domingo, 24 de maio de 2015

MITOLOGIA GREGA III - TITÃS , DEUSES E SEMIDEUSES OLÍMPICOS




HÉRACLES









Héracles  na mitologia grega, era um semideus,  filho de Zeus, rei dos deuses, com uma mortal chamada Alcmena, é bisneto de Perseu. Reunindo grande força e sagacidade, Héracles foi, na mitologia greco-romana, o mais célebre de todos os heróis, um símbolo do homem em luta contra as forças da Natureza, exemplo de masculinidade, ancestral de diversos clãs reais, era o herói invencível e paladino da ordem olímpica contra os monstros ctônicos. 


Na mitologia, Anfitrião havia sido banido de Micenas ao matar, por acidente, seu rei Electrião, e se refugiou em Tebas. Alcmena, filha de Electrião, pediu para que Anfitrião se vingasse dos filhos de Ptérela, que haviam morto seus irmãos. Durante a ausência de Anfitrião, Zeus, assumindo a aparência deste, chegou à noite, em Tebas, e deitou-se com Alcmena, contando sobre a campanha. Quando, no dia seguinte, Anfitrião chegou e foi recebido com frieza, soube, através de Tirésias, que Zeus havia se aproveitado de sua esposa.

Alcmena teve dois filhos, Hércules, filho de Zeus, e Íficles, filho de Anfitrião.

O nome dado originalmente a Héracles foi "Alcides", em homenagem a seu avô Alceu, pai de Anfitrião. O nome alternativo de Héracles ,que quer dizer "À Glória de Hera",  foi uma tentativa sem sucesso de apaziguar o ódio de Hera, louca de ciúmes pelas infidelidades do marido. Héracles teve que defender-se de suas perseguições desde a tenra infância.

A esposa de Zeus estava, como de costume, com ciúme da criança nascida do adultério do marido, dessa maneira o perseguiu com terríveis castigos.  Quando Hércules tinha oito meses de idade, Hera colocou duas serpentes em seu berço, para matá-lo, mas Hércules as destruiu, estrangulando uma em cada mão. 


 Leão de Citerão: Ao crescer, Héracles cada vez  mais sobressaiu-se pela enorme força e coragem. Sua primeira façanha heroica deu-se quando se dirigiu à Beócia, região próxima de Tebas, onde perseguiu e matou apenas com as mãos um enorme leão que devorava os rebanhos de Anfitrião e de Téspio, na região de Citerão. 
A caçada durou cinquenta dias consecutivos, durante os quais Héracles foi hóspede de Téspio, que aproveitou para fazer com que toda noite uma das suas cinquenta filhas se unisse ao herói, de maneira a criar uma aguerrida descendência. Muitos dos netos de Téspio, conhecidos como Tespíadas, foram conduzidos por Héracles até a Sardenha, onde se estabeleceram como colonos.

Ao regressar a Tebas após esta caçada, Héracles encontrou os enviados do rei Ergino, de Orcômeno, que vinham recolher um tributo que os tebanos lhe pagavam regularmente. Após derrotá-los e insultá-los, Héracles obrigou os Mínios de Orcómeno a pagar um tributo duas vezes maior que o que haviam imposto a Tebas. Neste combate, morreu Anfitrião, que lutou corajosamente ao lado do filho.


Por ter livrado a cidade de Tebas do tributo aos Mínios, o rei Creonte, filho de Meneceu, ofereceu a Héracles sua filha mais velha, a bela Mégara, que lhe deu vários filhos.
Anos depois, Hera fez com que Héracles ficasse louco e, num acesso de loucura, inadvertidamente matou  a sua esposa Mégara e seus filhos.  Após recuperar a sanidade, Héracles pediu aos deuses que lhe dessem alguma tarefa para expiar os seus crimes e foi consultar o Oráculo de Delfos sobre o meio de se redimir  e poder continuar com uma vida normal. O oráculo ordenou-lhe que servisse, durante doze anos, a seu primo Euristeu, rei de Micenas e de Tirinto. Pondo-se Héracles ao seu serviço, o terrível rei Euristeus que Hera favorecia, impôs-lhe, com a oculta intenção de o eliminar, doze perigosíssimos trabalhos. E assim, o herói sujeitou-se voluntariamente a servir o favorito da deusa, que o perseguiu em reparação de um crime do qual ela era, definitivamente, a responsável, porém o herói saiu vitorioso.

Os Doze Trabalhos de Héracles:

1.º) O Leão da Neméia: O primeiro dos famosos Doze Trabalhos que o rei Euristeus exigiu de Héracles era a conquista do Leão da Neméia, um enorme animal cuja pele era à prova de ferro, bronze e pedra. Como o leão havia despovoado a vizinhança, Héracles não pôde encontrar nin­guém que o dirigisse à sua toca. Finalmente, ele encontrou o animal lambuzado de sangue de sua última vítima. Héracles disparou uma série de flechas, que não conseguiam penetrar a sua grossa pele. 
Em seguida, usou a sua espada, que simplesmente acabou se dobrando; depois usou o seu bastão, que se despedaçou na cabeça do leão. Então Héracles cobriu uma das entradas da caverna em que o leão se escondia com uma rede e entrou na caverna pelo outro lado.  O leão arrancou-lhe um dos dedos, mas Héracles conseguiu agarrá-lo pelo pescoço e o sufocou até a morte com suas próprias mãos.

 
Matou o Leão da Nemeia, filho dos monstros Ortros e Equidna. Acabada a luta, ele então lhe cortou a pele com uma de suas e afiadas garras e passou a usá-la sempre como armadura e a cabeça como elmo, tornando-se tão invencível quanto o próprio leão.
 A criatura converteu-se na constelação de leão.


2.º) Matou a Hidra de Lerna: a serpente com corpo de dragão, filha de Tifão e de Equidna. 

A Hidra tinha nove cabeças que se regeneravam mal eram cortadas e exalavam um vapor que matava quem estivesse por perto. Héracles matou-a cortando suas cabeças enquanto seu sobrinho Iolau queimava as feridas com um tição em brasa. Por fim, o herói banhou sua clava e flechas com o sangue da serpente para que ficasse envenenadas.


3.º) Alcançou correndo a Corça de Cerineia: 

A corça corria com assombrosa rapidez e nunca se cansava. Era a mais bela de todas , com chifres de ouro e pés de bronze, consagrada à deusa Ártemis. 




4.º) Capturou vivo o Javali de Erimanto: o que devastava os arredores, ao fatigá-lo após persegui-lo durante horas.

 Euristeu, ao ver o animal no ombro do herói, teve tamanho medo que foi se esconder dentro de um caldeirão de bronze. As presas do animal foram mostradas no templo de Apolo em Cumas.




5.º) Limpou em um dia os currais do rei Aúgias:  

Os currais do rei Aúgias continham três mil bois e que há trinta anos não eram limpos. Estavam tão fedorentos que exalavam um gás mortal. Para isso, Héracles desviou dois rios.





6.º) Matou as aves do Lago Estínfalo: 

Os monstros cujas asas, cabeça e bico eram de ferro, e que, pelo seu gigantesco tamanho, interceptavam em voo os raios do sol. Héracles enxotou as aves com um par de castanholas feitas por Hefesto e dadas a ele por Atena.





7.º) Venceu o Touro de Creta:
 A mandado por Poseidon contra Minos.





8.º) Castigou Diómedes: 

O filho de Ares, possuidor de cavalos que vomitavam fumo e fogo, e a que ele dava a comer os estrangeiros que naufragavam durante as tempestades e davam à sua costa. O herói entregou-o à voracidade de seus próprios animais.



9.º)      Venceu as amazonas: 


Héracles raptou Melanipe, uma das irmãs de Hipólita, e exigiu o cinturão como preço do resgate, mas como as amazonas o ignoraram, ele iniciou uma guerra contra elas. Finalmente a comandante das amazonas, foi derrotada, das cativas, Hipolíta foi dada de presente a Teseu, e Melanipe foi libertada, em troca do cinturão como preço do seu resgate.





10.º) Matou o gigante Gerião: O monstro de três corpos, seis braços e seis asas, e tomou-lhe os bois que se achavam guardados por um cão de duas cabeças e um dragão de sete.


11.º) Colheu as maçãs de ouro do Jardim das Hespérides: Este trabalho foi o mais difícil de todos, pois para encontrar o jardim, Héracles percorreu quase todo o mundo. Após ter encontrado o jardim ainda tinha de matar o Ladão, o dragão de cem cabeças que o guardava. 
















Pediu a Atlas que o matasse, e durante o trabalho foi Héracles que sustentou o céu nos ombros.

12.º) Desceu ao Palácio de Hades e de lá trouxe vivo Cérbero:     O Cão de três cabeças, guardião do submundo.



Após esses trabalhos, Héracles entregou-se a muitos outros, por sua livre vontade, na defesa dos oprimidos:

Participou em parte da expedição dos Argonautas.
Matou, no Egito, o tirano Busíris que sacrificava todos os estrangeiros que aportavam ao seu Estado.



Tendo encontrado Prometeu acorrentado por Zeus no cume do Cáucaso, entregue a uma águia que devorava o seu fígado, libertou-o.





Estrangulou o gigante Anteu que, em luta, recuperava a força sempre que conseguia tocar com os pés o solo.



Entre as façanhas de Héracles , conta-se ainda separar os montes Calpe (da Espanha) e Ábila (da África), chamados colunas de Hércules, abrindo assim o estreito de Gibraltar.


Hércules e Nesso, de Giambologna: Disputou com Aquelos a posse de Dejanira, filha de Eneu, rei da Etólia. 


Como a princesa a Héracles preferia, Aquelos, furioso, transformou-se em serpente, e investiu contra ele; repelido, transformou-se em touro, e de novo arremeteu; mas o herói enfrentou-o, pela segunda vez, quebrando-lhe os chifres, e desposou Dejanira. 






Em seguida, tendo de atravessar o rio Eveno, pediu ao Centauro Nesso que conduzisse Dejanira ao ombro, enquanto ele faria a travessia a nado.

 No meio do caminho, tendo Nesso se recordado de uma injúria que outrora Hércules lhe dirigira, resolveu, por vingança, raptar-lhe a esposa, passando com esse intuito, a galopar rio acima. 
O herói, tendo percebido as suas intenções, aguardou que ele alcançasse terra firme, e então atravessou-lhe o coração com uma das flechas envenenadas. Nesso tombou, e, ao expirar, deu a Dejanira a sua túnica manchada do sangue envenenado, convencendo-a de que seria, para ela, um precioso talismã, com a virtude de restituir-lhe o esposo, se este viesse em qualquer tempo, a abandoná-la.

Mais tarde, Héracles apaixonou-se pela sedutora Iole, e se dispunha a desposá-la, quando recebeu de Dejanira, como presente de núpcias, a túnica ensanguentada, e, ao vesti-la, o veneno infiltrou-se-lhe no corpo; louco de dores, ele quis arrancá-la, mas o tecido achava-se de tal forma aderido às suas carnes que estas lhe saíam aos pedaços. Vendo-se perdido, o herói ateou uma fogueira e lançou-se às chamas. 


