o balcão que a imagem estava em cima , ela cai e decepa a cabeça da Parvati. Essa imagem foi encomendada ainda quando éramos amigos do casal, e eles estavam juntos e viram-no ficar pronta antes de nós.
O “padrinho” também usa  uma pratica de  encantar a gata dele , faz ela entrar no outro mundo , vi isso  pessoalmente , acredito usar ela  como espião no plano astral.
Hoje tudo está  mais tranquilo e mais  claro para mim, passei  um período com medos quando ia dormir , tinha medo de contar essa história até que  tive a coragem de escrever. Lembro-me que quando ia passear de moto lá no MT , passávamos na frente de uma loja que tem a estátua da Liberdade e como se ela falasse assim : “LIBERDADE – liberta-te !”

O segredo é esse, libertar dos medos, dos egos, não se importar com as criticas, elas virão, muitos vão achar que é mentira, vão achar que sou esnobe por dizer que fui Pedro e Santo Dumont, mas lembra-se também que a história da reencarnação não é bem como pensamos e ainda vou fazer um estudo sobre isso.
Ser PEDRO – entendi quando ele  falou que todos nós estamos vivendo a Via Sacra, que cada um de nós tem a personalidade de um dos doze apóstolos , assim como os doze signos , e a minha é de Pedro.
Toda vez que tem ritual lá eu sinto aqui, sei exatamente quando é meu companheiro até hoje fica muito ruim nesses dias, existe sim um link entre eles, e quanto mais estudo e compreendo isso tudo, sinto-me liberta.
Sei que terei que me cuidar até o fim dessa vida muito mais, pois hoje estou com os canais abertos, não posso ir a restaurantes, pois sinto toda a energia de quem manipulou a comida, praticamente só posso comer o que eu mesma preparo. Sei que vão tentar me atacar, como é dês do momento que nasci (essa é outra historia). Sei que tenho que cuidar do meu ego , pois a qualquer momento , qualquer um  de nós pode dar uma deslizada, até os seres iluminados estão sujeito a isso.
Agradeço plenamente ao TODO DEUS PAI-MÃE a  essa experiência que passei , minha visão mudou muito em muitas coisas , percebi que via certas coisas totalmente  de ângulos opostos , vou dar um exemplo disso : Eu não queria ficar velha , sempre pedia para morrer  jovem , isso  por puro ego, não querer ficar velha e enrugada . Hoje isso é uma bênção para mim, quero viver muito, aprender o máximo possível nessa vida, não me importo mais com a beleza física e sim com a saúde. Saúde é um estado de graça, é um indicador sagrado que estamos com a mente e o espírito saudável. Não vou mais usar imagens, nem incensos, escuto música o mínimo possível, faço meditação todos os dias, vou lutar por aquilo que acredito hoje, mas pode ser que o amanhã me mostre que estou errada, nada é parado, o mundo gira e tudo gira e muda.
Bom esse é meu relato, cada um tire a suas conclusões e se quiser comentar algo fique a vontade.

Lembre-se “Isso Tudo é Um Jogo!”.

PAZ, LUZ, AMOR E SABEDORIA.
ღ Maria Eugenia Susan Zeni ღ


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