domingo, 31 de maio de 2015

MITOLOGIA GREGA IV - TITÃS , DEUSES E SEMIDEUSES OLÍMPICOS


PERSEU

















Perseu algumas vezes grafado como Perseus é um dos mais célebres personagens da mitologia grega. Perseu era como um semideus, filho de Zeus e de uma mulher mortal,  para quem o deus apareceu sob a forma de uma chuva de ouro, introduziu-se na torre de bronze e engravidou sua mãe, a mortal Dânae , filha de Acrísio, rei de Argos.

Acrísio, rei de Argos , era casado com Eurídice, filha de Lacedemon, e tinha uma filha Dânae , mas não tinha filhos homens. Quando Acrísio perguntou ao oráculo de Delfos como a filha dele poderia ter filhos homens, a resposta foi que Dânae teria um filho que o mataria. E assim, Dânae foi trancada em uma câmara de bronze subterrânea e posta sob guarda, mas ela foi seduzida, por  Zeus, que assumiu a forma de uma chuva de ouro. 

E assim , pai de Dânae, Acrísio, que  havia sido avisado  que sua filha daria à luz um filho , e não acreditando que sua filha estivesse grávida de Zeus, colocou-a em um baú, que foi jogado ao mar, para que isso fosse evitado.

Protegidos pelas divindades da água, eles foram levados às margens da ilha  Sérifos, onde foi encontrada por Díctis, que criou o menino. E sob perseguição do rei Polidetes, que apaixonou-se por Dânae e a perseguiu durante todos os anos da infância e adolescência de Perseu.

Perseu se tornou um grande homem, forte, ambicioso, corajoso, aventureiro e protetor da mãe. O jovem era contrário a seu casamento, acreditando que a sua mãe merecia alguem melhor que o rei Polidectes. O rei  finalmente resolveu matar Perseu, com medo que ele impedisse seus planos de casar com sua mãe, e que a ambição  dele o levasse a lhe usurpar o trono, propôs um torneio no qual o vencedor seria quem trouxesse a cabeça da Medusa .

Portanto, o rei enviou o jovem na aparente missão impossível de trazer-lhe a cabeça da terrível Medusa, sabendo que o instinto aventureiro de Perseu não o deixaria recusar. 

Perseu, conhecendo sua mãe, disse que iria participar do torneio, mas não disse que iria enfrentar a Medusa, com receio de que ela o impedisse. 




Em todo o seu trajeto, Perseu foi protegido pelos deuses. Da batalha contra Medusa saiu vitorioso graças à ajuda de Atena, Hades e Hermes. Atena deu a ele um escudo tão bem polido, que tal qual num espelho, podia se ver o reflexo ao olhar para ele. Hades lhe deu um elmo que torna invisível quem o usa, e Hermes deu a ele suas sandálias aladas, três objetos que foram definitivos para a vitória de Perseu.

As Gréias, três bruxas que compartilhavam de um único olho, conheciam os segredos do futuro e disseram-lhe onde encontrar Medusa; Atena armou-o com um escudo mágico e foi dessa maneira que o jovem conseguiu matar a górgona, olhando o seu reflexo no escudo espelhado, a fim de proteger sua mãe.




De acordo com a mitologia, Medusa teria sido originalmente uma bela donzela, "a aspiração ciumenta de muitos pretendentes", sacerdotisa do templo de Atena. Um dia ela teria cedido às investidas do "Senhor dos Mares", Poseidon, e deitado-se com ele no próprio templo da deusa Atena; a deusa então, enfurecida, transformou o belo cabelo da donzela em serpentes  e deixou seu rosto tão horrível de se contemplar que a mera visão dele transformaria todos que o olhassem em pedra.





Então Perseu guiado pelo reflexo no escudo, sem olhar diretamente para a Medusa, derrotou-a cortando sua cabeça que ofereceu à deusa Atena. 




Diz a lenda que, quando Medusa foi morta, o cavalo alado Pégaso e o gigante Crisaor surgiram de seu ventre. As outras duas irmãs de Medusa, Esteno e Euríale, perseguem Perseu, mas este escapa devido ao capacete de Hades, que o torna invisível às Górgonas.



Ele levou consigo a cabeça da Medusa e em seu caminho de volta para Sérifos passou  pelo país das Hespérides, onde ficava o titã Atlas, que foi condenado a segurar a abóbada celeste em seus ombros.



Vendo que o lugar era muito bonito, Perseu pediu a Atlas se podia dormir pelos arredores naquele dia, dizendo ao titã: "Se vês uma pessoa pela sua família, saiba que sou filho de Zeus e se, porém, valorizas grandes feitos, saiba que matei a górgona Medusa". Atlas responde: "Tu, mortal, mataste a rainha das górgonas? Nenhum mortal teria condições para fazer tal coisa". Muito revoltado por não ter sido acreditado por Atlas, Perseu mostra a cabeça de Medusa ao enorme titã, este quando encara os olhos da górgona começa a ter todo seu corpo petrificado, seus ossos se transformam em uma montanha, sua barba em floresta e sua cabeça o cume.




Continuando sua volta para casa, passou por uma ilha onde viu uma linda mulher acorrentada no meio do mar, não fossem as lágrimas que vertiam de seu rosto, teria confundido-a com uma estátua. Perseu pergunta a jovem o que fez para merecer tal punição, a moça então diz a ele: "Eu sou Andrômeda, minha mãe Cassiopeia ousou comparar sua beleza com as filhas de Poseidon, as ninfas do mar, e fomos castigados por isso. Poseidon mandou um monstro de Ceto destruir nossa cidade pelo erro de minha mãe e eu fui oferecida como sacrifício". Perseu diz que salvará a bela moça, se esta prometer casar com ele, mas antes de receber a resposta, uma grande onda se abriu no meio e o monstro marinho apareceu. Sem pensar duas vezes Perseu vai de encontro ao monstro e, aproveitando sua vantagem de voar, ganha a sangrenta batalha. Os pais de Andrômeda lhe concedem sua mão e Perseu volta para casa com ela.




Ele então voltou para Sérifos, e ao chegar em casa vê uma desordem, o rei de Sérifos, Polidectes, e seus seguidores, vão atrás de Dânae, mãe de Perseu, para violentá-la. Perseu convoca seus amigos para lutarem com ele, mas o rei e seus fiéis eram em muito maior número. Quando a batalha parecia perdida, o herói lembra do que ocorrera a Atlas quando este fixou seus olhos no petrificante olhar da górgona Medusa e diz: "Aqueles que forem meus amigos, que fechem os olhos". Os que acreditaram então fecham seus olhos e Perseu ergue a cabeça de Medusa, todos que estavam contra ele (e inclusive alguns amigos descrentes) são petrificados, menos o rei, que percebera o que ocorreria e vira seu rosto, ele então pede clemência a Perseu: "Por favor, ó Perseu, me deixe viver, eu reconheço que tu és mais forte e que mataste a górgona, então não me mate também".







O argiano responde: "Tratarei bem de você Polidectes, deixarei você em minha casa para jamais esquecer da covardia que me mostra agora". Perseu vira o rosto de Medusa na sua direção, petrificando-o na posição de covardia em que ele se mostrava, levando a estátua para casa, jamais esquecendo do ocorrido.



Isso feito, juntamente com sua mãe e sua esposa, Perseu empreendeu o caminho de volta para o lugar de seu nascimento onde Acrísio, o seu avô, tentara matá-lo. Apesar de não procurar vingar-se dele acabou matando-o acidentalmente. 



Conforme a profecia, Perseu acabou assassinando o avô durante uma competição esportiva, em que participava da prova de arremesso de discos. Fazendo um lançamento desastroso, acertou acidentalmente seu avô sem saber que ele estava ali. Cumpriu-se a profecia que Acrísio mais temia,       tornando-se, dessa forma, Perseu o rei de Argos. Apesar disso Perseu se recusou a governar Argos, pois o lugar era repleto de memórias tristes, então decidiu transferir-se para Tirinto, onde fundou uma gloriosa dinastia.

Perseu (trocando de reinos com Megapente filho de Preto)  governou Tirinto e Micenas (cidade que fundou), estabelecendo uma família de sete filhos: Perseides, Perses, Alceu, Helio, Mestor, Sthenelus,  Electrião e uma filha Gorgófona.




Seus descendentes também governaram Micenas, de Electrião à Euristeu, após os quais Atreu conquistou o reino, tais descendentes incluíam, também, o grande herói Hércules. Seguindo esta mitologia Perseu também é o ancestral dos persas.



O que representava e importância:







Perseu, herói semideus conhecido por ser fundador da mítica cidade-estado de Micenas, irmão de Hércules e patrono tanto da Casa Real de Perseu como da Dinastia Persênica, tendo sido ancestral, segunda a mitologia, dos imperadores da Pérsia.


Famoso por ter decapitado a górgona Medusa, monstro que transformava em pedra qualquer um que olhasse em seus olhos.



TÉTIS




Tétis do pé prateado  é uma ninfa do mar, uma das cinqüenta Nereidas filhas do antigo deus marinho na mitologia grega. Quando descrita como uma Nereida, Tétis era a filha de Nereus e Doris , e neta de Tétis, a titânide. Teve vários filhos, entre eles, Aquiles.

Foi criada por Hera, a quem dedicava grande amizade. Recolheu Hefesto quando o deus foi precipitado do Olimpo por Hera. Amada pelo soberano dos deuses, resistiu-lhe, temendo magoar Hera. Zeus e a Poseidon, ambos enamorados da nereida, a repudiaram quando alertados de uma profecia. Os deuses olímpico temidos a realização de um oráculo segundo o qual Tétis conceberia  um filho que o destronaria o pai. 


Para que a profecia não se cumprisse, o rei dos deuses apressou-se em casar a amada com o mortal Peleu, rei da Fítia ,Tessália, filho de Éacol e neto de Zeus, por parte de pai, e grande amigo de Héracles. Tétis, entretanto, fugia à corte do noivo, transformando-se em diversos elementos. Aconselhado pelo centauro Quíron, Peleu segurou-a violentamente, até que a nereida voltou à forma natural. O casamento foi celebrado na presença dos deuses e das musas. Da união nasceram sete filhos.

Para purificar as crianças dos elementos mortais herdados do pai, Tétis expunha-as ao fogo, acarretando sua morte. De acordo com o mito, quando tentava purificar seu sétimo filho, Aquiles, tentado fazê-lo imortal, mergulhando-o no rio Estige, deixou-o, no entanto, vulnerável na parte do corpo pelo qual ela o segurava, seu calcanhar , quando Peleu interferiu, pensando em salvar a criança.


Irritada, Tétis abandonou o marido e retornou ao fundo do mar. Protegeu o filho durante toda a vida do herói, tentando afastá-lo dos perigos e consolando-o nas tristezas. Não pôde, entretanto, evitar que ele morresse na guerra de Troia, pois assim havia decretado o Destino. Depois da morte do herói, tomou sob sua proteção Neoptólemo.



Peleu levou seu filho Aquiles para Quíron, quando sua mãe, Tétis, abandonou seu lar e retornou às nereidas, que o recebeu como discípulo e o alimentou com as entranhas de leões e javalis e o tutano de lobas.



 PELEU




Na mitologia grega, Peleu, rei da Fítia uma região da Tessália, era filho de Éaco e Endeis, irmão de Telamon, amigo do centauro Quíron, casou com Tétis, a mais bela entre todas as nereidas e foi o pai de Aquiles, grande herói da Guerra de Tróia e o maior guerreiro de todos os tempos.


Aquiles era o filho da nereida Tétis e de Peleu, rei dos mirmidões, que, elegeu Tétis para ser sua esposa, a mais bela entre todas as nereidas, que costumava aparecer completamente nua numa pequena baía deserta da Tessália, cavalgando um golfinho amestrado. Ali, na solidão de uma pequena gruta oculta por espessos arbustos, ela se estendia languidamente para aproveitar a paz de uma sesta para revigorar sua beleza. 