Logo que as línguas de fogo começaram a serpentear no espaço, ouviu-se o rebumbar do trovão. Era Zeus que arrebatava seu filho para o Olimpo, onde ganhou a imortalidade e, na doce tranquilidade, recebeu Hebe em casamento.




Na mitologia romana e na maior parte do Ocidente moderno o herói se tornou célebre pelo seu nome latino, Hércules.

O que representava e importância:


Na cultura popular, os europeus adotaram o Hercle etrusco, uma figura heroica que já havia sido influenciada pela cultura grega - especialmente nas convenções acerca de sua representação -  aparece nos desenhos elaboradamente entalhados nos versos dos espelhos de bronze etruscos, feitos no século IV a.C., bens sepulcrais muito utilizados por aquele povo.
Hércules , também, foi o motivo de diversas moedas e medalhas comemorativas.




ONFÂLE



Ônfale, na mitologia grega, era rainha da Lídia, cujo nome significa "umbigo".  Ela era filha de Iardano e viúva de Tmolo, e passou a governar a Lídia após a morte do marido. 
Ônfale havia herdado o reinado de seu falecido marido e o governava com capacidade, graças ao seu caráter pragmático, voltado para objetivos práticos, realista e poderoso.

Ela aparece no ciclo de histórias que se referem ao herói Héracles que, em uma fase pior de sua carreira, foi levado para a Ásia para ser vendido como escravo.


Quando Héracles matou Ífito ,em um acesso de loucura, o Oráculo de Delfos mandou que ele fosse vendido como escravo e que o dinheiro fosse dado ao pai dele, Eurito, príncipe da Ecalia, como compensação. Hermes vendeu Héracles para Ônfale, mas Eurito recusou o dinheiro.

Rainha  Ônfale, da Lídia, uma mulher que tinha bons olhos para um bom negócio, comprou Héracles  e ele a serviu fielmente durante três anos, livrando a Ásia Menor dos bandidos que infestavam aquela terra.


Ela comprou Héracles com o intuito de torná-lo seu amante, em vez de um lutador, e lhe deu três filhos. Ela aproveitava o máximo de seu tempo, com toda a indulgência com o herói. Informações chegaram à Grécia de que Héracles havia desistido de sua pele de leão, trocando-a por colares de pedras preciosas, braceletes de ouro, turbante de mulher, xale vermelho e um cinto de mulher. Conta também a história que ele ali ficava sentado fiando lã e tremendo quando a sua patroa o repreendia. Ele deixava que as escravas de Ônfale o penteassem e que pintassem suas unhas, enquanto ela vestia a sua pele de leão e carregava o seu cajado e o seu arco.

Certo dia, o casal visitava algumas vinhas e o deus Pan, viu-os e apaixonou-se por Ônfale. O deus, metade bode, deu adeus às suas ninfas e declarou amor eterno à rainha da Lídia.
Quando o casal se retirou para uma caverna para passar a noite, Ônfale sugeriu que trocassem de roupa. À meia-noite, Pan entrou na gruta, encontrou alguém com as roupas que acreditava fossem da rainha e tentou estuprar quem veio a ser um furioso Héracles. 


O herói chutou Pan pela caverna toda e, depois, ele e Ônfale riram até chorar vendo o deus Pan, sentado em um canto, cuidando de suas feridas. Daquele dia em diante, Pan passou a odiar vestidos e sempre convoca os seus oficiais nus para os seus rituais.

Mas Héracles , durante esses três anos, também fez vários atos heróicos neste período. A caçada ao javali calidônio ocorreu quando Héracles servia a Ônfale. Héracles e Ônfale tiveram um filho, que traz o nome de Tirseno, que seria filho de Hércules com "a lídia".




QUIRON





Na mitologia grega, Quiron, rei dos centauros, era considerado superior por seus próprios pares. Ao contrário do resto dos centauros que, como os sátiros, eram notórios por serem bebedores contumazes e indisciplinados, delinquentes sem cultura e propensos à violência quando ébrios, Quíron era inteligente, civilizado e bondoso, célebre por seu conhecimento e habilidade com a medicina, curador, sacerdote e sábio educador de todos os jovens heróis da Mitologia. 

O próprio nascimento de Quiron foi um verdadeiro mistério, pois ele nasceu da união de Ixion,  filho do deus da guerra, Ares , com uma nuvem que Zeus formou à semelhança de sua esposa Hera, para impedir que Ixion fizesse amor com a própria deusa. 





Abandonado, Quíron foi encontrado por Apolo, o deus-Sol, que o criou como pai adotivo e lhe ensinou todos os seus conhecimentos: artes, música, poesia, ética, filosofia, artes divinatórias e profecias, terapias curativas e ciência;  e Ártemis, a deusa da Lua. 
Graças à sua grande sabedoria e espiritualidade, ele foi eleito rei dos centauros, cuja tarefa era incutir nos jovens príncipes gregos os valores espirituais e o respeito pela lei divina que eles deviam aprender antes mesmo das artes de reinar e das proezas das armas.

Tradicionalmente habitava o Monte Pelião. Ali se casou com Cariclo, também uma ninfa, que lhe deu três filhas: Hipe (Melanipe ou Euípe), Endeis e Ocírroe, além de um filho, Caristo. Grande curandeiro, astrólogo e um respeitado oráculo, Quíron era tido como o último dos centauros, e altamente reverenciado como professor e tutor. Entre seus pupilos estavam diversos heróis, como Asclépio, Aristeu, Ajax, Enéas, Actéon, Ceneu, Teseu, Aquiles, Jasão, Peleu, Télamon, Héracles, Oileu, Fênix e Dioniso.

Quíron salvou a vida de Peleu quando Acasto tentou matá-lo, roubando sua espada e deixando-o dentro de uma mata, para ser morto pelos centauros; Quíron teria retornado a espada a Peleu. 

Discípulos de Quíron:




Aquiles- quando sua mãe, Tétis, abandonou seu lar e retornou às nereidas, Peleu trouxe seu filho Aquiles para Quíron, que o recebeu como discípulo e o alimentou com as entranhas de leões e javalis, e o tutano de lobas.
Actéon - criado por Quíron para ser um caçador, celebrizou-se por sua morte terrível: depois de ter sido transformado em um cervo pela deusa Ártemis, foi devorado por seus próprios cães que haviam entrado na caverna de Quíron procurando por seu dono.
Aristeu - teriam sido as Musas que, de acordo com algumas versões da lenda, teriam ensinado a Aristeu as artes da cura e da profecia. Aristeu descobriu o mel e as azeitonas. Após a morte de seu filho, Actéon, migrou para a Sardenha.



Asclépio - a célebre medicina de Asclépio  fundamentou-se nos ensinamentos de Quíron. Apolo matou a mãe de Asclépio, Corônis, enquanto esta ainda estava grávida, porém retirou a criança da pira funerária, entregando-a ao centauro, que a criou e lhe ensinou as artes da cura e da caça.



Jasão - seu pai, Esão, entregou-lhe o célebre capitão dos argonautas Quíron para que o criasse quando foi deposto pelo rei Pélias.    
   
Pátroclo - seu pai deixou-o na caverna de Quíron para estudar, juntamente com Aquiles, os acordes da harpa, aprender a arremessar lanças e cavalgar.
Peleu - pai de Aquiles, foi, certa vez, resgatado por Quíron: Acasto, filho de Pélias, purificou Peleu por ter matado, inadvertidamente, seu sogro, Êurites. A esposa de Acasto, no entanto, Astidâmia, apaixonou-se por Peleu; ao perceber que não era correspondida, passou a tramar contra ele, acusando-o  pelas costas, de tentar estuprá-la. Acasto, sem poder matar o homem que acabara de purificar, levou-o para uma caçada no Monte Pélion; à noite, quando Peleu adormeceu, abandonou-o e escondeu sua espada. 
Ao despertar, os centauros haviam cercado seu acampamento e o teriam matado não fosse a intervenção providencial de Quíron, que também lhe devolveu a espada após procurar e encontrá-la. Quíron promoveu então o casamento de Peleu com Tétis, criando Aquiles por ela. Também indicou a Peleu como conquistar a nereide que, sempre mudando sua forma, conseguia evitar que ele a capturasse. Em outras lendas, teria sido Proteu quem teria ajudado Peleu; quando este se casou com Tétis, ele teria recebido de Quíron uma lança de carvalho, que Aquiles levou para a Guerra de Troia, com a qual Aquiles curou Télefo ao remover a ferrugem.


Sua nobreza também se reflete na história que narra sua morte: Quíron teria sacrificado sua vida, permitindo assim que a humanidade obtivesse o uso do fogo. Isto ocorreu durante a visita de Héracles à caverna de Folo, no Monte Pélion, na Tessália, enquanto visitava seu amigo, durante o quarto de seus doze trabalhos, no qual derrotou o Javali de Erimanto.
Enquanto estavam fazendo uma refeição, Héracles pediu vinho, para acompanhar a comida. Folo, que comia sua comida crua, estranhou. Ele havia recebido do deus Dioniso uma jarra de um vinho sagrado anteriormente, que deveria ser conservado para o resto dos centauros até que fosse a hora certa de ser aberto. Diante do pedido de Héracles, Folo sentiu-se constrangido em oferecer o vinho santo. O herói o agarrou de suas mãos e o abriu, deixando que seus vapores e aromas saíssem da garrafa e intoxicassem os centauros, liderados por Nesso, que estavam reunidos do lado de fora da caverna e passaram imediatamente a arremessar pedras e galhos. Héracles disparou diversas flechas envenenadas contra eles, para afastá-los, uma delas atingiu Quíron na coxa.
O herói grego que matou  Hidra com as suas nove cabeças venenosas, embebeu suas flechas  no sangue do monstro, que era puro veneno.

Já Folo saiu do fundo da caverna, onde havia se refugiado, para observar a destruição, e, ao puxar uma das flechas do corpo de um dos centauros, perguntou-se como podia uma coisa tão pequena causar tanta morte e destruição. Ao dizer isso, deixou a flecha cair de sua mão sobre o seu casco, o que o matou instantaneamente.

A flecha não matou Quíron, pois, sendo filho de um titã, era imortal, porém provocou-lhe dores terríveis e incessantes. Ele que era um grande curador e conhecia o segredo das ervas e das plantas, era incapaz de curar a si mesmo, pois o veneno era poderoso e todo o conhecimento que Quiron possuía não conseguiu fazer com que ele o extraísse da ferida. Como era imortal, ele não podia morrer , assim, foi condenado a conviver com a dor, sacrificando a felicidade do mundo e dedicando-se a ensinar a sabedoria espiritual.
Coube assim a Héracles fazer um acordo com Zeus, trocando a imortalidade de Quíron pela vida de Prometeu, que roubara o fogo dos deuses e o dera aos homens e, por isso, fora condenado a padecer eternamente, amarrado a um rochedo enquanto um pássaro devorava seu fígado, que voltava a crescer no dia seguinte. Zeus, que afirmara que só o libertaria se um imortal abrisse mão de sua imortalidade e fosse para o Hades, o reino dos mortos em seu lugar, concordou, liberando Quíron de seu sofrimento, para morrer tranquilamente.