Foi ali que Peleu a viu, e ficou logo enfeitiçado. Chegou a dar um passo em sua direção, mas ela simplesmente correu pela areia da praia e foi desaparecer entre as ondas verdes do mar, deixando-o atônito, infeliz para todo o sempre, condenado a amar uma mulher inatingível. Então ele resolveu aconselhar-se com o centauro Quíron, velho mestre que tinha educado a ele e a tantos outros heróis. Quando ouviu o relato de Peleu, concluiu que se tratava de Tétis. Disse Quiron:

- É uma mulher para poucos, meu filho. Até o próprio Zeus a cobiça. Agora, se realmente é essa mulher que desejas, vais ter de provar que és homem suficiente. Ela pode assumir a forma que bem entender: de serpente, de fogo, de tigresa, sendo dessa forma que ela se livra de todos os seus pretendentes. Se achas que é essa a mulher que te fará feliz, espera que ela adormeça e põe toda a tua vida num abraço definitivo. Aconteça o que acontecer, não fraquejes, e ela acabará sendo tua. 


Peleu não vacilou. Foi esconder-se entre os arbustos que escondiam a entrada da caverna. Quando a nereida adormeceu ao meio-dia, ele saltou sobre ela e enlaçou-a com seus braços poderosos, puxando-a contra o peito. Ela transformou-se numa fogueira, mas ele aguentou a queimadura. Como serpente ela o picou várias vezes, mas ele não a soltou. Então ela virou uma tigresa feroz e ele defendeu-se como pode de suas garras afiadas. Por fim, vencida, ela voltou à sua forma natural, aninhando-se junto ao peito daquele que seria seu marido.

Tétis era uma das várias filhas de Nereu e Doris, Zeus e Poseidon haviam sido rivais pela mão de Tétis até que Prometeu, o responsável por trazer o fogo aos humanos, alertou Zeus a respeito de uma profecia que dizia que Tétis daria luz a um filho ainda maior que seu pai.  Por este motivo, os dois deuses desistiram de   cortejá-la,  e fizeram-na se casar com Peleu.  No casamento forçado de Peleu e Tétis, que viriam a ser os pais de Aquiles,  acontece a primeira provocação, que mais tarde sucederia , a Guerra de Troia. 


Éris que não era bem-vinda ao casamento, compareceu aos festejos e lançou no meio dos presentes o Pomo da Discórdia, uma maçã dourada com a inscrição καλλίστη (kallisti, ou "à mais bela"). 




ÉRIS



Na mitologia grega, Éris é a deusa da discórdia, companheira e irmã de Ares, filha dos reis do Olimpo  Zeus e Hera. Fora desprezada por sua mãe Hera por não ter muita beleza. Éris então procurou companhia na Via Láctea lar dos titãs e outras deidades à fim de nobres disciplinas, sendo desposada pelo titã Éter, com o qual concebeu catorze filhos, cada um deles dotado de um poder maligno o que a alcunhou como Mãe dos Males. Éris sempre fora companheira de seus irmãos em questões terrenas, sobretudo de Ares na batalhas. 



De acordo com a mitologia  Éris deu à luz a quatro meninos; o doloroso Ponos (desânimo e fadiga), Macas (batalhas), Limos (fome) e Orcos (calúnia e difamação); e à onze meninas: Lete (esquecimento), a chorosa Algea (tristeza), Hisminas (discussões e disputas), Fonos (dor e matança), Androctasias (devastações e massacres), Neikea (ódio), Pseudologos (longas mentiras), a Anfilogias (ambiguidades; dúvidas e traições), a Disnomia (desrespeito) e Até (insensatez) todos eles companheiros inseparáveis. Chamados pelos gregos de daemons; as Desgraças para os romanos.

A lenda mais famosa referente a Éris relata o seu papel ao provocar a Guerra de Troia. As deusas Hera, Atena e Afrodite haviam sido convidadas, juntamente com o restante do Olimpo, para o casamento forçado de Peleu e Tétis, que viriam a ser os pais de Aquiles, mas 
Éris fora desdenhada por conta de seu temperamento controvertido - a discórdia, naturalmente, não era bem-vinda ao casamento. Mesmo assim, compareceu aos festejos e lançou no meio dos presentes o Pomo da Discórdia, uma maçã dourada com a inscrição καλλίστη (kallisti, ou "à mais bela"), fazendo com que as deusas discutissem entre si acerca da destinatária. O incauto Páris, um pastor de rebanhos, príncipe de Troia, foi designado por Zeus para escolher a mais bela. Cada uma das três deusas presentes imediatamente procurou suborná-lo: Hera ofereceu-lhe poder político; Atena, habilidade na batalha; e Afrodite, a atual mulher mais bela mulher do mundo, Helena, esposa de Menelau de Esparta. Páris elegeu Afrodite para receber o Pomo, condenando sua cidade, que foi destruída na guerra que se seguiu.


Na mitologia romana Éris corresponde à deusa romana Discórdia, e  seu oposto é sua sobrinha Harmonia, correspondente à Concórdia romana.


Os discordianos idolatram Éris como sua deusa.






O que representava e importância:

      


                                  "Éris a Discórdia infatigável, Companheira e irmã do homicida Ares; Quem a princípio se apresenta timidamente, mas que logo Anda pela terra enquanto a fronte toca o céu."


A palavra "erística", em português, vem do nome da deusa grega da discórdia. Significa a arte da disputa argumentativa no debate filosófico, desenvolvida sobretudo pelos sofistas, e baseada em habilidade verbal e acuidade de raciocínio (Houaiss).

Também leva o nome Éris um planeta anão no disco disperso do sistema solar (com a designação oficial 136199 Éris). Seu satélite natural chama-se Disnomia (segundo os antigos gregos, uma das filhas de Éris).



PÁRIS





Na mitologia grega, Páris era um dos filhos do rei Príamo de Troia com a rainha Hécuba. É o responsável por raptar Helena, esposa de Menelau, que governava a cidade grega de Esparta, dando início à Guerra de Troia, que duraria dez anos, e quem derrota Aquiles, porém, acaba sendo gravemente ferido por Filoctetes e vem a falecer.


Páris era um dos mais novos filhos do rei troiano Príamo com sua esposa Hécuba . Esta teve mais de dezenove filhos. Antes de nascer, sua irmã mais velha, Cassandra, previu que ele provocaria uma guerra que incendiaria Troia e a destruiria. 


Porém, devido a uma maldição do deus Apolo de que ninguém jamais acreditaria nas previsões da princesa, foi considerada insana e desacreditada. Porém, Hécuba, antes de dar à luz, teve uma visão com um menino correndo por Troia, enquanto a cidade pegava fogo. Páris, então, foi entregue, ainda bebê, a um casal de pastores, a fim de se evitar o destino de destruição.


Páris cresceu como pastor, cuidando dos rebanhos de seu pai e cuidando do gado. Durante uma de suas viagens ao monte Ida, conheceu Enone, uma ninfa filha do deus-rio Cebren que tinha o dom da adivinhação. Ambos se apaixonaram e passaram a morar juntos , chegaram a se casar. Páris jurou jamais abandoná-la e algum tempo depois, Enone engravidou de Páris.

Nesta época, os deuses celebraram o casamento de Tétis com o rei Peleu, que seriam os pais de Aquiles. 
Foi durante a cerimônia que Éris, deusa da Discórdia e única deusa que não havia sido convidada para o casamento, compareceu à festa com uma maçã de ouro com a inscrição " à mais bela", oferecendo-a àquela que fosse escolhida a mais bela das deusas. Hera, Atena e Afrodite disputaram a posse do pomo. Zeus, para não entrar em conflito com elas, recusou-se a ser o juiz, e por conselho dos deuses, escolheu Páris, um príncipe de Troia, por ser honesto. 

As deusas se despiram para Páris no Monte Ida, ainda assim,  Páris não poderia decidir, como todas as três eram idealmente belas, então as deusas recorreram a subornos. Assim, esperando ser escolhida, cada uma das deusas fez promessas.

 Hera, rainha dos deuses, prometeu a Páris que se fosse escolhida, ele seria o rei mais poderoso do mundo. Atena, deusa da sabedoria e da batalha, prometeu que se ganhasse, ele teria muita sabedoria e sempre obteria vitória nas batalhas. Já Afrodite, deusa da beleza e da sensualidade, prometeu que ele teria o amor e se casaria com a mulher, que naquela época, era a mais bela do mundo: Helena, filha de Zeus com a rainha Leda. Páris acabou escolhendo Afrodite.

Retorno a Troia: Tempos depois, Páris decidiu participar dos jogos de Troia, a fim de conseguir prêmios para sua família. Enone, porém, disse que se ele fosse, nunca mais voltaria para ela, pois se apaixonaria por outra mulher e geraria um conflito entre seus parentes, e caso fosse ferido, apenas ela poderia curá-lo. Páris não acreditou e se dirigiu para Troia. 

 Lá, ele se destacou por sua beleza e força e ganhou muitas competições, até de Heitor, filho mais velho do rei, e portanto, herdeiro do trono. Príamo acabou reconhecendo o filho e o chamou para morar com sua verdadeira família. Páris, então, voltou para Troia e levou com ele Enone, que deu à luz um filho, Corythus.

Um tempo depois, Heitor enviou Páris em uma expedição à Grécia. Enone novamente disse que se ele fosse, apaixonar-se-ia por uma estrangeira e abandonaria a ela e ao filho, gerando mais tarde, uma guerra onde ele ficaria gravemente ferido e apenas ela poderia curá-lo, mas foi ignorada. Heleno, irmão gêmeo de Cassandra que também era vidente, também previu que a viagem resultaria numa catástrofe.
Páris acabou indo, e foi durante sua estadia em Esparta que ele conheceu Helena, que era a mulher mais bela do mundo. Eles acabaram se apaixonando. Helena já era casada com Menelau, rei da cidade, mas isto não a impediu de seguir com ele para Troia.  Páris seduziu Helena e a convenceu a fugir com ele; mas a quem diz que, na verdade, o príncipe a sequestrou .

Páris e Helena acabaram fugindo para Troia, tendo Afrodite os auxiliado na fuga. Páris abandonou Enone e o filho, que retornaram à suas origens humildes, e casou-se com Helena, que foi muito bem recebida em Troia e deu quatro filhos a Páris.

Guerra de Troia: Quando Menelau soube que fora traído, ficou furioso. Como Helena fora pretendida por muitos príncipes e heróis e todos juraram proteger a ela e ao marido que ela escolhesse, Menelau conseguiu reunir muitos exércitos e navios gregos, que se dirigiram para Troia, visando recuperar Helena. Importante ressaltar que, embora este fosse o motivo alegado, Menelau tinha outros interesses que o levou a guerrear contra a cidade, como a riqueza da cidade. 
Entre os líderes gregos estavam Aquiles, que era o maior de todos os guerreiros, Agamenon, rei de Micenas e irmão de Menelau, e Odisseu, excelente estrategista nas batalhas. Do lado dos troianos, estavam exércitos asiáticos e as amazonas, comandadas por Pentesileia. Os deuses, com exceção de Zeus e Hades, também participaram da guerra. Entre os que estavam do lado dos gregos, estavam Hera e Atena, que haviam ficado furiosas por não terem sido escolhidas por Páris.

A guerra durou dez anos e muitos heróis perderam suas vidas lutando, entre eles, muitos dos filhos de Príamo. Durante anos, Páris lutou, porém, com menos desempenho que Heitor, que comandava os exércitos troianos, pois Príamo já estava velho para isto. Durante uma batalha, Heitor matou Pátroclo, companheiro de Aquiles, o que despertou a fúria e o ódio deste, que jurou vingança. Na batalha seguinte, Heitor e Aquiles lutaram. Com a ajuda de Atena, Aquiles conseguiu matar Heitor. 