O deus o homenageou, colocando-o no céu como a constelação que chamamos de Sagitário. 


O que representava e importância:


Sua nobreza também se reflete na história que narra sua morte: Quíron teria sacrificado sua vida, permitindo assim que a humanidade obtivesse o uso do fogo. Em sua homenagem, foi dada no céu  a constelação que chamamos de Sagitário.






PROMETEU










Na mitologia grega, Prometeu significa "antevisão", e o Titã possuía o dom da profecia é um titã, filho de Jápeto (filho de Urano e Gaia ) e irmão de Atlas, Epimeteu e Menoécio.  Foi um defensor da humanidade, conhecido por sua astuta inteligência, responsável por roubar o fogo de Héstia e o dar aos mortais. Prometeu, o Titã que desafiou a lei de Zeus roubando o fogo dos deuses para entregá-lo ao homem, que sabia muito bem que sofreria as consequências.
 Na Mitologia, também se dizia que ele criou o homem a partir da terra e da água de suas próprias lágrimas, enquanto Atena soprou vida na criatura. Prometeu tinha uma profunda compaixão pela sorte da humanidade por ele ser o seu criador.


Zeus confirmava a sua divina supremacia sobre os homens ocultando-lhes o fogo. Isso significava a falta de progresso e de iluminação, pois sem o fogo o homem era condenado a viver como um animal, alimentando-se de carne crua e escondendo-se em cavernas. Mas Prometeu pegou um pouco do fogo sagrado da deusa Héstia, escondeu-o no caule oco de um funcho e levou-o para a Terra.


Zeus, que temia que os mortais ficassem tão poderosos quanto os próprios deuses, resolveu exterminar a humanidade por meio de uma inundação a fim de destruir os culpados, pois ele não somente havia sido ferido em seu orgulho, mas com o fogo o homem poderia tentar tornar-se divino. Mas Prometeu advertiu seu filho Deucalião, que construiu uma arca e nela embarcou com sua esposa Pirra. A inundação durou nove dias e nove noites e no décimo dia o dilúvio cessou e Deucalião ofereceu sacrifício a Zeus. Tocado com sua piedade, o rei dos deuses concordou com o seu pedido de renovar a raça humana.

Porém Prometeu não teve a mesma sorte,como havia previsto.

Zeus indignado com o roubo teria então punido-o por este crime, prendeu-o com correntes indestrutíveis em um alto despenhadeiro nas montanhas do Cáucaso. Todos os dias uma águia descia das alturas para devorar o seu fígado, que a cada noite se refazia para que a tortura fosse mantida indefinidamente.


Após trinta anos, Prometeu foi libertado do seu sofrimento. 

Zeus permitiu que ele fosse resgatado por Héracles, que, havendo concluído os seus doze trabalhos dedicou-se a aventura; e assim matou a águia e quebrou as correntes do prisioneiro.  
No lugar de Prometeu, o centauro Quíron deixou-se acorrentar no Cáucaso, pois a substituição de Prometeu era uma exigência para assegurar a sua libertação. 


Prometeu tornou-se imortal e passou a usar um anel de um dos elos da corrente que o prendia como símbolo de seu cativeiro enquanto a grata humanidade erigia altares para honrar o seu benfeitor; que,  além de dar o fogo à humanidade, Prometeu alega ter ensinado aos homens as artes da civilização, como a escrita, a matemática, a agricultura, a medicina e a ciência. O maior feito do titã pela humanidade, no entanto, parece ter sido salvá-la da destruição completa.


O deus da Profecia , tanto na mitologia grega quanto a romana , é conhecido como Prometeu.


O que representava e importância:

Proudhon também recorria constantemente a figura de Prometeu nas suas obras sobre economia e ciência social.Além dos românticos, Prometeu também era um homem modelo de Marx.


Prometeu tinha um pequeno santuário na região de Kerameikos, o bairro dos ceramistas de Atenas,[carece de fontes] a pouca distância da Academia - onde também existia um pequeno altar dedicado a ele. De acordo com o autor grego Pausânias, do século II d.C., no local ocorria uma corrida em que os participantes empunhavam tochas, dedicada ao titã.

Pausânias também menciona que na cidade grega de Panopeu havia uma estátua venerada que alguns alegavam ser Prometeu, homenageado ali por ter criado a raça humana naquele local.



 EPIMETEU




Na mitologia grega, Epimeteu é um titã, filho do titã Jápeto e da ninfa ou oceânide Ásia, filha de Oceano, também chamada de Clímene  e irmão de Atlas, Prometeu, Héspero e Menoécio.

 Na mitologia foi dada a Epimeteu e a seu irmão Prometeu a tarefa de criar os homens e todos os animais. Epimeteu encarregou-se da obra e Prometeu encarregou-se de supervisioná-la. Na obra, Epimeteu atribuiu a cada animal os dons variados de coragem, força, rapidez, sagacidade; asas a um, garras outro, uma carapaça protegendo um terceiro, etc. Porém, quando chegou a vez do homem, formou-o do barro. Mas como Epimeteu gastara todos os recursos nos outros animais, recorreu a seu irmão Prometeu. 


Este então roubou o fogo dos deuses e o deu aos homens. Isto assegurou a superioridade dos homens sobre os outros animais. 

Todavia o fogo era exclusivo dos deuses. Como castigo a Prometeu, Zeus ordenou a Hefesto que o acorrentasse no cume do monte Cáucaso, onde todos os dias uma águia  dilacerava seu fígado que, todos os dias, regenerava-se. Esse castigo devia durar 30 anos.
Enraivecido, Zeus, queria se vingar , não somente de Prometeu, mas da humanidade. Então  enviou Pandora, a primeira mulher, para viver com os homens. 
Epimeteu, foi esposo de Pandora, que em grego significa a que possui todos os dons, um presente de Zeus para ele e a humanidade, que possuía o fogo que fôra roubado dos céus.
De acordo com a mitologia, a reação de Zeus ao roubo do fogo; o deus olímpico não apenas retira o fogo dos homens, mas também os "seus meios de subsistência" . Não tivesse Prometeu provocado a ira de Zeus , "comodamente em um só dia trabalharias para teres por um ano, podendo em ócio ficar"; e  também expande a história da primeira mulher,   chamando-a  de Pandora . 


 Forjada por Hefesto a partir do barro, e trazida à vida por obra dos quatro ventos, todas as deusas do Olimpo reuniram-se para adorná-la. Pandora, feita à semelhança das deusas imortais, foi enviada a Epimeteu, a quem Prometeu recomendara que não recebesse nenhum presente dos deuses. Vendo-lhe a radiante beleza, Epimeteu esqueceu quanto lhe fora dito pelo irmão e apressou-se em  casar com Pandora.


Zeus enviou, também, através de seu mensageiro  Hermes,  a Epimeteu ,  uma caixa, como presente de casamento.  Epimeteu, que havia sido avisado por seu irmão a não aceitar qualquer presente de Zeus, inicialmente a recusou, mas depois, lembrando-se da terrível vingança que o rei dos deuses havia infligido a Prometeu, a recebe. 

Porem, antes de ser aprisionado e acorrentado em seu pico solitário, Prometeu conseguiu advertir Epitemeu a não tocar na caixa. Pois Epimeteu, tinha então, em sua posse uma caixa, que outrora Zeus havia maliciosamente doado à humanidade;  e este, por sua vez, avisou Pandora.


Epimeteu foi enganado por sua esposa, que abriu uma caixa que ele guardava a mando de seu irmão, Prometeu. Ela abre a caixa a qual continha todos os males que viriam para tornar a vida do homem em um caos, mas fecha rapidamente esta, restando dentro apenas o restando dentro apenas o mal que acabaria com a esperança.

Dela descende a geração das femininas mulheres,  dela é a funesta geração e grei das mulheres, grande pena que habita entre homens mortais, parceiras não da penúria cruel, porém do luxo. Movida por este sentimento insaciável, Pandora abre o baú, e de dentro do mesmo saem todos os males e doenças que afligem a humanidade, tais como pestes, ciúme, inveja, ganância, e vários outros. Percebendo o erro cometido, Pandora se apressa em fechar o baú, na tentativa de evitar que todos os males saíssem, e com isso consegue evitar a saída do pior de todos os males, aquele que acaba com a esperança. Por isso, por pior que a situação esteja, o homem ainda consegue ter esperança em dias melhores.


Após este desastre, Epimeteu e Pandora geram Pirra, que mais tarde desposa Deucalião (filho de Prometeu e sobrevivente do Dilúvio).


O que representava e importância:



Em sua homenagem, o nome de Epimeteu foi dado a um dos 56 satélites conhecidos do planeta Saturno.





PANDORA






Na mitologia  Pandora , foi a primeira mulher que existiu, criada por Hefesto (artista celestial, deus do fogo, dos metais e da metalurgia) e Atena (deusa da estratégia em guerra, da civilização, da sabedoria, da arte, da justiça e da habilidade) auxiliados por todos os deuses e sob as ordens de Zeus, cada um lhe deu uma virtude.

 Por ordem de Zeus, Hefesto molda em barro uma adorável moça, que  recebeu de um a graça, de outro a beleza, de outros a persuasão, a inteligência, a paciência, a meiguice, a habilidade na dança e nos trabalhos manuais.


Atena lhe ensina as artes da tecelagem, Afrodite a embeleza, mas Hermes lhe dá uma mente despudorada e uma natureza enganosa, colocou traição em seu coração e mentiras em sua boca. As Cárites e as Horas a adornaram, e por fim Hermes lhe deu a voz e um nome, Pandora, porque "todos os que habitam o Olimpo lhe deram um presente, uma praga para aqueles que comem pão" .



Zeus enviou essa mulher através de seu mensageiro  Hermes, que a leva a Epimeteu , irmão de Prometeu, juntamente com uma caixa, como presente de casamento.  Epimeteu, que havia sido avisado por seu irmão a não aceitar qualquer presente de Zeus, inicialmente a recusou, mas depois, lembrando-se da terrível vingança que o rei dos deuses havia infligido a Prometeu, a recebe. 




Pandora, feita à semelhança das deusas imortais, foi enviada a Epimeteu, a quem Prometeu recomendara que não recebesse nenhum presente dos deuses. Vendo-lhe a radiante beleza, Epimeteu esqueceu quanto lhe fora dito pelo irmão e apressou-se em  casar com Pandora.





Porem, antes de ser aprisionado e acorrentado em seu pico solitário, Prometeu conseguiu advertir Epitemeu a não tocar na caixa. Pois Epimeteu ,tinha então, em sua posse uma caixa, que outrora Zeus havia maliciosamente doado à humanidade;  e este, por sua vez, avisou Pandora.



Pandora abriu a caixa, inadvertidamente, pois   apesar de sua beleza, ela era preguiçosa, perversa e ignorante. Não levou muito tempo para que a curiosidade a fizesse abrir a caixa ,liberando assim todos e os terríveis males ; doenças, trabalho e pragas incontáveis que Zeus havia ali colocado. Escaparam e se espalharam sobre toda a Terra, contagiando a humanidade. Somente a esperança, que, de alguma forma, havia sido presa na caixa com os males, não fugiu.


O mito de Pandora,  entre os romanos nunca foi muito citado, desapareceu na Idade Média, e só ressurgiu na Renascença, na França.



O que representava e importância:

"Pandora é, no ritual e na mitologia matriarcal, a terra como Kore, mas na mitologia patriarcal de Hesíodo sua grande figura é estranhamente transformada e diminuída."


Dela vem a raça das mulheres e do gênero feminino: dela vem a corrida mortal das mulheres que trazem problemas aos homens mortais entre os quais vivem, nunca companheiras na pobreza odiosa, mas apenas na riqueza.
Hesíodo segue lamentando que aqueles que tentam evitar o mal das mulheres evitando o casamento não se sairão melhor: "Ele chega à velhice mortal sem ninguém para cuidar de seus anos, e, embora, pelo menos, não sinta falta de meios de subsistência enquanto ele vive, ainda, quando ele está morto, seus parentes dividem suas posses entre eles."
Hesíodo admite que, ocasionalmente, um homem encontra uma mulher boa, mas ainda assim o "mal rivaliza com o bem." Em Os trabalhos e os dias  Hesíodo reconta o mito, desta vez chamando de Pandora a primeira mulher.


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Nesta versão também-  Os trabalhos e os dias- as possibilidades de tradução para o que resta na caixa, não só como 'esperança', mas como 'expectação, espera', num sentido mais próximo talvez do que seria ainda um dos tantos males ali colocados.



HIPÓLITA




Na mitologia grega, Hipólita é rainha das amazonas, filha de Ares e da rainha Otrera e irmã de Pentesileia, Melanipe e Antíope. É conhecida por possuir um cinturão mágico, cuja obtenção foi o nono dos Doze Trabalhos de Héracles, é uma das mais famosas rainhas amazonas.





Hipólita antes de seu confronto com Héracles, recebeu de seu pai, o deus da guerra Ares, um cinturão mágico como símbolo de seu poder e autoridade sobre as amazonas. O nono trabalho de Héracles era obter o cinturão de Hipólita e entregá-lo para Admeta, filha do rei Euristeu e sacerdotisa de Hera. Para isto, ele navegou, acompanhado de Teseu e suas tropas, até o Ponto Euxino, na cidade de Temiscira, na foz do rio Termodonte, onde ficava o palácio das amazonas.


Héracles raptou Melanipe, uma das irmãs de Hipólita, e exigiu o cinturão como preço do resgate, mas como as amazonas o ignoraram, ele iniciou uma guerra contra elas. Na luta, Héracles matou Aella, Phillipis, Prothôe, Celeno, Euríbia e Febe, as três últimas companheiras de caça de Ártemis, Dejanira, Astéria, Marpê e Tecmessa Alcipe. Finalmente a comandante das amazonas, Antíope, foi derrotada. Das cativas, a rainha Hipólita foi dada de presente a Teseu, e Melanipe foi libertada, em troca do cinturão como preço do seu resgate.

Hera se disfarçou de amazona e espalhou um boato entre as guerreiras de que Héracles fora até elas para aprisionar sua rainha, Hipólita. Elas, então  resolveram se vingar dos gregos pelo que Héracles havia feito, e em particular os atenienses, porque Teseu havia levado como cativa , a rainha. As amazonas  e os citas se uniram , atravessaram o bósforo cimério, a Trácia e chegaram à Ática, a líder da expedição era Antíope. Teseu chegou para a luta, trazendo Hipólita, com quem ele havia tido um filho, Hipólito. 


A comandante das amazonas, Antíope, morreu lutando e Teseu derrotou as amazonas.


As amazonas foram derrotadas, porém, Hipólita sobreviveu e continuou  sendo rainha das amazonas, até ser morta acidentalmente por sua irmã Pentesileia, que a sucedeu ao trono amazônico.

  
O que representava e importância:


Hipólita tem aparecido em muitas obras de arte, na literatura, no teatro e no cinema. A luta das amazonas contra Héracles e a Guerra Ática foram temas de muitas pinturas na arte grega, chegando esta a ser retratada no Mausoléu de Halicarnasso.




TESEU



 Na mitologia grega, Teseu  foi um grande herói ateniense. Seu nome significa "o homem forte por excelência".

Seu pai, Egeu, era filho de Pandião II e nasceu, assim como seus irmãos Palas, Niso e Lico, em Mégara. Pandião tinha sido rei de Atenas, mas foi expulso pelos metiônidas, filhos de Metion, e se refugiou em Mégara; quando o rei Pylas foi para o Peloponeso, Pandião II, casado com a filha de Pylas, se tornou rei de Mégara.
Os filhos de Pandião retornaram a Atenas e expulsaram os metiônidas, recuperando o reino para Egeu ou dividindo o reino em quatro, tendo Egeu com o poder supremo.

Egeu casou-se com duas mulheres, Meta, filha de Hoples e Chalciope, filha de Rhexenor, mas não teve filhos com nenhuma delas; temendo perder o reino para seus irmãos (Palas, Niso e Lico), Egeu consultou a Pítia, mas não entendeu sua resposta.

Na volta para Atenas, Egeu se hospedou em Trezena, cujo rei Piteu, filho de Pélope, compreendendo o oráculo, fez Egeu se embebedar e deitar com sua filha Etra. Na mesma noite, porém, Poseidon também se deitou com Etra. Portanto o rei Teseu de Atenas, era filho  de Etra que fora amada tanto pelo deus Poseidon quanto pelo rei Egeu de Atenas. Teseu foi gerado conjuntamente pelos dois, mas desconheceu as suas origens até a idade de 16 anos, quando então saiu em busca de seu lugar como herdeiro de Egeu que resultou em uma jornada cheia de aventuras perigosas.

Egeu pediu a Etra que, se ela desse à luz um menino, só revelasse ao filho quem era seu pai quando ele tivesse forças para pegar a espada e as sandálias que ele escondera sob uma enorme pedra. Depois disso devia ir em segredo até Atenas, portando a espada de seu pai e calçando suas sandálias.
Egeu teve de voltar a Atenas, para celebrar o festival Panateniense, onde Androgeu, filho de Minos, derrotou todos os competidores. Androgeu foi morto, quando Egeu o enviou contra o touro de Maratona, que o matou,  Quando a notícia da morte de Androgeu chegou a Minos, estava sacrificando às Graças em Paros: jogou fora a guirlanda que usava e interrompeu a música das flautas, costume este que passou a ser adotado em Paros, nos sacrifícios às Graças, feitos sem flautas e guirlandas.

Nasceu um menino, que cresceu vigoroso e forte como um herói. Aos dezesseis anos seu vigor físico era tão impressionante que Etra decidiu contar-lhe quem era o pai e o que se esperava dele. Teseu ergueu então a enorme pedra antes movida por Egeu, recuperou a espada e as sandálias do pai e dirigiu-se a Atenas.


Em sua viagem, chegou a Epiadouro, onde encontrou Perifetes, filho de Hefesto e de Anticleia. Perifetes, assim como seu pai, era coxo e usava sua muleta como clava para matar os peregrinos que estavam indo para Epiadouro. Teseu matou-o com a sua própria muleta-clava e guardou-a como lembrança de sua primeira vitória.


Teseu passou por várias outras batalhas, entre elas, batalhou uma vez com Sínis, gigante filho de Poseidon, que amarrava seus inimigos em um pinheiro e os arremessava contra rochas, envergando o mesmo até o chão. Teseu fez o mesmo com Sínis e prosseguiu em sua viagem.


Quando Teseu chegou em Atenas já era conhecido pelos seus feitos, mas o rei Egeu não sabia que ele era seu filho. O encontro ainda tentou ser impedido por Medeia, feiticeira e esposa de Egeu, que tentou influenciar o marido a envenenar Teseu, já que este se mostrara com grande força e ao longo do caminho a Atenas.
Medeia que já estava instalada no palácio real depois de fugir de Corinto após o assassinato de quatro pessoas, inclusive seus dois filhos, sabia da identidade do herói, mas não contou a Egeu e sim o convenceu a matar o forasteiro, que poderia ser uma ameaça ao seu reinado. Colocou veneno no vinho e ofereceu ao visitante ilustre. Teseu tirou a espada para seu conforto à mesa e Egeu o reconheceu, evitando assim a sua morte. Medeia mais uma vez foi expulsa de um reino, só que desta vez voltou para a Cólquida.

Ao tomar conhecimento de que seus primos, os cinquenta Palântidas, queriam tirar o trono de seu pai, Teseu resolveu acabar com eles. Os primos se dividiram para fazer uma emboscada, mas Teseu foi avisado pelo arauto Leos. Depois, Teseu teve de se exilar por um ano em Trezena.

E antes de se tornar rei de Atenas no lugar de Egeu, Teseu precisou enfrentar a sua própria fúria animal na forma de um touro. O mesmo touro foi responsável pelo encontro de Teseu com Ariadne, filha de Minos, o início de sua derrocada
Para combater o touro de Creta, foi enviado anteriormente por Egeu o jovem Androgeu, que era filho de Minos e sua esposa Pasífae, reis de Creta. Dizem que o motivo foi a inveja pelo desempenho do jovem nos jogos de Atenas. Como o jovem pereceu tentando matar o touro, seu pai Minos resolveu fazer uma guerra contra Atenas, da qual saiu vencedor.  Minos rumou para Mégara com sua poderosa esquadra e logo partiu para cercar Atenas. Durante a guerra uma peste enviada por Zeus contra os atenienses provocou a derrota de Egeu, o que levou o rei Minos a cobrar uma taxa a cada nove anos. A taxa foi em forma de sete rapazes e sete moças atenienses enviados para Creta, onde seriam colocados no labirinto para serem devorados pelo seu filho monstruoso, o Minotauro. 



Teseu, quando soube do que acontecia, na terceira remessa de jovens se ofereceu como um dos  tributos que eram enviados a Creta para alimentar o terrível Minotauro, a fim de vencer o monstro e libertar Atenas. O rei Egeu concordou, mas preocupado com o retorno do filho, pediu-lhe um sinal, que se tudo corresse bem, o navio deveria voltar com velas brancas, mas caso contrário, as velas voltariam negras.
Logo ao chegar em Creta, Teseu conhece a linda Ariadne, filha de Minos e Pasíafe, que se apaixona pelo herói. Ele convenceu a filha do rei Minos  a ajudá-lo a destruir o monstro. 
Temendo a morte do amado, Ariadne combinou com ele um meio de encontrar a saída do terrível labirinto, um meio bastante simples; apenas um novelo de lã. Ariadne ficaria à entrada do palácio, segurando o novelo que Teseu iria desenrolando à medida que fosse avançando pelo labirinto. Para voltar ao ponto de partida, teria apenas que ir seguindo o fio que Ariadne seguraria firmemente. Teseu avançou e matou o monstro com um só golpe na cabeça. E  logo que combateu com o monstro, pode voltar pelo caminho sem se perder, e assim  voltou do labirinto a salvo.