Ainda irado pela morte de seu amigo, Aquiles amarrou o corpo de Heitor à sua carroça e passou dias arrastando-o pelas muralhas de Troia e se negando a entregá-lo, até que Príamo foi pessoalmente até Aquiles e implorou para que devolvesse o corpo de seu filho. Comovido, Aquiles atendeu o pedido.
Páris assumiu o comando dos exércitos e passou a lutar melhor. Durante uma batalha, ele recebeu flechas envenenadas de Apolo e conseguiu matar Aquiles, atingindo-o no calcanhar, única parte do corpo do guerreiro que era vulnerável.

Porém, Heleno foi capturado pelos gregos, que o torturam a fim de que ele revelasse como poderiam vencer a guerra. Diferentemente de sua irmã Cassandra, Heleno tinha suas previsões acreditadas. Entre os trabalhos a serem realizados pelos gregos, estava roubar o palácio troiano, algo que mais tarde conseguiriam com o esquema do Cavalo de Troia, e obter as flechas de Hércules, que estavam em posse de Filoctetes. Este acabou entrando na guerra ao lado dos gregos, e durante uma luta contra Páris, deixou-o gravemente ferido.

Páris foi levado para o palácio já à beira da morte. Então, ele lembrou-se de Enone e que apenas ela poderia curá-lo. Um mensageiro foi enviado para dar a mensagem à ninfa, que agora era sacerdotisa de Cebren. 


A princípio, ela se negou a ajudá-lo, arrependendo-se posteriormente. Quando ela chegou a Troia, Páris já havia morrido. Alguns autores dizem que ela ficou desesperada quando viu o cadáver de seu antigo amado, que acabou se suicidando.


O comando dos exércitos passou para Deífobo, que exigiu a mão de Helena para continuar na guerra. Porém, no décimo ano da guerra, os gregos desertaram, deixando na entrada da cidade, um enorme cavalo de madeira. Pensando que haviam vencido a guerra e que o cavalo era um presente dos gregos, os troianos o levaram para dentro da cidade. 

Cassandra alertou várias vezes para que não o trouxessem para dentro, sabendo que se tratava de uma armadilha dos gregos. Porém, ninguém lhe deu ouvidos, e a esta altura, já era considerada louca até entre seus parentes. Consequentemente, durante a noite, vários soldados gregos saíram de dentro do cavalo e realizaram um ataque surpresa. Eles saquearam a cidade e o palácio, roubando todas as suas riquezas, mataram civis e todos os membros homens da família real, inclusive os filhos de Helena com Páris, e incendiaram a cidade. Mas Páris ainda teve o orgulho de vingar seu irmão Heitor,matando Aquiles com uma flecha no calcanhar com a ajuda de Apolo.

Troia acabou destruída e vencida pelos gregos. Os bens da cidade e as mulheres reais foram divididos entre os líderes gregos. Hécuba e as princesas troianas,como Cassandra e Andrômaca, esposa de Heitor, foram entregues como concubinas aos reis gregos. Helena acabou voltando para Menelau e continuou sendo rainha de Esparta, pois tinha uma filha com ele, Hermíone. Entretanto, após a morte de Menelau, ela foi expulsa do reino pelo seu enteado, Nicostrato e morreu no exílio.

O que representava e importância:


O Julgamento de Páris e a Guerra de Troia

Como ficou conhecido na Mitologia, é uma imagem do primeiro grande desafio da vida em face do desenvolvimento individual: o problema da escolha no amor e os impulsos imaturos do desejo. 


 Páris escolheu Afrodite, e as outras duas deusas ficaram furiosas por terem perdido e favoreceram os gregos na guerra que se seguiu, causada pelo rapto de Helena por Páris.


HELENA


 Na mitologia grega, Helena  era filha de Zeus e de Leda, irmã gêmea da rainha Clitemnestra de Micenas, irmã de Castor e de Pólux e esposa do rei Menelau de Esparta.
Quando tinha onze anos foi raptada pelo herói Teseu. Porém seus irmãos Castor e Pólux a levaram de volta a Esparta.

Possuía a reputação de mulher mais bela do mundo. Helena tinha diversos pretendentes, que incluíam muitos dos maiores heróis da Grécia, e o seu pai adotivo, Tíndaro, hesitava tomar uma decisão em favor de um deles temendo enfurecer os outros. Finalmente um dos conselheiro perspicaz , Odisseu , rei de Ítaca, resolveu o impasse propondo que todos os pretendentes jurassem proteger Helena e o marido que ela escolhesse, qualquer que fosse. Helena então se casou com Menelau, que se tornou rei de Esparta.
Helena teve uma filha com Menelau, Hermíone.

Numa viagem a Esparta, Páris encontra a princesa Helena, que está casada com Menelau, irmão de Agamenon, filhos de Atreu, rei de Micenas. Após nove dias entretendo foi inevitável a atração que ambos sentiram. Como  Afrodite ofereceu a Páris , o amor da mulher mortal mais bonita do mundo, está mulher era Helena, esposa do rei de Esparta, Menelau. No entanto ,   Menelau, no décimo dia, parte para Creta, para os rituais fúnebres de Catreu, seu avô materno. Helena e Páris fogem para Troia, abandonando Hermíone, então com nove anos de idade. A guerra que se seguiu, causada pelo rapto de Helena por Páris, ficou conhecida como A Guerra de Troia. 

Menelau, Agamenon, e outros reis juntam-se numa guerra contra Troia. Em princípio para resgatar Helena e vingar Menelau, mas na realidade com interesses econômicos também.
A guerra dura dez anos. 
Heitor e Aquiles morrem. Um dia, os troianos percebem que o acampamento de seus inimigos está vazio, e imaginam que finalmente abandonaram a guerra. Encontram por ali um enorme cavalo de madeira que acreditam ser um presente, e o carregam para dentro de suas muralhas.
 Porém, tudo não passava de uma armadilha criada por Odisseu para conseguir invadir o território inimigo, assim de noite, quando os troiano estavam dormindo, os soldados começam a sair de dentro do cavalo e a atacar a cidade, que agora indefesa,  é vencida pelos gregos a guerra.


De acordo com a mitologia, Helena ,  após a morte de Menelau, foi expulsa do reino pelo seu enteado, Nicostrato. 

Foi morar com a rainha Polixo de Rodes, que fingiu ser sua amiga, mas queria vingança pela morte do marido Tlepólemo. 
Quando Helena estava tomando banho, a rainha mandou as servas vestidas de Erínias a enforcarem. Após a morte foi levada para a ilha de Pélagos.


O que representava e importância:



Helena , ficou conhecida como Helena  de Troia.

O rapto de Helena, que a mitologia grega descrevia como a mais bela das mulheres, desencadeou a lendária guerra de Tróia. Personagem da Ilíada e da Odisséia, Helena era filha de Zeus e da mortal Leda, esta esposa de Tíndaro, rei de Esparta.




 AQUILES




Na mitologia grega, Aquiles, é um herói da Grécia , o maior guerreiro da Guerra de Troia, e tem ainda a característica de ser o mais bonito dos heróis reunidos contra Troia, assim como o melhor entre eles.  Aquiles era invulnerável em todo o seu corpo por se banhar no Rio Estige, exceto em seu calcanhar; e sua morte teria sido causada por uma flecha envenenada que o teria atingido exatamente nesta parte de seu corpo. A expressão "calcanhar de Aquiles", que indica a principal fraqueza de alguém, teria aí a sua origem.
Aquiles era o filho da nereida Tétis e de Peleu, rei dos mirmidões. Tétis era uma das várias filhas de Nereu e Doris, e Peleu era filho de Éaco e Endeis. Zeus e Posídon haviam sido rivais pela mão de Tétis até que Prometeu, o responsável por trazer o fogo aos humanos, alertou Zeus a respeito de uma profecia que dizia que Tétis daria luz a um filho ainda maior que seu pai. Por este motivo, os dois deuses desistiram de cortejá-la, e fizeram-na se casar com Peleu.

No entanto, quando Aquiles nasceu Tétis teria tentado fazê-lo imortal, mergulhando-o no rio Estige, deixou-o,  vulnerável na parte do corpo pelo qual ela o segurava, seu calcanhar, quando foi interrompida por Peleu, furiosa, acabou abandonando pai e filho.

Peleu confiou Aquiles a Quíron, o centauro, no monte Pélion, para lá ser criado. O centauro encarregou-se da educação do jovem, alimentou-o com mel de abelhas, medula de ursos e de javalis e vísceras de leões. Ao mesmo tempo, iniciou-o na vida rude, em contato com a natureza; exercitou-o na caça, no adestramento dos cavalos, na medicina, na música e, sobretudo, obrigou-o a praticar a virtude. Aquiles tornou-se um adolescente muito belo, loiro, de olhos vivos, intrépido, simultaneamente capaz da maior ternura e da maior violência.

Peleu deu ainda ao seu filho um segundo preceptor, Fênix, um homem de grande sabedoria, que instruiu o príncipe nas artes da oratória e da guerra. Juntamente com Aquiles, foi educado Pátroclo, seu amigo, filho do rei da Lócrida, Menécio.

O adivinho Calcas havia declarado, quando Aquiles tinha nove anos de idade, que Troia só poderia ser tomada com a ajuda de Aquiles. Tétis tinha o pressentimento de que Aquiles morreria na guerra. Apavorada, Tétis tratou de disfarçar o seu filho de mulher e o enviou para a corte do rei Licomedes, na ilha de Esquiro, para que ele fosse educado no gineceu, junto às filhas virgens do rei, disfarçado com o nome de Pirra.

Entretanto, os gregos enviaram Odisseu como embaixador à corte de Peleu, a fim de que ele trouxesse o indispensável Aquiles, mas como este não foi encontrado, recorreram a Calcas, que lhes revelou o embuste. Odisseu se disfarçou, então, de mercador, e dirigiu-se ao palácio de Licomedes, conseguindo entrar no gineceu. Ele expôs, perante os olhos maravilhados das princesas, os mais ricos adornos; entre os tecidos e as joias, no entanto, estavam escondidos um escudo e uma lança. Odisseu fez soar a trombeta da guerra, quando a pretensa Pirra correu para se armar, se revelando. Aquiles então concorda em participar da guerra.

Entretanto, uma das filhas de Licomedes, Deidamia, que já há muito tempo conhecia a verdadeira identidade de Aquiles, apresentou-se grávida, embora o nascimento do seu filho só aconteça após a partida do herói. Este recebeu o nome de Neoptólemo, e a alcunha de Pirro (pelo nome de seu pai).
Ulisses conduziu então Aquiles para junto de seus pais. Tétis, assustada com o insucesso do seu estratagema, fez insistentes recomendações a seu filho: a sua vida seria tanto mais longa quanto mais obscura ele a mantivesse. Mas Aquiles recusou os conselhos de sua mãe. Nada lhe importava mais do que o brilho da glória e, por mais que os oráculos previssem a sua morte em Troia , como consequência de ter matado um filho de Apolo , ele não descansou enquanto seu pai não lhe concedeu um exército e uma frota. Peleu dotou-o então com cinquenta navios e confiou-lhe as armas que os deuses lhe tinham oferecido no dia do seu casamento. Aquiles partiu, levando consigo o seu fiel preceptor Fênix, assim como também, o seu fiel e inseparável amigo Pátroclo.

Assim que os gregos partem para a Guerra de Troia, eles fazem uma parada acidental na Mísia, na Ásia Menor, governada então pelo rei Télefo. Na batalha que se seguiu Aquiles provocou no próprio Télefo uma ferida que não cicatrizava jamais; Télefo consultou um oráculo, que afirmou que "aquele que feriu deverá curar". Guiado pelo oráculo, foi levado a Argos, onde Aquiles o curou. Odisseu teria argumentado que a lança de Aquiles causou a ferida e, portanto, ela deveria poder curá-la. Pedaços da lança foram então raspados sobre a ferida, e Télefo foi curado e acabou por se tornar seu guia na viagem a Troia.

Regressados ao porto de Élide, oito anos mais tarde, para se reagruparem após esta expedição fracassada, os gregos foram imobilizados pela calmaria dos ventos. Agamemnon, o chefe dos exércitos aqueus, tendo sabido através do oráculo que os ventos não soprariam a não ser que sacrificasse a sua filha Ifigênia, imaginou que a melhor maneira de a atrair, sem suspeitas, seria propondo-lhe casamento com Aquiles. Quando o herói teve conhecimento do embuste em que fora envolvido sem saber, censurou violentamente o "rei dos reis", e esta será a primeira querela com Agamemnon.


Após o cumprimento do sacrifício de Ifigênia, os deuses permitiram aos ventos que soprassem, e assim a frota grega pôde navegar, fazendo escala na ilha de Tenedo, ao largo de Troia. Não se sabe ao certo se o rei da ilha, Tenes, teria simplesmente se oposto ao desembarque dos gregos, ou antes tentado proteger a sua irmã das intenções de Aquiles; qualquer que seja a resposta, a verdade é que ele acabou sendo morto pelo herói. Como Tenes era, no entanto, filho de Apolo, seu destino foi traçado ali, mesmo que Aquiles lhe tenha prestado um serviço fúnebre cheio de pompa.

De acordo com o mito, quando os navios gregos chegaram a Troia, Aquiles teria lutado contra Cicno de Colonas, um filho de Poseidon, e o matado.

Quando os aqueus desejaram retornar para suas casas, foram impedidos por Aquiles, que posteriormente atacou o gado de Eneias, saqueou as cidades vizinhas e matou Troilo.

Troilo era um jovem príncipe troiano, o mais novo dos cinco filhos legítimos de Príamo  e de Hécuba. Apesar de sua pouca idade, foi um dos principais líderes guerreiros troianos. Profecias ligavam o destino de Troilo ao de Troia, e por isso ele sofreu uma emboscada, numa tentativa de aprisioná-lo. Uma profecia diz que Troia não cairá se Troilo chegar a ser adulto; a deusa Atena, então, encoraja o guerreiro grego Aquiles a procurá-lo logo no início da Guerra de Troia, quando ainda é jovem. Aquiles arma uma emboscada para Troilo e sua irmã, Polixena, quando ele sai a cavalo com ela para buscar água de um poço na Timbra , uma região nos arredores de Troia onde existia um templo de Apolo.

Aquiles, no entanto, fascinado com a beleza tanto de Troilo como de sua irmã Polixena, e, arrebatado pelo desejo, dirigiu suas atenções  ao jovem , que, ao recusar-se a ceder aos avanços de Aquiles, viu-se decapitado sobre um altar de Apolo, mutilando seu corpo em seguida. Segue-se intenso luto, pelos troianos, pela morte de Troilo.


De acordo com o mito, apenas algumas poucas semanas do conflito, da Guerra de Troia, Aquiles, se retira da batalha, após se ver desonrado por Agamemnon, comandante das forças aqueias. Agamemnon havia capturado uma mulher chamada Criseida como sua escrava; seu pai, Crises, sacerdote do deus Apolo, implorou a Agamemnon que a devolvesse a ele, em vão. Como punição, Apolo fez uma praga recair sobre os gregos. O profeta Calcas conseguiu determinar com sucesso a origem dos problemas, porém não ousou se manifestar até que Aquiles jurasse protegê-lo. Agamemnon consentiu então em retornar Criseida a seu pai, porém ordenou que o prêmio obtido por Aquiles durante a batalha, a escrava Briseida, lhe fosse trazida como substituta de Criseida. Irado com a desonra (e, como ele viria a dizer posteriormente, porque amava Briseida) e incitado por Tétis, sua mãe, Aquiles recusou-se a lutar ou liderar suas tropas junto com as forças gregas.

À medida que a batalha começou a tomar um rumo desfavorável aos gregos, Nestor declarou que os troianos estavam vencendo porque Agamemnonn havia enfurecido a Aquiles, e instigou o líder aqueu a fazer as pazes com o guerreiro. Agamemnon concordou e enviou Odisseu e mais outros dois líderes até Aquiles, oferecendo o retorno de Briseida e outros presentes. Aquiles recusou, e ainda instou os gregos a velejarem de volta para casa, como ele planejava fazer. Eventualmente, no entanto, ansioso por obter glória, a despeito de sua ausência no campo de batalha, Aquiles orou para sua mãe, pedindo a ela que intercedesse a seu favor junto a Zeus, favorecendo os troianos , que, liderados por Heitor, acabaram efetivamente por empurrar o exército grego rumo aos seus acampamentos na praia, e tomaram de assalto seus navios.
Com as tropas gregas à beira da completa destruição, Pátroclo liderou os mirmidões na batalha, passando-se por Aquiles após vestir sua armadura e usar seu carro de batalha.


Pátroclo obteve sucesso ao expulsar os troianos das praias ocupadas pelos gregos, porém acabou sendo morto por Heitor antes que pudesse organizar o contra-ataque à cidade de Troia.

Após receber de Antíloco, filho de Nestor, as notícias da morte de Pátroclo, Aquiles sofreu muito com a morte de seu amigo, e realizou diversos jogos fúnebres em sua honra. Sua mãe, Tétis, também tenta confortar um Aquiles atormentado, e convence Hefesto a fazer-lhe uma nova armadura, no lugar daquela que Pátroclo vestia, e que fora levada por Heitor. A nova armadura contava com o Escudo de Aquiles, descrito com riqueza de detalhes pelo poeta.

Furioso com a morte de Pátroclo, Aquiles reconsidera sua decisão de se afastar do combate, e voltou à batalha, matando diversos homens em sua fúria , sempre à procura de Heitor. O herói chegou mesmo a lutar contra o deus-rio Escamandro, que havia se enfurecido por Aquiles ter sufocado suas águas com todos os homens que ele havia matado. O deus estava prestes a afogar Aquiles quando foi interrompido por Hera e Hefesto; e o próprio Zeus, ao perceber a dimensão da fúria de Aquiles, enviou os deuses para contê-lo, para que ele não saqueasse sozinho a própria Troia, indicando que a fúria de Aquiles, se não fosse obstruída, poderia desafiar o próprio destino, já que Troia não deveria ser destruída ainda.

Finalmente, Aquiles encontrou sua presa; após perseguir Heitor em torno das muralhas de Troia por três vezes, até que a deusa Atena,  que havia assumido a forma do irmão favorito de Heitor, Deífobo, convenceu Heitor a parar de fugir e enfrentar Aquiles, cara a cara. Quando Heitor percebeu que havia sido enganado, soube que sua morte era inevitável e aceitou seu destino; desejoso de morrer lutando, atacou Aquiles com sua única arma, sua espada. Aquiles obteve finalmente sua vingança, matando Heitor com um único golpe no pescoço.



Amarrou então o corpo do derrotado ao seu carro e o arrastou pelo campo de batalha por nove dias.


Com a ajuda do deus Hermes, o pai de Heitor, Príamo, foi à tenda de Aquiles durante uma noite e implorou-lhe que permitisse realizar os ritos fúnebres que seu filho merecia. E assim, com o funeral de Heitor,  o destino de Troia era apenas uma questão de tempo.

Pentesileia chegou durante os funerais de Heitor, trazendo um exército de amazonas e aliados, e atacou os gregos, sem a ajuda dos troianos. Aquiles derrotou em combate e matou a rainha amazona, Pentesileia, mais tarde lamentando sua morte. 



Inicialmente distraído por sua beleza, ele não lutou de maneira tão intensa quanto de costume; ao perceber, no entanto, que sua distração estava colocando em risco sua vida, devido às habilidades de combate da rainha guerreira, concentrou-se novamente e conseguiu matá-la. No último momento, quando Aquiles viu o rosto da sua vítima inflamado por uma súbita e impossível paixão, chorou sobre o seu corpo.

Com a morte de Pátroclo, o companheiro mais próximo de Aquiles passou a ser o filho de Nestor, Antíloco. Quando Mêmnon, rei da Etiópia o matou, Aquiles novamente foi compelido a voltar ao campo de batalha, em busca de vingança.

O combate entre Aquiles e Mêmnon, motivado pela morte de Antíloco, apresentou ecos do ocorrido entre Aquiles e Heitor, pela morte de Pátroclo, com a exceção de que Mêmnon, ao contrário de Heitor, também era filho de uma deusa.


 O seu encontro com Mérnnon, filho da Aurora, que terminou com a morte do troiano,  foi uma fonte inesgotável de lágrimas para sua mãe.

Após esta trégua temporária com Príamo , Aquiles, apaixonou-se profundamente por uma das princesas de Troia, Polixena , e  pediu sua mão a Príamo, que consentiu com a união, pressentindo que ela simbolizaria o fim da guerra e uma aliança com o maior guerreiro do mundo. Enquanto o rei organizava os preparativos para o matrimônio, no entanto, como havia sido previsto por Heitor, em seu último suspiro, Aquiles seria  morto posteriormente por Páris, com uma flecha no calcanhar, que, o próprio deus Apolo teria guiado a seta dele. 



Páris, que teria de abandonar Helena se Aquiles se casasse com sua irmã, escondeu-se em arbustos próximos a Aquiles e o matou com uma flecha divina. Páris, nesse ato, consegue vingar-se da morte de seu irmão Heitor e simultaneamente vinga a morte do filho do deus Apólo, Tenes.
Na mitologia, no entanto,  Páris, não recebeu qualquer tipo de valor pelo feito, devido à concepção comum de que ele era um covarde, e não o homem que seu irmão Heitor era.  
E consequentemente, Aquiles teria permanecido sem ser derrotado no campo de batalha. Seus ossos foram misturados aos de Pátroclo, e jogos fúnebres foram realizados em sua homenagem. A mãe de Aquiles, Tétis, retorna para prestar-lhe homenagens e remover suas cinzas da pira funerária, e leva-as a Leuca, na foz do Danúbio. Lá, os aqueus ergueram um túmulo para ele, e celebraram jogos fúnebres. E Páris teria então sido morto por Filoctetes, com o arco e as flechas de Héracles.


A armadura de Aquiles foi alvo de uma disputa entre Odisseu e Ájax Telamônio; ambos competiram por ela através de discursos sobre quem seria o mais corajoso depois de Aquiles, feitos para os prisioneiros troianos, que depois de debater o assunto, chegaram a um consenso e deram a vitória a Odisseu. 

Ájax, furioso, o amaldiçoou , o que lhe trouxe a ira da deusa Atena, que o enlouqueceu temporariamente de tristeza e angústia, e o levou a assassinar ovelhas acreditando serem seus companheiros. Ao despertar de sua fúria e perceber o que havia feito, Ájax cometeu suicídio. Odisseu eventualmente acabou presenteando a armadura a Neoptólemo, filho de Aquiles.



Aquiles, após a morte, recebeu a justa recompensa por toda uma vida de feitos heroicos e de combates. Zeus, a pedido de Tétis, conduziu-o à ilha dos Bem-aventurados, onde ele casou a heroína  Helena; da sua união com esta, teria nascido um filho alado, Euforião, que é identificado com a brisa da manhã.







PENÉLOPE




Penélope  na mitologia grega, é esposa de Odisseu, conhecido também como  Ulisses, e rainha de Ítaca.

Filha de Icário e sua esposa Peribea, reis de Esparta. Ao nascer, Penélope foi jogada ao mar por ordem de seu pai, Icário, que esperava por um filho. Mas um grupo de patos listrados de vermelho a levaram para a superfície, alimentaram-na e levaram-na à praia. Impressionado com esse feito, Icário atenuou a sua decepção percebendo que a sua jovem filha devia possuir um destino especial.

Seu pai, um corredor campeão não iria permitir que ninguém se casasse com sua filha a menos que pudesse vencê-lo em uma corrida. Odisseu o fez e casou-se com Penélope. Depois que eles se casaram, Icário tentou convencer Odisseu a permanecer em Esparta. Ele saiu com Penélope, mas Icário seguiu-os, implorando sua filha para ficar. Odisseu disse que ela devia escolher se desejava ficar com o pai ou com o marido.
Penélope não respondeu, mas modestamente cobriu o rosto com um véu. Icário entendeu corretamente que isso era um sinal de sua vontade de sair com Odisseu, deixou-os ir e ergueu uma estátua de Aidos (modéstia) no local.