No caminho de volta, porém,  Teseu abandonou Ariadne, porque amava Egle filha de Panopleu. Parou na ilha de Naxos e de lá zarpou, deixando Ariadne dormindo, que foi recolhida e feita esposa do deus Dionísio. Como presente de núpcias para Ariadne, Dionísio lhe deu um diadema de ouro cinzelado feito por Hefesto. Este diadema foi mais tarde transformado em constelação. Dionísio e Ariadne tiveram quatro filhos: Toas, Estáfilo, Enopião e Pepareto. 

A escala seguinte foi na ilha de Delos, onde consagrou uma estátua de Afrodite, presente de Ariadne. Depois ele e seus companheiros realizaram uma dança circular que se tornou um rito na ilha de Apolo e foi executado por muito tempo.

Ao se aproximar de Atenas, Teseu se esqueceu do sinal pedido pelo rei Egeu, de trocar as velas negras pelas velas brancas.  Ao avistar de longe o navio de regresso, Egeu, seu pai,  fica tão desesperado que se lança ao mar, do alto da acrópole, que então passou a levar o seu nome.

Subindo ao trono, Teseu organizou um governo democrático, reunindo os habitantes da Ática, fazendo leis sábias e úteis para o povo. Teseu , teve muitas ideias de como unir as cidades gregas que viviam em constantes conflitos,  conseguiu convencer esses senhores independentes e altivos a se juntarem sob um único governo, o qual ele presidiu como Alto Rei. Vendo que tudo corria bem e os atenienses estavam felizes, Teseu mais uma vez se ausentou em busca das aventuras que tanto apreciava.




Teseu lutou junto com Héracles contra as Amazonas, no nono trabalho de Héracles, que era obter o cinturão de Hipólita e entregá-lo para Admeta, filha do rei Euristeu e sacerdotisa de Hera. Para isto, ele navegou, acompanhado de Teseu e suas tropas,  onde ficava o palácio das amazonas.



 Hércules exigiu que lhe entregassem o cinturão, mas como as amazonas o ignoraram, ele iniciou uma guerra contra elas. Finalmente a comandante das amazonas, Antíope,  foi derrotada. Das cativas, Hipólita foi dada de presente a Teseu, e Melanipe foi libertada, em troca do cinturão como preço do seu resgate.


De acordo com a mitologia, as Amazonas então invadiram a Ática para vingar o rapto. Resolveram se vingar dos gregos pelo que Héracles havia feito e em particular os atenienses, porque Teseu havia levado como cativa Hipólita. A líder das amazonas, Antíope e os citas se uniram , atravessaram o bósforo cimério, a Trácia e chegaram à Ática. Teseu chegou para a luta, trazendo Hipólita, com quem ele havia tido um filho, Hipólito. A comandante das amazonas, Antíope, morreu lutando heroicamente. Teseu lutou contra as amazonas e as derrotou. Para comemorar a vitória sobre as Amazonas os atenienses instituíram as festas chamadas Boedrômias.




Depois da morte de Antíope, Hipólita sobreviveu e continuou sendo rainha das amazonas. Teseu tornou-se um pirata dos mares, voltando periodicamente para Atenas, mas sempre perseguindo um novo sonho, uma nova conquista.






E em uma de suas aventuras com Pirítoo, resolveram raptar Helena, ainda uma criança, e logo em seguida ir ao Hades raptar Perséfone; foram estimulados por serem as duas de ascendência divina. Resolveram que Helena seria esposa de Teseu e Perséfone de Pirítoo. Os heróis foram a Esparta e raptaram Helena de dentro de templo de Ártemis, mas não contavam que os irmãos da jovem, Castor e Pólux, fossem atrás da irmã. Teseu levou Helena para Afidna para ficar sob os cuidados de sua mãe Etra , enquanto ele e Pirítoo foram ao Hades raptar Perséfone. 


Durante esta aventura Castor e Pólux conseguiram resgatar a sua irmã. Este resgate foi facilitado por Academo, que revelou o esconderijo da princesa. No Hades foram convidados pelo seu rei para sentarem e comerem, com isso ficaram presos nos assentos infernais.
 Quando Héracles foi ao inferno libertá-los, somente lhe foi permitido levar Teseu, ficando Pirítoo preso na 'cadeira do esquecimento'.


E quando Teseu retornou para Atenas encontrou a cidade transtornada e transformada.  

Cansado de tanta luta e do trabalho administrativo, enviou seus filhos para Eubeia, onde reinava Elefenor (enganar com promessas), e casou-se novamente com Fedra, uma princesa de Creta que, infelizmente, se apaixonou por Hipólito, o filho de Teseu com Hipólita. Esse dilema resultou no suicídio de Fedra e na morte de Hipólito.

 Teseu perdeu-se totalmente e resolveu morar na ilha do Esquiro. Licomedes (o que age como lobo), o rei da ilha de Esquiro, sentindo-se ameaçado, resolveu matar o herói, jogando-o de um penhasco. Mesmo depois de sua morte, o eidolon (alma sem o corpo) de Teseu ajudou os atenienses durante a batalha de Maratona, afugentando os persas.

 Porém, depois de sua morte, os atenienses, arrependidos, foram a Esquiro buscar suas cinzas e ergueram um templo magnífico em sua honra.


O que representava e importância:


Esta fábula, que tem sido objeto de investigações dos historiadores, parece indicar que Atenas, durante muito tempo, esteve dominada pelos reis de Creta, que lhe exigiam pesados tributos. O episódio de Teseu e do Minotauro deve indicar uma revolução que libertou os atenienses.
Escavações realizadas na ilha de Creta, no início do   século, revelaram a existência de um grande palácio   provido de imensos corredores que lembravam um labirinto. Por outro lado, afirmam os especialistas que existem elementos que permitem dizer que os reis de Creta usavam, em certas festas e cerimônias religiosas,máscaras representando cabeças de touros.






JASÃO







Na Mitologia, Jasão foi um herói grego da Tessália, filho de Esão com Alcímede, uma neta de Mínias , ou Polímede, filha de Autólico, já que há versões diversas sobre quem seria de fato sua mãe. Porém seu pai, Esão, entregou-lhe ao centauro Quíron para que o criasse quando foi deposto pelo rei Pélias.


De acordo com a tradição, Jasão foi criado pelo centauro Quíron, um homem cuja metade de baixo de seu corpo era de cavalo. Quíron era diferente dos tradicionais centauros  era inteligente, civilizado e bondoso, famoso e reconhecido por sua inteligência superior , especialmente no que se referia ao trato com a medicina.
    
Jasão era membro de uma linhagem nobre proveniente da Tessália, uma região localizada na parte central da Grécia banhada pelo mar a Leste.

Seu avô, Creteu, era fundador do trono de  Iolco, que passou de seu avô Creteu para seu tio Pélias, que era filho de Tiro e Poseidon. 


Temendo a profecia de que seria morto por seu sobrinho e para fugir de seu suposto destino,  o rei Pélias enviou Jasão, para uma missão impossível, que era trazer o Velocino de Ouro, a lã de ouro do carneiro alado Crisómalo, da distante Cólquida, região localizada no sul do Cáucaso. Essa era a condição estipulada por Pélias para que seu sobrinho restituísse o trono. Jasão foi então para Argo, uma cidade na Península do Peloponeso, para construir sua nau, e reúne uma tripulação de heróis , conhecida como os argonautas, para acompanhá-lo.


Jasão e os argonautas enfrentaram vários desafios até, finalmente, chegarem à Cólquida. Após várias aventuras, inclusive a primeira passagem pelas Simplégadas (o Bósforo), os argonautas chegam à Cólquida, pensando estar em alguma parte no fim do mar Negro.

O soberano do local, o Rei Eetes,  da Cólquida exigiu que Jasão cumprisse várias tarefas para que tivesse o direito de obter o Velocino de Ouro.

 Entre as tarefas exigidas estavam arar um campo com touros que cuspiam fogo, semear os dentes de um dragão, lutar com o exército que brotaria desses dentes semeados e passar pelo dragão que fazia a guarda do Velocino.
Para surpresa do rei, Jasão realizou completamente todas as tarefas e, enfim, obteve o que fora buscar.
No entanto, o herói grego se enamorou pela filha do rei, e com o Velocino nas mãos, Jasão foge com Medeia, filha de Eetes,buscando o caminho de casa.

No meio do trajeto, Jasão teve de enfrentar mais uma série de desafios por conta disso. E, ao voltar para Iolco, Medeia planeja a morte do rei Pélias , cumprindo a antiga profecia. 


Pélias ficou surpreso com a volta de Jasão, pois achava que sua tarefa era impossível de ser realizada. Ao fim, foi morto e seu trono passou para seu filho Acasto, que foi morto pelas próprias filhas, também enganadas por Medeia. Só então Jasão sucedeu como soberano no trono de Iolco.


De acordo com a mitologia, passado algum tempo, Jasão se retirou para Corinto e, após dez anos de casamento com Medeia, o herói grego a abandonou para desposar Glauce, filha de Creonte, rei de Corinto. 
Medeia, que já havia demonstrado sua capacidade de arquitetar a morte de seus rivais, vingou-se de Jasão matando Glauce e os próprios filhos que tivera com o grego de Tessália.

 Ela fugiu em seguida para Atenas, onde se casou com o rei Egeu e teve um filho, Medo. Mãe e filho retornaram para Cólquida e descobriram que Eetes havia sido deposto por seu filho Perses. Mais uma vez, Medeia, agora junto com seu filho, planeja outra morte e entrega o reino a Medo. O herói, Jasão , que, vivia desesperado devido a morte de Glauce e seus filhos, muitos anos depois, desacreditado, descansava sob a sombra de Argos, quando um pedaço de  pau da popa do próprio navio  desaba sobre ele, que morre esmagado.  Téssalo, o filho mais velho de Jasão e Medeia, escapou de ser morto e, mais tarde, sucedeu a Acasto como rei de Iolco.








CASTOR E PÓLUX








Castor  e Pólux  eram dois irmãos gêmeos da mitologia grega , filhos de Leda com Tíndaro e Zeus, respectivamente, irmãos de Helena de Troia e Clitemnestra, e meio-irmãos de Timandra, Febe, Héracles e Filónoe. Eram conhecidos coletivamente em grego como Dióscuros , e em latim como os Gêmeos  ou Castores. Por vezes também são referidos como Tindáridas , uma referência ao pai de Castor e pai adotivo de Pólux.