Ela teve apenas um filho com Odisseu, Telêmaco, que nasceu pouco antes de seu marido ser chamado para lutar na Guerra de Tróia.



Quando o seu marido Odisseu embarcou para a Guerra de Tróia juntamente com os outros príncipes gregos, Penélope passou a governar a ilha com o seu único filho Telêmaco para ajudá-la.


Depois de um bom tempo, presumindo que Odisseu havia morrido, 112 jovens príncipes insolentes das ilhas ao redor de ítaca começaram a cortejar Penélope, cada um esperando casar-se com ela para assumir o trono. Eles até decidiram, entre si, assassinar Telêmaco.

Quando pela primeira vez eles pediram que Penélope escolhesse um deles como marido, ela manteve a sua fé com a sua intuição e coração quanto à segurança de Odisseu e declarou que ele certamente devia estar vivo.


Os anos passavam e não havia notícia de Odisseu, nem se estaria vivo ou morto. Assim, o pai de Penélope sugeriu que sua filha se casasse novamente. Penélope, fiel ao seu marido, recusou, dizendo que esperaria a sua volta. Porém, diante da insistência do pai e para não desagradá-lo, ela resolveu aceitar a corte dos pretendentes à sua mão, estabelecendo a condição de que o novo casamento somente aconteceria depois que terminasse de tecer um sudário para Laerte, pai de Odisseu.  Com esse estratagema, ela esperava adiar o evento o máximo possível.


Durante o dia, aos olhos de todos, Penélope tecia, e à noite, secretamente, ela desmanchava todo o trabalho. E foi assim por três anos , até uma de suas servas descobrir o ardil e contar toda a verdade para um dos pretendentes.

Durante todo esse tempo, os príncipes insolentes ficaram desfrutando e divertindo-se no palácio de Odisseu, consumindo o seu alimento, bebendo o seu vinho e seduzindo as suas serviçais.


Ela então propôs outra condição ao seu pai. Conhecendo a dureza do arco de Odisseu, ela afirmou que se casaria com o homem que o conseguisse encordoar. Dentre todos os pretendentes, apenas um mendigo  conseguiu realizar a proeza. 




Odisseu chegou a Ítaca depois de dez anos de andanças e viagens, disfarçado de mendigo porque havia sido informado das atividades em seu palácio. Quando o tal "mendigo" ali apareceu, de início Penélope não o reconheceu, mas finalmente ele se revelou ao realizar a proeza, destruiu os pretendentes insolentes e reuniu-se feliz à sua mulher.




 ODISSEU 





Odisseu ou Ulisses, na mitologias grega e romana, e o rei de Ítaca, nasceu pela união secreta de Sísifo com a filha do ladrão Autólicos, do qual herdou parte de sua astúcia e inteligência. Ao ser deflagrada a Guerra de Tróia, Ulisses juntou-se aos outros príncipes gregos no assalto a cidade. É um dos mais ardilosos guerreiros de toda Grécia, mesmo depois da guerra, quando do seu longo retorno ao seu reino, Ítaca, uma das numerosas ilhas gregas se aventurou.

Ele provou ser, vez e outra, um conselheiro perspicaz e um bom estrategista. 


Quando Tíndaro viu que havia vários pretendentes para sua filha Helena, Odisseu sugeriu que todos os pretendentes jurassem defender o escolhido de qualquer mal que fosse feito contra ele; só então Tíndaro escolheu Menelau para casar com Helena, e fez Icário, seu irmão, casar Penélope, filha de Icário, com Odisseu.Daí a amizade existente entre Menelau, seu irmão Agamemnon e Odisseu.

Da união com Penélope nasceu Telêmaco, seu querido filho, do qual teve de se afastar muito cedo para lutar ao lado de outros nobres gregos em Troia. Foi um dos elementos mais atuantes no cerco de Troia, no qual se destacou principalmente por sua prudência e astúcia.




Durante a citada guerra, muitas batalhas os gregos venceram a conselho de Odisseu, sendo este mesmo um grande guerreiro, apesar de sua baixa estatura . Tentou convencer Aquiles a cessar sua ira contra Agamemnon, ao lado de Ájax, filho de Telamon e de Fênix, filho de Amintor, todavia, sem obter sucesso.


Foi Odisseu quem primeiro concebeu a ideia do Cavalo de Tróia. Aliás, a estratégia foi sua, um de seus mais famosos ardis foi ajudar na construção de um cavalo de madeira, enviado para a cidade como presente da deusa Atena, escondendo dentro de seu bojo um destacamento de soldados gregos. Quando finalmente Tróia foi saqueada, Odisseu sempre mostrou ser magnânimo com os prisioneiros, prometendo que seriam tratados com justiça, caso se rendessem pacificamente.




Apesar de seus sucessos durante essa guerra, Odisseu não teve muita sorte em seu regresso para Ítaca. Após a derrota dos troianos, ele iniciou uma viagem de dez anos de volta para Ítaca onde a sua mulher o espera com uma fidelidade obstinada, apesar da demora.

Durante dez anos, ele e seus companheiros foram forçados a vagar, algumas causadas por eles e outras devido à intervenção dos deuses, levados pelos ventos e enfrentando adversários estranhos e perigosos no decorrer do percurso e nas terras que visitaram.
Dentre esses lugares, havia a ilha dos Comedores de Lótus, onde os seus homens foram drogados e perderam a memória; a ilha dos Ciclopes, onde os ferozes gigantes de um olho só, ameaçaram matá-los; Quando cegaram o ciclope Polifemo, despertaram a ira de Posídon, que os atormentou por anos.
Na Ilha da Aurora, terra da feiticeira Circe, onde os seus homens foram transformados em porcos. Ele teve de conduzir o seu navio entre os terríveis monstros marinhos Cila e Caribdes e escapar das sereias que matavam os marinheiros com o seu canto.


Depois, ainda tentado voltar para Ítaca, acabou indo para a ilha de Calipso, uma mulher que o aprisionou em sua ilha durante anos e não o soltaria de lá até que ela se casasse com ele. Porém, ele não aceitou, e ficou vários anos na ilha, até que Hermes, Deus mensageiro, apareceu para a deusa Calipso e deu ordens de Zeus a ela, ordenando que Odisseu fosse libertado, assim a deusa o ajudou a construir uma jangada, para que continuasse o seu caminho rumo a terra pátria.


Com a ajuda de Zeus e de outros deuses, Odisseu chegou a casa sozinho para encontrar sua esposa Penélope, importunada por pretendentes. Disfarçado como mendigo, primeiro verificou se Penélope lhe era fiel e, em seguida, matou os pretendentes à sua sucessão que a perseguiam, limpando o palácio. Com isso, iniciou-se uma batalha final contra as famílias dos homens mortos, mas a paz foi restaurada por Atena.


Ao longo de todas essas provas, ele agiu com previsão, inteligência, estratégia e astúcia, impelido pela sua determinação de alcançar o seu lar, apesar das oportunidades de amor, riqueza e poder que se apresentaram durante essa sua viagem.



ORESTE E A MALDIÇÃO DA CASA DE ATREU



A história de Orestes e a maldição da Casa de Atreu, na mitologia grega, se refere à descendência de Atreu e a maldição que os acompanhou, cheia de conflitos e de mortes, é uma das mais poderosas dos mitos gregos. 



Na mitologia grega, Tântalo foi o rei da Lídia, casado com Dione. Ele era filho de Zeus e da princesa Plota, e Teve três filhos: Níobe, Dascilo e Pélope.

De acordo com o mito, a maldição da Casa de Atreu começa com o crime do rei Tântalo da Lídia, que se tornou tão arrogante que em sua loucura zombou dos deuses. 


Certa vez, ousando testar a omnisciência dos deuses, roubou os manjares divinos e serviu-lhes a carne do próprio filho Pélope num festim. Os deuses condenaram a atitude de Tântalo, e trouxeram Pélope de volta à vida, restaurando, tornaram sua aparência mais bela do que era antes de ser morto. 
Tântalo como castigo foi lançado ao Tártaro, num vale abundante em vegetação e água, foi sentenciado a não poder saciar sua fome e sede, visto que ao aproximar-se da água esta escoava e ao erguer-se para colher os frutos das árvores, os ramos moviam-se para longe de seu alcance sob a força do vento. 
A expressão suplício de Tântalo refere-se ao sofrimento daquele que deseja algo aparentemente próximo, porém, inalcançável a exemplo do ditado popular "Tão perto e, ainda assim, tão longe". E assim a maldição da Casa de Atreu começa. Mais tarde, Pélope retornou ao mundo dos humanos, onde enamorou-se de Hipodâmia, pedindo-a em casamento ao seu pai, Enomau, rei de Olímpia.

Oreste, na mitologia grega, era filho do rei Agamemnon de Micenas com a rainha Clitemnestra e irmão mais novo de Ifigênia. O jovem príncipe de Argos descobriu que a maldição da família passara pelo pai e pelo avô de Agamenon, e  havia sido transferida para ele na forma de uma terrível escolha.

A briga entre os descendentes de Atreu e do seu irmão Tiestes começou com o adultério de Érope, esposa de Atreu, com Tiestes.  Atreu, rei de Argos, filho de Pélope e Hipodâmia, neto de Tântalo, irmão de Tiestes, Piteu e Alcatos. Casou-se com Érope e teve como filhos Agamenon e Menelau. Furioso diante da traição de Érope com Tiestes, Atreu matou os filhos do casal  e serviu-os ao irmão,  revelando, ao final, quem ele estava comendo.  Tiestes que engravidou sua própria filha, com quem teve um filho, Egisto, em ódio, pediu para que o filho restante, Egisto, vinga-lo quando crescesse.  Egisto matou Atreu e entregou Micenas a Tiestes. Tíndaro removeu Tiestes do trono de Micenas, entregando a cidade a Agamemnon.



Tíndaro, na mitologia grega, era rei de Esparta , filho de Gorgofone e Ébalo - neto de Perseu;  e marido de Leda. Leda teve um filho e uma filha de Zeus, Pólux e Helena, e um filho e uma filha de Tíndaro, Castor e Clitemnestra. Helena e Pólux eram filhos de Zeus, mas Tíndaro os adotou, tratando-os como filhos de sangue.

Portanto, os filhos de Atreu com Érope casaram-se com as filhas de Tíndaro, rei de Esparta, casando suas duas filhas Clitemnestra e Helena, respectivamente, com Agamemnon e Menelau.



A bela rainha, que era irmã gêmea não-idêntica de Helena, Clitemnestra; casada em primeiras núpcias com Tântalo II, filho de Tiestes, teve seu marido assassinado por Agamemnon que a desejava. Casou-se com ele, mas seus irmãos, revoltados com o crime, partiram contra o cunhado declarando-lhe guerra. Tíndaro, porém, que havia aconselhado ao genro que raptasse sua própria filha, deu guarida a Agamemnon em sua corte e a duras penas, dissuadiu os filhos da desforra, convencendo-os a se conciliarem com o cunhado. Agamemnon, líder dos exércitos gregos em Troia e a esposa Clitemnestra, tiveram um filho, Orestes, e três filhas, Crisótemis, Ifigênia e Electra.

Helena (em verdade e filha de Zeus), possuía a reputação de mulher mais bela do mundo. Numa viagem a Esparta, apaixona-se por Páris, filho de Príamo, neto de Tros, príncipe de Tróia e vai para a terra do amante.


Menelau, marido de Helena, pai de Hermione, rei de Esparta, conta com a ajuda do irmão Agamenom, marido de Clitemnestra, rei de Micenas para reunir diversos reis gregos e dar início à Guerra de Tróia, em princípio para resgatar Helena e vingar Menelau, mas na realidade com interesses econômicos também.