De acordo com o mito , tudo começou com Leda, que havia recentemente desposado Tíndaro, herdeiro do reino de Esparta. Zeus, fascinado com a beleza da jovem, deseja unir-se a ela, mesmo sabendo que não seria aceito, sendo ela recém casada. Assim, Zeus assume a forma de um belo cisne e se aproxima de Leda quando ela se banhava num rio. 


A jovem põe o animal no colo e o acaricia. Meses depois, Leda cai contraída de dor e percebe que do seu ventre haviam saído dois ovos: do primeiro, nascem Castor e Helena, do segundo, Pólux e Clitemnestra. Em cada ovo um filho de Zeus, Helena e Pólux, imortais, enquanto seus irmãos, filhos de Tíndaro, mortais como qualquer ser humano.


Apesar de serem filhos de pais diferentes, Castor e Pólux ficaram conhecidos como os Dióscuros (filhos de Zeus) e cresceram juntos, pene entre si a mais bela amizade.


Levados por Hermes à cidade de Pelene, no Peloponeso, os irmãos logo mostraram-se fortes e corajosos. Castor especializou-se em domesticar cavalos e Pólux tornou-se um excelente lutador.

A região do Peloponeso onde moravam era assolada por piratas que incessantemente pilhavam as ilhas e amedrontavam o povo com sua violência desmedida. Castor e Pólux decidem então livrar a península da ameaça e derrotam o inimigo sozinhos e desarmados, feito que os tornou conhecidos em toda a Grécia como grandes heróis.



Mal haviam retornado da guerra contra os piratas, Castor e Pólux são chamados às terras do Calidão, onde seus pais se conheceram, para matar um enorme e terrível javali, enviado por Afrodite como vingança contra o povo da região, que não lhe havia prestado as devidas homenagens. 



Quando se revêem vitoriosos, os irmãos são novamente convocados para mais uma missão: conquistar o Velocino de Ouro na viagem com Jasão e os Argonautas que deveriam derrotar o terrível Cíclope.

Mas a grande batalha que determinaria os seus destinos aconteceu contra dois outros irmãos gêmeos: Idas e Linceu, herdeiros do reino da Messênia e noivos de Hilária e Febe. Os Dióscuros se apaixonaram perdidamente pelas duas jovens e tentam raptá-las, enfrentando assim a fúria dos messênios. No combate entre as duas duplas, Idas desfere um golpe de lança fatal em Castor, que morre.

Pólux suplica a Zeus que devolva a Castor a sua vida, por ser filho de um deus, Pólux foi agraciado com o dom da imortalidade e atormentado pela perda do irmão, ele recusou a imortalidade enquanto permanecesse separado de seu irmão.  
Como Zeus, seu pai, não podia convencer Hades, o deus dos mortos a trazer Castor de volta à vida, e comovido com tamanha fraternidade, o senhor dos Deuses propõe a única solução para salvar o jovem: Pólux deve dividir a sua imortalidade com o irmão, alternando com ele um dia de vida e outro de morte.
Pólux concorda sem hesitações e a partir deste instante, ficou decidido que os dois irmãos passariam metade do ano nos infernos, e outra metade no Olimpo. E assim  os irmãos passaram a viver e morrer alternadamente. 



Para celebrar tamanha prova de amor fraterno, Zeus catasterizou os Dióscuros na constelação de Gêmeos, onde não poderiam ser separados nem pela morte.


O que representava e importância:


No mito, os gêmeos partilham a mesma mãe, porém têm pais diferentes - o que significa que Pólux, por ser filho de Zeus, era imortal, enquanto Castor não o era. 




Com a morte deste, Pólux pediu a seu pai que deixasse seu irmão partilhar da mesma imortalidade, e assim teriam sido transformados na constelação de Gêmeos. Os dois são tidos como padroeiros dos navegantes, para quem aparecem na forma do fogo de Santelmo.




ADMETO E ALCESTE




Admeto , significando "Indomado" ou "Indomável" na mitologia grega foi um rei de Feras, cidade da Tessália, sucedendo seu pai Feres na cidade nomeada em seu nome. Admeto foi um dos Argonautas e participou da caçada ao Javali calidônio. Era pai de Eumelos e Perimele, e sua esposa Alcestes se ofereceu para morrer em seu lugar.


Ele era famoso por sua justiça e hospitalidade. Quando Apolo foi sentenciado a um ano de servitude a um mortal como punição por matar Delfina, mais tardia, os Ciclopes, o deus escolheu Admeto como seu pastor. Apolo em recompensa ao tratamento que recebeu de Admeto ,fez todas as suas vacas ter gêmeos enquanto ele serviu como seu pastor.



Na mitologia,  Alceste era a mais bela das filhas do rei Pélias. Por isso foi pedida em casamento por vários reis e príncipes. Mas para não arriscar sua posição política recusando alguns desses reis e príncipes, o rei Pélias declarou que aquele que conseguisse atrelar um javali e um leão em um mesmo carro de corrida e o dirigisse em torno do estádio, seria concedida a mão de Alceste.

Admeto, rei de Feras, ao ter conhecimento disso,a quem Apolo estava comprometido a servir durante um ano ,  invocou o deus Apolo e rogou-lhe que o ajudasse a cumprir as exigências do rei Pélias para obter a mão de Alceste. E tendo-lhe atendido o deus, executa a tarefa com a ajuda  de Héracles que atrela os animais, para ele dirigir o carro puxado por esses ao redor do estádio, e assim,  ganha a mão de Alceste .



Tendo sucesso na empreita, Admeto faria um sacrifício à deusa Artêmis antes de se casar com Alceste. Porém, durante o sacrifício da festa de casamento, Admeto se esquece de Ártemis, o que deixou a deusa furiosa, querendo rapidamente puni-lo. Na noite de núpcias do rei, não havia uma linda esposa esperando-o, mas encontra seu quarto cheio de cobras.

Apolo sugere que ele tente apaziguar a deusa, e consegue fazer com que as Moiras o poupem, com a condição de que, no momento de sua morte, outro se sacrifique voluntariamente por ele. 

Admeto não se preocupa muito com essa condição pensando em todos seus servos que lhe deviam favores e que gostavam muito dele e fica muito alegre com a nova esperança. No momento de sua morte, porém, ninguém se habilita, nem seus velhos pais, apenas Alceste oferece-se como substituta. Admeto tinha muito amor à vida, mas não desejava mantê-la a tal custo.


Porém a condição das Moiras fora satisfeita e enquanto Admeto ia recuperando as forças, Alceste adoecia. Hércules, que passava por lá ouve o lamento dos servos que não queriam perder uma querida senhora e tão dedicada esposa, espera na porta do quarto de Alceste a chegada da Morte. Quando esta chega Hércules a agarra e obriga-a a desistir de seu intento de roubar a vida de Alceste. Assim ela vai se recuperando e pôde continuar a viver ao lado de seu amado marido.



Seu filho Eumelo levou oito navios para a Guerra de Troia . Uma filha de Admeto (cuja mãe não é mencionada), Perimele, se casou com Magnes, filho de Argos (filho de Frixo) o construtor do navio dos argonautas.





FRIXO



Na mitologia grega, Frixo, com o qual já nos deparamos na história de Jasão e o Velocino de Ouro, realmente inicia essa história, apesar de não ser um dos heróis que dela participam nem tampouco o deus que a preside, mas é quem leva o Velocino de Ouro para o distante reino da Cólquida e longe do perigo.

Na mitologia , Frixo era filho do rei Atamas que, por ordem de Zeus, se casara com a mulher fantasma chamada Néfíle, que lhe deu dois filhos: o menino Frixo e a menina Hele. Finalmente, a mulher fantasma desapareceu e Atamas casou-se com uma mortal, Ino, que tinha ciúmes tanto de sua antecessora quanto das crianças.


Ino fez um plano contra os filhos de Néfíle; convenceu as mulheres locais a molhar o trigo, o que fez com que a colheita anual fosse um fracasso. Atamante mandou mensageiros ao Oráculo de Delfos, mas Ino havia instruído os mensageiros a dizer que
o oráculo de Delfos exigia o sacrifício de Frixo a Zeus para neutralizar a "maldição". Sua intenção era eliminar Frixo para que um filho seu pudes­se ser o herdeiro do trono.
Mas Zeus zangou-se com o fato de seu nome ter sido envolvido nessa tentativa de vingança e enviou um carneiro alado com o velo de ouro de Hermes,  para salvar Frixo, que montou o animal e puxou a irmã atrás dele. O carneiro dirigiu-se para o leste, em direção à Cólquida. Hele, porém, caiu no mar, na região que seria chamada de Helesponto. Mas Frixo conseguiu chegar à Cólquida,  sendo recebido pelo rei Eetes , que deu sua filha Calcíope em casamento. Frixo sacrificou o carneiro a Zeus e deu a Eetes o velo de ouro.

Frixo e Calcíope tiveram quatro filhos: Argos, Melas, Frontis e Citisoro. Argos foi o construtor do navio dos argonautas.

Eetes havia sido prevenido por prodígios para temer a morte por um estranho, filho de Éolo, e matou Frixo. Os filhos de Frixo fugiram para seu avô Atamante, mas sofreram um naufrágio, sendo salvos por Jasão.



Assim, Frixo é considerado o mensageiro e o cenógrafo que prepara a ação antes de os conhecidos heróis entrarem no palco da história.




ARGOS, TÍFIS, IDAS E LINCEU 





ARGOS, era filho de Frixo e Calcíope, filha do rei Eetes da Cólquida. Na mitologia grega, Argos, foi um dos argonautaso e construtor, com a ajuda da deusa Atena, do navio Argo, de cinqueta remos, que levou os argonautas em sua missão de trazer o velo de ouro. 

TÍFIS foi um dos cinquenta argonautas, discípulo de Atena na arte da navegação , portanto foi designado o timoneiro da Argo ,até morrer.  Em uma de suas viagens, Medeia mostrou-lhe através de uma tigela mágica que tinha dado Tritão, o caminho a seguir para navegar com segurança  para o mar, através do deserto. Tífis morreu de uma doença estranha e súbita no país de mariandinos, na costa sul do Mar Negro, onde as Moiras decidiu que ele não deveria navegar. Morto na Bitínia, foi substituído por Ergino, filho de Poseidon.

IDAS foi um personagem da mitologia grega. Filho de Afareu e Arene, e irmão de Linceu . Os irmãos disputaram o amor de Hilária e Febe com Castor e Pólux, quando Castor foi morto . Foi um dos argonautas, e disputou também o amor de Marpessa com Apolo, vencendo-o. Teve uma filha, Cleópatra Alcione.

LINCEU, na mitologia grega, foi um dos cinquenta filhos de Egipto , que se casaram com as cinquenta filhas de Dânao, irmão de Egipto e rei de Argos. Dânao ordenou às suas filhas que matassem os seu esposos no dia do casamento, o que foi feito quando estes estavam dormindo, mas Linceu foi poupado por Hipernestra, porque Linceu respeitou a sua virgindade. As outras filhas de Dânao enterraram as cabeças dos maridos (e primos) em Lema, prestaram honras fúnebres em frente à cidade e foram purificadas por Atena e Hermes por ordem de Zeus. Dânao faz o casamento de Hipermnestra e Linceu, e casa suas outras filhas com os vencedores de uma competição atlética. Linceu reinou em Argos após a morte de Dânao e com Hipermnestra, foi o pai de Abas.