De acordo com a mitologia, antes de partir para Troia, Agamemnon irritou Ártemis ao caçar um cervo em uma floresta sagrada e se gabar de ser o melhor caçador. Como punição os ventos no porto de Áulis pararam e Agamenon deveria sacrificar sua filha, em um altar a Ártemis, para que a deusa fizesse soprar bons ventos para a partida dos exércitos gregos a Troia. Ifigênia, a filha mais velha de Agamemnon e Clitemnestra, Princesa de Micenas e símbolo de auto-sacrifício feminino. Seu nome significa "forte desde o nascimento".
Portanto, Agamemnon manda uma carta a sua esposa, Clitemnestra, para que traga a filha com a promessa que ela se casaria com Aquiles. Depois se arrepende e tenta mandar uma nova carta, que é lida por Menelau que briga com o irmão. Mas já é tarde demais e Clitemnestra, Orestes e Ifigênia já haviam chegado a Áulis.
Agamemnon tenta convencer Clitemnestra voltar para Micenas mas ela se recusa a não participar do casamento da filha. 


Quando encontra Aquiles, que desconhece a trama, ambos descobre a verdade sobre o cruel destino que espera a filha e que foi enganada pelo marido. O exército se revolta com a demora, mas Aquiles defende Ifigênia mesmo da raiva dos mirmidões. Ifigênia decide se sacrificar para impedir que a revolta continue, para que Aquiles não seja ferido em vão e para ajudar os gregos a seguirem para Troia. 

Para admiração de Aquiles ela segue para o altar ignorando as súplicas da mãe que se desespera com seu destino cruel. No último momento, Ártemis substituiu a princesa por uma corça, e a fez sua suma sacerdotisa, levando-a para Táurida.  Em outra versão ela é realmente sacrificada mas que sua alma é resgatada e imortalizada pelos deuses.

Ao findar, os exércitos gregos ganharam a guerra, com a estratégia de Odisseu, quem primeiro concebeu ideia do Cavalo de Tróia, enviado para a cidade como presente da deusa Atena, escondendo dentro de seu bojo um destacamento de soldados gregos. Finalmente Tróia foi saqueada e Agamenon voltou para casa como herói. 


Menelau retorna com Helena para Esparta e Agamenom retorna para sua esposa e filhos em Micenas. Porém, durante a sua ausência, Clitemnestra planejara uma vingança pela morte da filha, ela aceitou Egisto como amante e os dois planejaram o assassinato de Agamenon. 


Quando ele chegou em casa cercado de suas tropas vitoriosas, ela o recebeu amavelmente e o conduziu para o banho; sua esposa unindo-se a Egisto, seu primo, que em vingança prometida ao pai, o assassinou quando ele estava na piscina do palácio e depois reinar sobre o povo de Micenas. 


Para prevenir qualquer interferência no plano, Clitemnestra havia enviado o filho Orestes para a longínqua cidade de Fócida, para que ele nada soubesse do crime e não tentasse salvar ou vingar o pai. Electra continuou vivendo no castelo como escrava de sua própria mãe.

Orestes foi à Fócida,  e ali cresceu em segurança na corte de Estrófio e ficou amigo do filho deste, seu primo, Pílades. Sete anos depois, ao tornar-se adulto, em obediência às ordens de Apolo, retorna a Micenas e descobre o que havia ocorrido.





Ao chegar ao palácio, somente o seu cão o reconheceu, mas finalmente também a sua irmã Electra, que desejava ardentemente vingar a morte do pai.

O deus Apolo disse que ele deveria vingar a morte de seu pai, pois essa era a obrigação de um filho. Horrorizado, Orestes protestou, porque isso significava cometer um matricídio.  



Finalmente, o jovem príncipe aceitou a vontade do deus, por pressão de Electra, sua irmã mais nova, com um coração pesaroso, pois matar a própria mãe, apesar de correto, de acordo com a lei patriarcal de Apolo. Mas significava ser levado à loucura e à morte pelas Erínias, as terríveis deusas da vingança que consideravam esse o pior de todos os crimes humanos, de acordo com sua lei matriarcal. 


Enfim, Orestes aceitou o seu destino. Ajudado pela irmã, Orestes primeiro matou Egisto e depois a sua mãe. Dessa forma, ele cumpria a vontade de Apolo.

E por ter cometido matricídio, imediatamente as Erínias apareceram com suas cobras nos cabelos, asas de couro e rostos horríveis, o enlouqueceram com terríveis pesadelos e visões. 



Passou a ser castigado pelas Erínias com chicotadas e tochas até enlouquecer. Seu melhor amigo desde a infância, Pílades, o acompanha tentando mantê-lo são. 


Perseguido, Orestes procurou o Oráculo de Delfos para descobrir como se livrar das chicotadas das Erínias.

O oráculo revelou que ele só seria libertado caso conseguisse se apossar de uma estátua de Ártemis em Táurida. Por ordem de Apolo, Orestes partiu para a Táurida a fim de roubar a estátua de Ártemis e devolvê-la à cidade de Atenas.

Seu amigo Pílades o acompanha nessa viagem e ambos são protegidos por Atena por sua coragem. Para que não seja identificado, quando chegam, Orestes tem um ataque de loucura e tenta matar os bezerros dos camponeses acreditando que eles são as Erínias que o atormentam. Ambos são capturados e levados para serem sacrificados pela suma sacerdotisa virgem no templo de Ártemis.

Orestes vaga perturbado pelas Erínias até encontrar Ifigênia, que não o reconhece, servindo de sacerdotisa de Ártemis. Preso com Pílades, foi condenado a ser sacrificado à deusa, mas sua irmã Ifigênia, durante os ritos pré-sacrifício, ao descobrir que ele é de Micenas, questina-o se Orestes ainda está vivo. Ele diz que sim, então ela propõe que poupará sua vida caso ele entregue uma carta a Orestes. Orestes pede a seu amigo que retorne a Micenas para entregar a carta deixando lá para ser sacrificado sozinho, mas este se recusa e revela a identidade de Orestes.

Após esclarecimentos, Ifigênia planeja uma fuga com sua sagacidade e engana os outros sacerdotes dizendo que o estrangeiro não serve como sacrifício por ser um matricida e por seu amigo ser cumplice e que agora deverá levar a estátua maculada para ser purificada no mar; e assim fugiu com ele e com Pílades, levando a estátua da deusa. 


Com a ajuda de Atenas os três conseguem fugir de volta para Micenas e derrotar quem os perseguia. Quando chegam ao palácio, Electra reencontra Ifigênia que conta o ocorrido. Quando menciona que deveria sacrificar o irmão Electra ameaça matar sua irmã, mas Orestes se revela e a salva do mal entendido.

No entanto, Orestes vaga perturbado pelas Erínias, elas o assombraram por toda a Grécia até que, desesperado e exausto, ele procurou refúgio no altar da deusa Atena. Essa deusa teve piedade do jovem príncipe que, sem culpa moral própria, estava preso entre duas forças poderosas e destrutivas. Ela convocou um júri de 12 juízes humanos que pudessem avaliar o caso.

O júri ficou dividido em seu juízo, seis foram a favor de Apolo, afirmando que o pai era a pessoa mais importante da vida, e seis foram a favor das Erínias, afirmando que era a mãe a pessoa mais importante da vida. Foi a própria Atena que decidiu o caso, votando a favor de Orestes no exato momento em que ele expirava.


Salvo, Orestes recupera sua sanidade e se torna rei, herdou o reino de Agamemnon, a que anexou Esparta e Épiro, casando-se com sua prima Hermíone, filha de Menelau e de Helena.






Ifigênia se casa com Pílades e segue como sacerdotisa de Ártemis onde vivem em paz. O destino da estátua de Ártemis ainda é disputado por mais de cinco cidades diferentes.





A deusa Atena então fez as pazes com as Erínias, oferecendo-lhes seu próprio altar e a veneração honrosa, e dessa forma Orestes foi libertado e a antiga maldição da Casa de Atreu foi finalmente desfeita. Orestes morreu aos noventa anos picado por uma serpente.



TRIOTÓLEMO




Triptólemo, na mitologia grega, foi um heroi cujo culto estava associado à deusa Deméter a à agricultura,filho do rei Celeu de Elêusis. 

Um dia o garoto e seus irmãos estavam ajudando o pai em seu trabalho nos campos, Triptólemo cuidava do gado, enquanto seus dois irmãos cuidavam dos carneiros e dos porcos, quando os três presenciaram uma estranha cena; de repente, a terra abriu-se em uma fenda engolindo todos os porcos do rei Celeu. Depois apareceu uma carruagem puxada por dois cavalos pretos que desceu pela fenda. O rosto do condutor não era visível, mas o seu braço direito segurava uma garota que gritava em desespero. O que os três irmãos presenciaram foi o rapto de Perséfone pelo obscuro deus Hades, senhor do Submundo.

A mãe de Perséfone, Deméter, percorreu incansável o mundo todo em busca de informações sobre o desaparecimento de sua filha. 

Quando ela chegou disfarçada em Elêusis, o rei Celeu à recebeu e somente o garoto Triptólemo a reconheceu.
Metanira, esposa de Celeu, tinha um filho, Demophon, e Deméter quis torná-lo imortal, deixando-o toda noite um tempo no fogo, para queimar sua carne mortal. Praxithea viu o que estava sendo feito, gritou, e o bebê foi consumido pelo fogo e a deusa se revelou.


Triptólemo, o mais velho dos filhos de Metanira, lhe forneceu a informação de que ela precisava. Por seu ato de bondade, a Mãe-Terra recompensou Triptólemo ensinando-lhe primeiro a venerá-la e essencialmente aos mistérios da Natureza, a morte e a regeneração da vida por meio dos ciclos das quatro estações.



A deusa deu a ele sementes de milho e trigo, um arado de madeira e uma carruagem puxada por dragões alados, que ele semeou na Terra toda a partir do céu. E o instruiu a viajar pelo mundo ensinando à humanidade a arte da agricultura.



O que representava e importância:




Em Atenas, na época de Pausânias, havia dois templos acima da única fonte da cidade, um dos templos dedicado a Deméter e sua filha, e o outro dedicado a Triptólemo, cujo culto estava associado à agricultura.


ARISTEU









Na Mitologia Aristeu, chamado de "Guardião dos Rebanhos" é filho de Apolo com Cirene, filha de Hipseu. De acordo com o mito, é um pastor, tendo ainda os epítetos de "O melhor" ou "Apicultor". Era adorado na Grécia Antiga como o protetor dos caçadores, pastores e dos rebanhos. E também considerado o pioneiro da apicultura e da plantação de oliveiras. 


Possui, ainda, os dons da cura e da profecia, e por estas características é tido como um deus benévolo. A imagem que chegou ao presente deste deus menor é de um jovem pastor com um cordeiro.


Ele foi criado por ninfas na Líbia , mudando-se mais tarde para a Beócia.


Ainda criança, ele foi entregue à Mãe-Terra, que o alimentou com néctar e ambrósia. As dríades ou três ninfas ensinaram Aristeu como coagular o leite para fazer queijo, construir colmeias e fazer a oliveira produzir a azeitona cultivada.


Quando Aristeu alcançou a maturidade, as Musas lhe ensinaram as artes da cura e da profecia, e o encarregaram de vigiar suas ovelhas que pastavam na Planície de Ftia. Foi ali que ele aperfeiçoou a arte da caça. Ele ensinou essas artes úteis às pessoas enquanto jovem ainda, viajando incessantemente pela África do Norte e Grécia, e angariando honras em seu caminho.

O pai de Acteon, que teve com Autônoe, filha de Cadmo. Acteon foi transformado em cervo por Ártemis, e morto por seus próprios cães.


Após a morte de Acteon, Aristeu consultou o oráculo de Delfos, de seu pai Apolo, que lhe disse para visitar a Ilha de Keas (atual Zea ou Tzia), onde ele seria muito prestigiado. Embarcando imediatamente, Aristeu soube que uma praga havia atingido os ilhéus, pelo fato de criminosos secretos haverem se infiltrado entre eles. Aristeu condenou à morte os criminosos e a praga foi eliminada. Os keanos cumularam-no de gratidão.


Orfeu apaixonou-se por Eurídice e casou-se com ela. Mas Eurídice era tão bonita que, pouco tempo depois do casamento, atraiu atençãp do apicultor  Aristeu. Quando ela recusou suas atenções, ele a perseguiu. Tentando escapar, ela tropeçou em uma serpente que a mordeu e a matou. Por causa disso, as ninfas, companheiras de Eurídice, fizeram todas as suas abelhas morrerem.

Ele então visitou a Arcádia e mais tarde a cidade de Tempe, na Tessália, onde as suas abelhas começaram a morrer. Logo  procurou sua mãe, Cirene,  e lamentou a perda de sua preciosa criação. Cirene se dirigiu ao filho e falou-lhe de um velho e sábio profeta, deus marinho Proteu que morava no mar e era querido de Poseidon, cujo rebanho de focas pastoreava.

Proteu, conhecedor do passado, do presente e do futuro poderia dizer a Aristeu a causa da mortalidade de suas abelhas e como remediar o acontecido. E disse mais: "Proteu não atenderá a seu pedido de boa vontade, deves obrigá-lo pela força, apoderando-se dele e acorrentando-o com cadeias apertadas das quais não será capaz de se livrar. 

Antes, no entanto, o profeta recorrerá às suas artes mudando de forma: em um javali, um tigre feroz, um dragão cheio de escamas ou um leão de amarela juba; produzirá também ruído semelhante ao crepitar do fogo ou à água corrente para que soltes suas correntes, quando então fugirá". Bastaria, portanto, a Aristeu manter Proteu preso, fazendo este perceber a ineficácia de seus artifícios, assim obedecendo às ordens daquele.

Antes, no entanto, de encaminhar seu filho ao encontro de Proteu, Cirene perfumou seu filho com néctar, a bebida dos deuses, ao que este imediatamente sentiu um vigor desconhecido e grande coragem acompanhado de uma suave fragrância.
Aristeu saiu à sua procura e, encontrando-o, Proteu, que saiu da água, seguido de seu rebanho de focas que se espalharam pela praia, deitou-se no chão da gruta e adormeceu. 

Aristeu rapidamente acorrentou-o e deu um grito. Acordando e vendo-se preso às correntes, Proteu logo começou a transmutar-se, primeiramente numa fogueira, depois em água, depois em uma fera terrível. Verificou, porém, que de nada valeram seus esforços e dirigiu-se a Aristeu enfurecido: "Quem és tu, jovem, que invades minha casa, e o que desejas de mim?"
Aristeu então disse que tivera ajuda divina e que Proteu deveria cessar com seus artifícios, e que já sabia quem era quem o acorrentava. Disse ainda: "Desejo saber a causa de minha desgraça e o meio de remediá-la."

Forçado a responder, Proteu, fixou um olhar penetrante aos olhos de Aristeu, dirigiu-lhe a palavra:
"És recompensado por teus atos, os que fizeram Eurídice encontrar a morte, pois, ao fugir de ti, ela pisou numa serpente que a mordeu e assim a matou. Para vingar a sua morte, as ninfas, de quem sois companheiro, lançaram a morte às tuas abelhas. Deves apaziguar a ira das ninfas. Para tanto, escolherás quatro touros de belo porte e quatro vacas de igual beleza, construirá quatro altares para as ninfas e neles sacrificará os animais, deixando as carcaças no chão do bosque coberto de folhas. Já para Orfeu e Eurídice, deverás render homenagens fúnebres suficientes para aplacá-los. Volta ao local em nove dias e veja o que acontece às carcaças dos animais."
E assim fez Aristeu. Sacrificou os animais, prestou honras a Orfeu e Eurídice e, voltando ao local dos sacrifícios em nove dias, observou uma maravilha! Um enxame de abelhas tomara posse das carcaças que ele capturou e colocou em suas colmeias.

Aristeu deixou descendentes em Ceos e voltou à Líbia, e depois foi para a Sardenha, à qual ele trouxe a Agricultura. Em seguida ele visitou outras ilhas, inclusive a Sicília, na qual ele foi adorado como um deus. 

Finalmente, Aristeu foi à Trácia, ainda irrequieto e em busca de outras tarefas, e assim com Dionísio, foi iniciado nos seus ritos secretos; fundou uma cidade com o seu nome, onde era respeitado por sua sabedoria. Após viver algum tempo nas vizinhanças dos montes Haemus, ele nunca mais foi visto pelos mortais.



ORFEU




Na mitologia grega, Orfeu era poeta e médico, filho da musa Calíope e de Apolo ou Eagro, rei da Trácia . Era o poeta mais talentoso que já viveu. Quando tocava sua lira que seu pai lhe deu, os pássaros paravam de voar para escutar e os animais selvagens perdiam o medo. As árvores se curvavam para pegar os sons no vento.

Foi um dos cinquenta homens - os argonautas - que atenderam ao chamado de Jasão para buscar o Tosão de ouro. Acalmava as brigas que aconteciam no navio com sua lira. Durante a viagem de volta, Orfeu salvou os outros tripulantes quando seu canto silenciou as sereias, responsáveis pelos naufrágios de inúmeras embarcações. 

Orfeu apaixonou-se por Eurídice e casou-se com ela. Mas Eurídice era tão bonita que, pouco tempo depois do casamento, atraiu um apicultor chamado Aristeu. Quando ela recusou suas atenções, ele a perseguiu. Tentando escapar, ela tropeçou em uma serpente que a mordeu e a matou. Por causa disso, as ninfas, companheiras de Eurídice, fizeram todas as suas abelhas morrerem.

Orfeu ficou transtornado de tristeza. Levando sua lira, foi até o mundo inferior, para tentar trazê-la de volta. A canção pungente e emocionada de sua lira convenceu o barqueiro Caronte a levá-lo vivo pelo rio Estige. Em seguida, a canção da lira adormeceu Cérbero, o cão de três cabeças que vigiava os portões. Seu tom carinhoso aliviou os tormentos dos condenados. Encontrou muitos monstros durante sua jornada, e os encantou com seu canto.

 Finalmente Orfeu chegou ao trono de Hades. O rei dos mortos ficou irritado ao ver que um vivo tinha entrado em seu domínio, mas a agonia na música de Orfeu o comoveu, e ele chorou lágrimas de ferro. Sua esposa, a deusa Perséfone, implorou-lhe que atendesse o pedido de Orfeu. Assim, Hades atendeu seu desejo. Eurídice poderia voltar com Orfeu ao mundo dos vivos. Mas com uma única condição: que ele não olhasse para ela até que ela, outra vez, estivesse à luz do sol.

Orfeu partiu pela trilha íngreme que levava para fora do escuro reino da morte, tocando músicas de alegria e celebração enquanto caminhava, para guiar a sombra de Eurídice de volta à vida. Ele então quase no final do tenebroso túnel olhou para se certificar de que Eurídice o acompanhava e não a viu. Hades e Perséfone os seguiram e como ficou estabelecido que ele não poderia olhar para Eurídice até chegar ao fim do túnel, Hades a tomou novamente.


Por um momento ele a viu, perto da saída do túnel escuro, perto da vida outra vez. Mas enquanto ele olhava, ela se tornou de novo um fino fantasma, seu grito final de amor e pena não mais do que um suspiro na brisa que saía do Mundo dos Mortos. Ele a havia perdido para sempre. Em desespero total, Orfeu se tornou amargo. 



Recusava-se a olhar para qualquer outra mulher, não querendo lembrar-se da perda de sua amada. 



Posteriormente deu origem ao Orfismo, uma espécie de serviço de aconselhamento; ele ajudava muito os outros com seus conselhos, mas não conseguia resolver seus próprios problemas, até que um dia, furiosas por terem sido desprezadas, um grupo de mulheres selvagens chamadas Mênades caíram sobre ele, frenéticas, atirando dardos.

 Os dardos de nada valiam contra a música do lirista, mas elas, abafando sua música com gritos, conseguiram atingi-lo e o mataram. Depois despedaçaram seu corpo e jogaram sua cabeça cortada no rio Hebro, e ela flutuou, ainda cantando, "Eurídice! Eurídice!"

Chorando, as nove musas reuniram seus pedaços e os enterraram no monte Olimpo. Dizem que, desde então, os rouxinóis das proximidades cantaram mais docemente que os outros. Pois Orfeu, na morte, se uniu à sua amada Eurídice.

Quanto às Mênades, que tão cruelmente mataram Orfeu, os deuses não lhes concederam a misericórdia da morte. Quando elas bateram os pés na terra, em triunfo, sentiram seus dedos se espicharem e entrarem no solo. Quanto mais tentavam tirá-los, mais profundamente eles se enraizavam. Suas pernas se tornaram madeira pesada, e também seus corpos, até que elas se transformaram em carvalhos silenciosos. E assim permaneceram pelos anos, batidas pelos ventos furiosos que antes se emocionavam ao som da lira de Orfeu, até que por fim seus troncos mortos e vazios caíram.



DÉDALO






























Na mitologia grega, Dédalo é um herói que tem muitas nuances, pois ele não é um homem totalmente bom nem tampouco um vilão, mas uma curiosa mistura de ambos. O escultor e artesão ateniense, notável arquiteto e inventor, cuja obra mais famosa é o labirinto que construiu para o rei Minos, de Creta, aprisionar o Minotauro.

Dédalo, natural de Atenas ,sendo filho de Metion, e descendente de Erecteu, tinha um sobrinho chamado Talos, filho de sua irmã e um filho chamado Ícaro.


Em seus primeiros anos a vida do arquiteto Dédalo foi um ato de descobrimento dos materiais, formas, volume e do próprio espaço. Era um ferreiro maravilhoso, instruído pela própria deusa Atena. Ele passou a sua juventude aperfeiçoando suas habilidades. De acordo com o mito  dizem que foi ele quem inventou a serra e o machado, bem como foi o primeiro homem a colocar braços e pernas nas primitivas estátuas disformes dos deuses, ainda jovem, ficou famoso por sua engenhosidade e sagacidade.

Entretanto, esse sucesso prematuro estava malfadado, pois seus sobrinho chamado Talos, que apesar de ter doze anos, começou a superar o seu dotado tio na arte de criar ferramentas e lindos objetos. 

Dédalo estava ensinando tudo o que sabia para seu sobrinho Talos, que ainda criança inventou a roda do oleiro e o compasso.  Dédalo, com inveja e desesperado com esse conflito,  embora gostasse e admirasse seu sobrinho, em razão de sua ambição não podia tolerar o fato de sua própria reputação ser ameaçada dessa maneira. Então ele matou Talos jogando o garoto do alto do templo de Atena. Descoberto no momento em que escondia o corpo, Dédalo estava condenado, mas conseguiu fugir de Atenas antes que qualquer sentença lhe fosse imputada.

Ele se dirigiu para Creta procurou e recebeu a proteção do rei Minos. Durante algum tempo viveu com grandes favores em Knossos, a capital de Minos, criando maravilhosas arquiteluras para o rei; foi então que a má sorte atingiu o rei Minos.

Após assumir o trono de Creta, Minos passou a combater seus irmãos pelo direito de governar a ilha. Rogou então ao deus do mar, Poseidon que lhe enviasse um touro branco como a neve, como um sinal de aprovação ao seu reinado. Uma vez com o touro, Minos deveria sacrificar o touro em homenagem ao deus, porém decidiu mantê-lo devido a sua imensa beleza.



Minos ofendera o deus Poseidon recusando-se a sacrificar o touro branco no altar do deus. Poseidon revidou, e como forma de punir Minos, a deusa Afrodite , a pedidos do deus marinho,  fez com que Pasífae, mulher de Minos, se apaixonasse perdidamente pelo touro vindo do mar , o Touro Cretense.