ARGONAUTAS




Na mitologia grega, Argonautas eram tripulantes da nau Argo que, segundo a lenda grega, foi até à Cólquida  em busca do Velocíno de Ouro.

A saga dos argonautas descreve a perigosa expedição rumo à Cólquida em busca do Velocino de Ouro. Conta o mito que Éson havia sido destronado por Pélias, seu meio irmão. Seu filho Jasão, exilado na Tessália aos cuidados do centauro Quíron, retornou ao atingir a maioridade para reclamar ao trono que por direito lhe pertencia.


O rei Pélias,  temia a profecia de ser morto por seu sobrinho.  Para fugir do destino, ele enviou Jasão para uma missão  impossível;  trazer o Velocino de Ouro, a lã de ouro do carneiro alado Crisómalo, de Cólquida. Essa era a condição estipulada por Pélias para que seu sobrinho restituísse o trono. Jasão foi então para Argo, uma cidade na Península do Peloponeso, para construir sua nau e reúne uma tripulação de heróis para acompanha-lo que ficaria conhecida como argonautas.

Um arauto foi enviado por toda a Grécia a fim de agregar heróis que estivessem dispostos a participar da difícil empreitada. Dessa forma, aproximadamente cinquenta jovens se apresentaram, todos eles heróis de grande renome e valor. Cada um deles desempenhou na expedição uma função específica, de acordo com suas habilidades.

Jasão e os argonautas enfrentaram vários desafios até, finalmente, chegarem à Cólquida. Para piorar, o soberano do local, o Rei Eetes, exigiu que Jasão cumprisse várias tarefas para que tivesse o direito de obter o Velocino de Ouro.



A Orfeu, por exemplo, que tinha o dom da música, coube a tarefa de cadenciar o trabalho dos remadores e de, principalmente, sobrepujar com sua voz, o canto das sereias que seduziam os navegantes para afogá-los.





 Argos, filho de Frixo, construiu o navio e por isso, em sua homenagem, a embarcação recebeu seu nome. Tífis, discípulo de Atena na arte da navegação foi designado piloto. Morto na Bitínia, foi substituído por Ergino, filho de Poseidan. Castor e Pólux, gêmeos filhos de Zeus e Leda, atraíram a proteção do pai durante a tempestade que a nau foi obrigada a enfrentar. Destacavam-se ainda entre os heróis: Admeto, filho do rei Feres; Ídmon e Anfiarau, célebres adivinhos ; Teseu , considerado o maior herói grego; Hércules que não completou a expedição; Etálides, filho de Hermes que atuou como arauto; os irmãos Idas e Linceu e, é claro, Jasão, chefe e comandante da expedição.




Os Argonautas aportaram na ilha de Lemnos 
em sua primeira escala, para descansar e logo descobriram que o local era habitado somente por mulheres, governadas, na época, pela rainha Hipsípile. É que Afrodite, insultada por estas que lhe negavam culto, castigou-as com um cheiro insuportável de forma que seus maridos partiam em busca das escravas da Trácia. Movidas pelo ódio e pelo despeito, assassinaram seus esposos instalando na ilha uma espécie de república feminina. 
No entando , a jovem rainha contou a Jasão que Lemnos havia sido invadida, e todos os homens assassinados, convidando os Argonautas a tomarem os lugares dos seus falecidos esposos.


Mas o que Jasão não sabia era que ele e seus amigos seriam assassinados como queles que os haviam antecedido, pois essas mulheres são Amazonas, guerreiras que odeiam os homens. Antes mesmo de perceberem o ardil, os Argonautas decidem ir embora e, enquanto velejam pelo Helesponto, ouvem: "fuja da costa amazônica ou sofrerão as consequências!"


Na ilha de Samotrácia, segunda escala do grupo se iniciaram nos Mistérios dos Cabiros com o intuito de obter proteção contra naufrágios. A seguir, penetrando no Helesponto, mar onde caiu e morreu a jovem Heles, ancoraram na península da Propôntida, no país dos doliones, povo governado pelo rei Cízico. Foram ali recebidos com festas e honrarias e já se fazia noite quando os argonautas partiram para Mísia. Porém, foram obrigados a retornar devido a uma grande tempestade que se abateu sobre eles. Os doliones não reconheceram os argonautas por causa da escuridão da noite e, pensando tratar-se de invasores, atacaram. Instalou-se uma sangrenta batalha que se estendeu por toda a noite. Com o amanhecer, os vitoriosos tripulantes de Argo verificaram o triste engano. Jazia entre os mortos, o rei Cízico, que foi enterrado por Jasão e seus companheiros com homenagens e magníficos funerais.



Quando aportaram com a  nau na ilha de Misia para descansar e pegar um novo mastro para seu navio, um dos argonautas, Hilas, foi encarregado de buscar água numa fonte. Chegando lá foi capturado pelas Ninfas que o arrastaram para as profundezas dos rios.




Héracles voltava do bosque onde tinha ido buscar madeira para refazer seu remo partido quando tomou conhecimento de seu desaparecimento através de Polifemo, que tinha ouvido seus gritos de socorro. Saíram então os dois em busca do amigo varando a floresta durante a noite.


Hércules ,interrompeu sua viagem, em Mísia se separando da expedição para tentar encontrá-lo.

 Pela manhã, Argo partiu com menos três tripulantes a bordo, pois os dois também não retornaram: Polifemo fundou posteriormente naquelas terras a cidade de Cio, onde se fez rei e Hércules seguiu seu rumo de aventuras.

Quando chegaram na terra dos bebrícios, o rei Âmico, gigante filho de Poseidon, desafiou os jovens em uma luta, estranho hábito tinha o rei  ao receber os visitantes que chegavam por suas terras. O rei dos bébricios, gigante filho de Posídon, os desafiava para a luta e em seguida os matava a socos. Lá chegando, os argonautas foram imediatamente provocados pelo rei que os instigava. Foi Pólux quem representou seus companheiros, aceitando o embate. Ao final da luta, venceu o gigante e como castigo fê-lo prometer que jamais importunaria novamente os estrangeiros que ali chegassem.

A expedição seguiu seu rumo e aportou na Trácia, onde reinava o infortunado rei Fineu, filho de Agenor, o adivinho, que por suas crueldades tinha obtido a cegueira como castigo dos deuses. Sobre Fineu pesava uma terrível maldição. Apolo havia dado a ele o dom da profecia e assim Fineu revelou a todos os segredos dos deuses, e ainda de forma direta e simples, e não por forma de enigmas como deviam fazer os oráculos e advinhos.
Então Zeus, para puni-lo, lhe enviou as harpias - aves gigantes com rosto de mulher - para que tirassem a sua visão e mesmo depois de cego as harpias continuaram a atormentá-lo, roubando toda comida que lhe era dada, fazendo com que o rei passasse muita fome.


Vivendo  atormentado pelas Harpias, monstros alados, Fineu   ofereceu ajuda aos argonautas caso estes concordassem em livrá-lo de tão grande desgraça. Calais e Zetes, filhos alados do vento Norte, Bóreas, foram os responsáveis por tal façanha. Atraíram as Harpias com o odor delicioso de laudo banquete e depois, com suas espadas fatais cortando os ares, expulsaram dali definitivamente as perversas criaturas. 


Em agradecimento, o magérrimo Fineu, revelou aos argonautas a maneira de evitar o perigo das Rochas Flutuantes. As Ciâneas ou Rochedos Azuis, também chamadas de  Simplégades, eram dois recifes que se fechavam violentamente, esmagando qualquer coisa que entre eles se interpusesse. 


Disse-lhes que  deviam soltar um pombo para voar entre elas, as rochas iam se juntar e quando elas se afastassem novamente, eles, remando com toda a força, conseguiriam passar. Eles assim fizeram e obtiveram sucesso, apesar de parte da popa ter sido destruída.

Ao passarem pelas terras dos mariandinos, os argonautas sofreram ainda duas perdas: Tifis, o piloto e Ídmon, o adivinho, morto por um javali durante uma caçada.



Enfim os argonautas chegaram à Cólquida, porém, suas dificuldades não se esgotaram, pois o rei Eetes, tão logo tomou conhecimento das intenções do chefe dos argonautas, incumbiu-o de nova bateria de árduas tarefas. Como condição para lhe entregar o Velo de Ouro, deveria domar dois touros selvagens de pesadas patas de bronze e que expeliam fogo pelas narinas, que lhe tinham sido oferecidos por Hefesto. Feito isso, o próximo passo seria atrelar o arado aos dois animais para arar a terra e semeá-la com dentes de uma serpente que fora morta por Cadmo em tempos passado.

Contudo, nem bem haviam chegado à Cólquida, o chefe dos argonautas já tinha conquistado o coração da filha do rei Eetes , a princesa Medeia, famosa por suas habilidades na arte da feitiçaria que se colocou à sua disposição para ajudá-lo através de seus poderes mágicos. Foi Hera que pediu a Afrodite para que fizesse Medeia se apaixonar por Jasão e assim ajudá-lo a cumprir as tarefas, pois Hera, que é a deusa da família, ficou indignada com os crimes de Pélias contra seus parentes e queria que Jasão conseguisse puni-lo.

Jasão tirou proveito dos feitiços e encantamentos da feiticeira e sem esforço partiu da Cólquida levando consigo o Velo de Ouro. Os argonautas ainda passaram por alguns percalços mas enfim chegaram a seu destino final onde entregaram a Pélias o Velocino. Jasão partiu para Corinto, onde consagrou a embarcação ao deus Poseidon.