Pasifae, levada pela sua louca compulsão, apaixonada pelo touro, pediu que Dédalo encontrasse um meio pelo qual ela pudesse encontrar-se e copular secretamente com o touro. E assim, Dédalo encontra-se novamente em um grande conflito, pois Minos era o seu protetor e patrono. 


Entretanto, estava claro que a mão do deus estava sobre Pasifae. Afinal, Dédalo construiu uma vaca de madeira na qual ela pudesse se esconder no interior, de modo a copular com o touro branco. 
Dessa união, nasceu o terrível Minotauro, o qual, Parsífae cuidou dele durante sua infância, porém eventualmente ele cresceu e se tornou feroz; sendo fruto de uma união não-natural, entre homem e animal selvagem, ele não tinha qualquer fonte natural de alimento, e precisava devorar homens para sobreviver. 
Desconhecendo o envolvimento de Dédalo nessa concepção, Minos, após aconselhar-se com o oráculo em Delfos, pediu a Dédalo que lhe construísse um esconderijo em que o monstro pudesse ser encerrado. Dédalo concordou e, em seguida, constroi um gigantesco labirinto para abrigar e conter o minotauro, localizado próximo ao palácio do próprio Minos, em Knossos. 

Na mitologia grega, o Minotauro , era uma criatura com a cabeça de  touro sobre e o corpo de  homem. Habitava o centro do Labirinto, uma elaborada construção erguida para o rei Minos de Creta, e projetada pelo arquiteto Dédalo e seu filho, Ícaro especificamente para abrigar a criatura. Em Creta, o Minotauro era conhecido por seu nome próprio, Astérion,que em grego antigo significa estrela, um nome que ele compartilhava com o pai adotivo de Minos. 

Para combater o touro de Creta, foi enviado anteriormente por Egeu o jovem Androgeu, que era filho de Minos e sua esposa Pasífae, reis de Creta. De acordo com o mito, o motivo foi a inveja pelo desempenho do jovem nos jogos de Atenas. Portanto, Androgeu, foi atacado e morto pelo Touro Cretense, que Egeu, rei de Atenas, tinha ordenado que ele matasse.

Minos teria então declarado guerra a Atenas para vingar a morte de seu filho. Saiu rumou para Mégara com sua poderosa esquadra e logo partiu para cercar Atenas. Durante a guerra uma peste enviada por Zeus contra os atenienses provocou a derrota de Egeu. Minos saiu vitorioso do confronto, o que levou o rei a cobrar uma taxa a cada nove anos.  
Atenas , então, teria sido obrigada pela praga cruel a pagar compensação pela morte de Androgeu. A taxa foi em forma de sete rapazes e sete moças atenienses enviados para Creta, escolhidos através de sorteio, onde seriam colocados no labirinto para serem devorados pelo Minotauro.

Teseu, quando soube do que acontecia, na terceira remessa de jovens se ofereceu como um dos  tributos que eram enviados a Creta para alimentar o terrível Minotauro, a fim de vencer o monstro e libertar Atenas. O rei Egeu concordou, mas preocupado com o retorno do filho, pediu-lhe um sinal, que se tudo corresse bem, o navio deveria voltar com velas brancas, mas caso contrário, as velas voltariam negras.

Ao chegar em Creta, Teseu conhece a linda Ariadne, filha de Minos e Pasíafe, que se apaixona pelo herói. Ele logo combinou com a Princesa a ajudá-lo a destruir o monstro. 

Temendo  a morte do  amado,   Ariadne,  convenceu 
Dédalo à descobrir um meio de o herói entrar e sair do Labirinto. Novamente Dédalo traiu o seu mestre, preparando um novelo de fio dourado. 

Foi assim que, Ariadne ficaria à entrada do labirinto, segurando o novelo que Teseu iria desenrolando à medida que fosse avançando pelo labirinto. Teseu penetrou nos escuros corredores do Labirinto, matou o Minotauro e voltou à luz do Sol são e salvo. 
No caminho de volta, porém,  Teseu abandonou Ariadne, porque amava Egle filha de Panopleu. Parou na ilha de Naxos e de lá zarpou, deixando Ariadne dormindo, que foi recolhida e feita esposa do deus Dionísio. Como presente de núpcias para Ariadne, Dionísio lhe deu um diadema de ouro cinzelado feito por Hefesto. Este diadema foi mais tarde transformado em constelação.
No entanto, na viagem de volta, Teseu se esqueceu de erguer as velas brancas, e ao avistar o navio de regresso, Egeu, seu pai,  fica tão desesperado que se lança ao mar, do alto da acrópole, que então passou a levar o seu nome.

Enquanto isso , em Creta, o rei Minos,   dessa vez, descobre a traição de seu artesão e encerra Dédalo no Labirinto. Mas o ferreiro engenhosamente consegue fazer dois pares de asas de cera de abelha, madeira e penas que a agradecida Pasifae lhe trouxe. 

Levantando  vôo do alto de uma das torres do Labirinto, com seu engenho inigualável, construio  para si e para o filho dois pares de asas de penas, ligadas com cera, para fugirem. Ícaro, deslumbrado com a beleza do firmamento, sobe demasiado e o Sol derrete a cera de suas asas, precipitando-o nas águas do mar Egeu, enquanto Dédalo levado pelo vento, consegue chegar à Sicília.


Dédalo passou um bom tempo trabalhando para o rei Cócalo, construindo várias maravilhas.

Minos, porém, quando soube que Dédalo tinha se refugiado na Sicília, e sendo o senhor dos mares, resolveu perseguir Dédalo levando consigo uma concha triton de formato cónico com um furo muito pequeno na ponta e, por onde passava, oferecia uma grande recompensa para quem conseguisse passar um fio de algodão através dela um feito que, ele sabia, somente Dédalo conseguiria realizar.E foi dessa maneira que o rei descobriu o seu esconderijo.



Desembarcando com uma grande força na ilha, no local chamado a partir de então de Minoa, Minos demandou de Cócalo que entregasse Dédalo para ele ser punido. Cócalo, porém, trouxe Minos como convidado ao seu palácio, e ordenou que suas filhas derramassem óleo quente no banho de Minos; Logo depois aparece Dedalo, que, abençoando as meninas, deu um beijo na mais velha e apertou em um botão que tinha a letra Delta e se abre um porta com uma longa escada, manda um beijo pra elas e a porta se fecha. E assim, Dédalo conseguiu viver satisfeito e rico até atingir uma idade avançada.
E Cócalo devolveu o corpo de Minos aos cretenses, dizendo que ele tinha se afogado no banho;os cretenses o enterraram na Sicília,  no lugar onde mais tarde foi fundada a cidade de Acragas, e lá seus restos ficaram até que Terone, tirano de Acragas, devolveu seus ossos para os cretenses.
Após sua morte, Minos tornou-se, assim como Radamanto e Éaco, um dos três juízes do inferno, sendo ele o juiz responsável pelo veredito final. Seu sucessor foi seu filho Catreu.




MIDAS





Midas na mitologia grega, rei da Frígia, havendo sobre esse rei dois conhecidos mitos. Em sua infância, uma procissão de formigas foi observada carregando grãos de trigo e, subindo pelo lado de seu berço, colocavam os grãos em seus lábios enquanto dormia, um prodígio que os adivinhos interpretaram como um presságio de grande riqueza em seu futuro.

Tinha um filho chamado Litierses, que servia a ele como protetor; Litierses era conhecido como "Ceifador de homens", devido à sua fama de decapitar os inimigos.


Certa vez  Dionísio, deus do vinho, deu por falta de seu mestre e pai de criação, Sileno. O velho andara bebendo e, tendo perdido o caminho, foi encontrado por alguns camponeses que o levaram ao seu rei, Midas. Midas governou como um rei sábio e piedoso, e reconhecendo-o, tratou-o com hospitalidade, conservando-o em sua companhia durante dez dias, no meio de grande alegria.

No décimo-primeiro dia, com sua bondade para com o embriagado sátiro Silenos, levou-o  de volta e entregou-o são e salvo a seu pupilo. Dionísio ofereceu, então, a Midas o direito de escolher a recompensa que desejasse, qualquer que fosse ela. Midas pediu que tudo em que tocasse, imediatamente fosse mudado em ouro. Baco consentiu, embora pesaroso por não ter ele feito uma escolha melhor.


Midas seguiu caminho, jubiloso com o poder recém-adquirido, que se apressou a pôr em prova. Mal acreditou nos próprios olhos quando viu um raminho que arrancara de um carvalho transformar-se em ouro em sua mão. Segurou uma pedra; ela mudou-se em ouro. Pegou um torrão de terra; virou ouro. Colheu um fruto da macieira; ter-se-ia dito que furtara do jardim das Hespérides.



Sua alegria não conheceu limite e, logo que chegou à casa, ordenou aos criados que servissem um magnífico repasto. 



Então verificou, horrorizado, que, se tocava o pão, este enrijecia em suas mãos; se levava comida à boca, seus dentes não conseguiam mastigá-la. Tomou um cálice de vinho, mas a bebida desceu-lhe pela boca como ouro derretido, sua filha se encostou a ele e se transformou em ouro.


Consternado com essa aflição sem precedentes, Midas lutou para livrar-se daquele poder: detestava o dom. Tudo em vão, porém; a morte por inanição parecia aguardá-lo. Ergueu os braços, reluzentes de ouro, numa prece a Dionísio, implorando que o livrasse daquela destruição fulgurante.


Dionísio, divindade benévola, ouviu e consentiu. "a agua corrente desfaz o toque ", disse-lhe Dionísio; "mergulhas o que tocastes num rio e os objetos  voltarão a ser o que eram". Midas correu a cumprir o que dissera o deus do vinho e com a água do rio Pactolo, que correu num jarro, foi banhando todos os objetos em que tocara, restituindo-lhes a natureza primitiva, a começar pela própria filha, que ele, então, pôde abraçar sem perigo de torná-la de ouro. Dizem que Midas, ao se abaixar para colher a água na margem do rio Pactolo, tocou na areia com as mãos e que, por isso, as areias desse rio têm o brilho do ouro até hoje.




Após os eventos envolvendo o toque de ouro, Midas abandonou a riqueza e virou um seguidor de Pan, deus dos bosques.




Um dia Pan afirmou tocar melhor do que Apolo, e o deus do Sol resolveu fazer um duelo com Pan, julgado pelo deus Tmolo. Pan agradou a todos com sua flauta, mas após Apolo tocar sua lira Tmolo deu o prêmio a ele. Midas indignou-se, questionou a decisão, e Apolo enfurecido deu a Midas orelhas de burro.


Midas cobriu-as com um turbante para seus seguidores não o perceberem. Apenas o cabeleireiro sabia das orelhas e devia guardar segredo. O cabeleireiro não estava conseguindo, e para satisfazer sua vontade, cavou um buraco, falou "O Rei Midas tem orelhas de burro!" dentro deste e cobriu-o de terra. Porém o junco que cresceu no lugar do buraco "cantava" a frase sempre que recebia vento, espalhando a história pelo reino.



O que representava e importância:




O principal mito atribuído a Midas, o de transformar em ouro tudo o que tocava, adquiriu um caráter simbólico e metafórico na sociedade contemporânea, sendo facilmente compreensíveis na nossa cultura analogias simbólicas como a de um "complexo de Midas"






O Rei Midas realmente existiu. Em 1954, pesquisadores do Museu de Arqueologia e Antropologia da University of Pennsylvania sob a liderança de Rodney Young, após escavações na Turquia, em Gordiom (hoje Yassihüyük) antiga capital da Frígia, localizaram o túmulo de Midas. O caixão mortuário estava muito bem preservado, era feito de troncos de árvores e em sua volta havia vasos de cerâmica e metal, taças, bandejas e outros recipientes e objetos. Ali houve, segundo Dr. Patrick E. McGovern da equipe de arqueólogos da U.Penn, um banquete fúnebre para o Rei e quase todas as iguarias e bebidas puderam ser identificadas. Cem foi a quantidade aproximada de convidados nessa grande refeição, conforme avaliação dos especialistas. 

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