O que representava e importância:

Os argonautas ao todo eram cinquenta argonautas. Os que ficaram conhecidos na literatura eram:

Jasão; o nemesis de pelias.
Acasto, primo de Jasão, filho de Pélias;
Idmon, o adivinho, filho de Apolo;
Castor e Pólux, os dióscuros (gêmeos filhos de Zeus);
Calais semi-deus do vento, filhos de Bóreas,
Zetes, irmão de Calais;
Anfião;
Etalides, filho do deus Hermes;
Argos, o construtor do navio e seu piloto;
Ascálafo, filho do deus Ares e rei de Orcomêno;
Atalanta, mulher que tentou embarcar disfarçada de homem, mas foi descoberta por Jasão;
Autólico, um ladrão filho do deus Hermes e avô materno de Ulisses;
Laertes, pai de Ulisses;
Butes, filho de Téleon;
Equionte, filho de Hermes;
Eufemo, filho de Posidão;
Euríalo;
Héracles ou Hércules, filho de Zeus;
Iolau, sobrinho de Hércules;
Hilas, discípulo de Hércules;
Poias, amigo de Hércules;
Filoctetes, filho de Poias;
Idas e Linceu, os gêmeos rivais de Castor e Pólux;
Oileu, pai de Ajax;
Meléagro;
Orfeu, o poeta que desceu ao Infernos, filho de Apolo e da musa Calíope, inspiradora da literatura;
Peleu, pai de Aquiles;
Télamon, irmão de Peleu;
Palemon, o reparador, filho de Hefesto capaz de consertar praticamente tudo;
Poriclimeno, filho de Posidão, que tinha o poder de se metamorfosear em qualquer animal marinho;
Talau, rei de Argos;
Tífis, timoneiro que acabou morto durante a viagem;
Anceu, timoneiro que revezava enquanto Tífis dormia;
Ergino, timoneiro que revezava com Anceu e que substituíra Tífis, quando este morrera;
Anfiarau, adivinho célebre;
Admeto, filho do rei Feres.
Teseu, matou o minotauro.
Orion,Gigante Filho de Poseidon, que se apaixonara por Ártemis
Heitor;





MEDEIA




















Na mitologia grega, Medeia era filha do rei Eetes, da Cólquida ,  e sobrinha de Circe, e foi também , por algum tempo, esposa de Jasão. É uma das personagens mais terríveis e fascinantes da mitologia, ao envolver sentimentos contraditórios e profundamente cruéis.

O mito de Medeia começa quando Jasão chega à Cólquida, do Reino de Iolcos, para reivindicar o Velocino de ouro para si.



Enfim os argonautas chegaram à Cólquida, porém, suas dificuldades não se esgotaram. Como é frequente em muitos mitos,  o rei Eetes, tão logo tomou conhecimento das intenções do chefe dos argonautas, incumbiu-o de novas e árduas tarefas. 



Como condição para lhe entregar o Velo de Ouro, Jasão teria de lavrar um campo com dois touros monstruosos e indomados, deveria domar os dois touros selvagens de pesados cascos de bronze e que expeliam fogo pelas narinas, que lhe tinham sido oferecidos por Hefesto. 
Feito isso, o próximo passo seria atrelar o arado aos dois animais para arar a terra e semeá-la com dentes de uma serpente que fora morta por Cadmo em tempos passado.


Contudo, nem bem haviam chegado à Cólquida, o chefe dos argonautas já tinha conquistado o coração da filha do rei , a princesa Medéia, famosa por suas habilidades na arte da feitiçaria que se colocou à sua disposição para ajudá-lo através de seus poderes mágicos. 

De acordo com o mito , Hera, como protetora de Jasão, que pediu a Afrodite que convencesse Eros a fazer Medeia se apaixonar por Jasão. E assim ajudá-lo a cumprir as tarefas, pois Hera, que é a deusa da família, ficou indignada com os crimes de Pélias contra seus parentes e queria que Jasão conseguisse puni-lo.

Medeia, conhecendo as segundas intenções do seu pai, passa a ajudar o herói. Em troca, ele se casaria com ela, e a levaria consigo no caminho de volta a Iolcos. Medeia oferece, então, ao estrangeiro, um unguento que deveria usar no corpo e no seu escudo, tornando-o invulnerável ao fogo e ao ferro durante um dia , o suficiente para enfrentar os touros e lavrar o campo. Ela adverte-o também de que dos dentes de dragão nascerá uma seara de soldados, que se virarão contra ele e que o tentarão matar.


 Uma vez preparada a terra e plantados os dentes da serpente, brotaram terríveis guerreiros que avançavam em direção a Jasão. Contudo, Medeia, conhecedora da história de Cadmo, dá-lhe a simples solução para o problema: basta lançar uma pedra, de longe, para o meio desse exército erguido da terra. Os soldados entrariam em discussão sobre quem atirara a pedra e matariam uns aos outros.



Somente quando muitos já haviam morrido e os poucos que restaram se encontravam extenuados pela batalha é que Jasão se apresentou para o combate exterminando os restantes. Com tais conselhos, Jasão executou as tarefas com facilidade e voltou a reclamar o velo de ouro a Eetes.

 O rei da Cólquida, furioso e surpreso com a vitória do forasteiro, o qual ele achou que jamais conseguiria realizar as tarefas, resiste e tenta frustrar de novo os intentos do argonauta. Eetes descumpriu sua palavra recusando-se a entregar o Velocino de Ouro, e idealizou um plano para matar Jasão, a sua tripulação e incendiar a nau Argo.



É novamente Medeia quem ajuda Jasão a escapar a esse destino,tomando conhecimento das intenções do pai, avisou Jasão do perigo que corria. Levou o herói às escondidas onde ficava guardado o precioso Velocino e adormeceu a enorme serpente que o guardava com seus mágicos cantos e, juntamente com Jasão, roubou o Velocino de Ouro. 

Conseguem, assim, fugir da Cólquida, com o tesouro almejado, e  também, durante a fuga, Medeia  curou  Atalanta de feridas graves. Ela  embarcou com os argonautas levando o Velo e Apsirto, filho do rei, tomado como refém.

Sentindo-se duplamente enganado, Eetes partiu pelos mares em busca de seus filhos.

É então que o lado cruel de Medeia se revela pela primeira vez, sabendo da atitude do pai, sabendo que não tardaria  lhes fosse no encalço, matou e esquartejou impiedosamente o irmão Apsirto, lançando seus restos mortais ao mar a fim de atrasar a perseguição. Ao ver os restos do filho boiando, Eetes desesperado, se deteve a recolhê-los pois queria dar um funeral digno ao seu filho. Argo tomou distância mas acabou por se desviar da rota porque Zeus, revoltado com a natureza do crime praticado por Medeia, enviou uma borrasca que atingiu a embarcação. Então, é a própria nau, Argo, onde seguem que ganha o dom da fala e que os informa que terão de ser ritualmente purificados do crime cometido contra Apsirto  ou não conseguiriam chegar vivos ao seu destino. 



E por isso aportaram no reino de Circe, maga que através de suas magias e encantamentos os purificou, aplacando a ira dos deuses, mas não aceita a permanência de Jasão no seu território. 
De volta à Tessália, atribuiu-se a Medeia a profecia de que o timoneiro da nau Argo, Eufemo, governaria a Líbia - o que viria, contudo, apenas a cumprir-se no seu descendente Bato. Chegados a Creta, Medeia voltou a ter um papel importante perante Talo, o homem de bronze, que, quase invulnerável, rondava a ilha, lançando pedras contra as naus que se aproximassem para que não chegassem a acostar. O seu ponto fraco consistia numa veia protegida por uma cavilha, no fundo da perna. A morte do gigante atribui  às artes mágicas de Medeia que o terá enfeitiçado a partir da nau, levando-o à loucura com falsas visões de imortalidade se retirasse a cavilha, ou, através de drogas que o levaram a ferir-se com uma rocha no ponto sensível do seu corpo. Morrendo o gigante, a tripulação pode descansar em terra firme.


De acordo com a mitologia,  foi a própria Hera, mulher de Zeus, a dispor o destino de Jasão em direcção à Cólquida, para que este trouxesse consigo Medeia, a mulher certa para levar Pélias à morte.

Pélias, ao ver chegar o chefe dos argonautas trazendo o Velocino de Ouro, recusou-se a honrar sua palavra devolvendo-lhe o trono. Enraivecido, Jasão clamava por vingança, porque além de recusar-lhe o poder sobre Iolco, o rei, aproveitando-se de sua ausência, induziu seu pai ao suicídio, e em seguida assassinou seu irmão Promaco.


 O fato de ter atentado contra a vida de Jasão ao enviá-lo na demanda do velo de ouro, faz com que Medeia engendre uma nova forma de o levar à perdição, fazendo uso das artes ocultas e de alguma astúcia. Fazendo-se amiga das filhas do rei, diz-lhes que é capaz de rejuvenescer quem ela quiser. Para o provar, mandou esquartejar um carneiro velho e colocou-o dentro de um caldeirão com uma poção fervente. Tendo feito um feitiço, ela retirou o animal, inteiro e de bastante boa saúde. As meninas, excitadas, correram a esquartejar o seu pai Pélias e lançar os seus pedaços dentro do caldeirão. Como é óbvio, ele não voltou a sair de lá com vida. Depois deste incidente macabro, Medeia fugiu com o seu amado para Corinto, onde o triste fim de Jasão se aproximava.

Em Corinto, a felicidade de Medeia foi de pouca duração. Já com filhos de Jasão, foi alvo da intriga do rei Creonte que influenciou Jasão a deixá-la, de modo a casá-lo com a sua filha,  Glauce. Tendo convencido Jasão, tratou de banir Medeia de Corinto. Esta, contudo, antes de abandonar a cidade, ainda conseguiu vingar-se, novamente aliando astúcia com magia. 

Fez chegar às mãos de Glauce um vestido e jóias , um presente literalmente envenenado, já que cada acessório tinha sido embebido numa poção secreta. Assim que a sua rival se vestiu, sentiu o seu corpo invadido de um fogo misterioso que logo se espalhou para o seu pai, que a tentou socorrer, bem como para todo o palácio . Semelhante recurso usado na  morte de Héracles, por obra de Nesso.


Medeia, antes de fugir para Atenas,   num ato de fria e premeditada vingança em relação ao marido infiel, também mata os filhos que tivera com Jasão.

Jasão , que, vivia desesperado devido a morte de Glauce e seus filhos,  morre quando um pedaço de pau da popa do próprio navio  desaba sobre ele.


Téssalo, o filho mais velho de Jasão e Medeia, escapou de ser morto e, mais tarde, sucedeu a Acasto como rei de Iolco.

Medeia fugiu para Atenas, onde se casa com o Rei Egeu. Eles tiveram um filho, Medo. Quando Teseu volta, Medeia tenta envenená-lo, mas Egeu descobre que Teseu era seu filho e impede o assassinato.

Medeia e Medo voltam para a Cólquida, e descobrem que Eetes tinha sido deposto por seu irmão Perses. Medeia e Medo matam Perses, e Medo se torna rei. Quando Medo conquista um grande território, este passa a se chamar Média



O que representava e importância:


Na mitologia grega, Medeia  É uma das personagens mais terriveis e fascinantes da mitologia, ao envolver sentimentos contraditórios e profundamente cruéis, que inspiraram muitos artistas ao longo da história - na escultura, pintura, teatro, cinema, ópera.


Os mitos e personagens que envolvem Medeia têm sido classificados por alguns autores como narrativas e elementos-chave respeitantes ao limiar cultural e civilizacional que separa, por um lado o mundo primitivo das culturas pelásgicas dos xamãs, das divindades ctónicas, dos matriarcados arcaicos e da Deusa-mãe e, por outro, os novos desafios e paradigmas abertos pela Idade do Bronze.

 O mito de Medeia insere-se no ciclo narrativo dos Argonautas que nos chegou até hoje, de forma mais completa, na obra Argonautica de Apolónio de Rodes (século III a.C.) que se baseou em material disperso, a que tinha acesso na famosa biblioteca de Alexandria.


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